01 setembro 2016

Dicas para redação científica chega à 4ª edição

Em todas as áreas da ciência, o conhecimento avança por meio da troca de ideias, em geral apresentadas, defendidas e, por vezes, contestadas, na forma de artigos científicos. Para publicar em periódicos de alto nível e elevado índice de impacto é preciso apresentar, além de resultados de pesquisas consistentes, uma redação científica de qualidade.
“A publicação é o meio necessário para você entrar no debate científico”, afirma o pesquisador Gilson Volpato na quarta edição do livro Dicas para redação científica, recentemente lançada. “O trabalho não entra na esfera dinâmica e comunicacional da ciência simplesmente por existir. Ele precisa ser visto, lido e aceito. Somente por meio da publicação seu argumento (que defende conclusões) poderá atingir os cientistas.”
Nesta edição, revista e ampliada, Volpato traz 380 dicas de como elaborar um artigo científico bem estruturado, capaz de despertar o interesse de revistas de ótima qualidade.
“As dicas abrangem todo o processo de produção de um texto científico, que começa com saber o que é ‘ciência’, o que significa ‘fazer ciência’ e termina com o acompanhamento do impacto do artigo”, disse o autor à Agência FAPESP.
Os leitores também encontrarão na obra informações conceituais da prática científica, dicas de como usar termos em inglês e indicação de jargões que devem ser evitados, além de orientações sobre autoria científica. O autor sugere, ainda, como escolher a revista para a qual enviar o artigo e faz recomendações que considera estratégicas para dialogar com os editores e revisores.
Com mais de 30 anos de experiência no ensino de ciência e redação científica, Volpato publicou diversos livros sobre o tema. Entre os mais conhecidos estão Elabore projetos científicos competitivos (2014), Ciência: da filosofia à publicação científica (2013),Dicionário crítico para redação científica (2013) e Administração da vida científica (2009).
As “dicas” da última edição têm como base a ideia, defendida por Volpato, de que os erros de redação científica vão muito além da escrita e decorrem principalmente de falhas de entendimento dos conceitos de ciência e comunicação científica. “Procuro mostrar como um cientista raciocina para encontrar soluções adequadas para toda e qualquer dúvida na estruturação e escrita de um texto científico.” 
Dicas para Redação Científica, 4ª ed.
Autor: Gilson Volpato
Lançamento: 2016
Preço: R$ 65
Páginas: 288
Editora: Best Writing

29 agosto 2016

USP abre acesso à nuvem computacional

A Universidade de São Paulo (USP) abriu o acesso à nuvem computacional para pesquisadores vinculados a qualquer universidade ou instituição de pesquisa realizarem seus projetos.
Os pesquisadores poderão ter acesso, via internet, a um conjunto integrado de servidores, dispositivos de armazenamento e rede de dados que compõem o sistema de computação em nuvem (cloud computing) da universidade – denominado interNuvem USP – mediante a aquisição de créditos.
A aquisição de créditos poderá ser feita usando-se recursos de contratos para pesquisa de agências ou de empresas, inclusive da FAPESP. “Nas propostas de projetos submetidos à FAPESP, o pesquisador proponente pode incluir na rubrica ´serviços de terceiros´ do orçamento solicitado os custos para uso da nuvem como serviço, adicionando a justificativa da necessidade para o projeto”, afirmou Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação.
O objetivo da abertura da nuvem computacional à comunidade de pesquisa é racionalizar o uso dos serviços disponibilizados pelo sistema e também dos recursos públicos aplicados em computação para realização de pesquisas, explicou José Eduardo Ferreira, superintendente de tecnologia da informação da USP.
“Em vez de um pesquisador solicitar recursos para a FAPESP para comprar um servidor físico, que pode tornar-se obsoleto com o passar do tempo, ele pode adquirir créditos oriundos de seu projeto de pesquisa para usar um servidor compartilhado na nuvem com outros pesquisadores”, sublinhou Ferreira. Leia mais: http://migre.me/uOovC.

24 agosto 2016

Elsevier Publishing Campus


A Elsevier Publishing Campus é uma plataforma de treinamento on-line gratuita e aberta a todos os pesquisadores/colaboradores da área acadêmica. Ficamos orgulhosos por ajudá-los a publicar artigos em periódicos de grande repercussão ou livros, ao oferecer palestras e treinamento interativos gratuitos e orientação profissional de especialistas das áreas.

Entendemos que um treinamento específico demanda tempo e empenho, logo, acreditamos que pesquisadores bem-sucedidos devem ser reconhecidos por isso. Para cada módulo interativo ou seminário on-line completo, a Elsevier concederá um certificado personalizado em reconhecimento ao seu trabalho.

O Elsevier Publishing Campus oferece:                                         
        
           - Palestras on-line gratuitas
           - Cursos de treinamento interativos
           - Orientação de especialistas
           - Recursos para ajudar a publicar               


12 agosto 2016

ORCID integrado ao Currículo Lattes!

Uma tão aguardada notícia finalmente chegou: desde o dia 11/08/16, o ORCID está integrado ao Currículo Lattes!
 Para incluir o ORCID no seu currículo, siga os seguintes passos:
1) Acesse seu Currículo Lattes em http://lattes.cnpq.br.
2) Clique no módulo “Dados gerais”.
3) Clique em “Identificação”.
4) Selecione o campo “Outras bases bibliográficas”
5) Clique em “Inserir nova”.
6) Digite seu número ORCID (apenas os números, por exemplo, 0000-0002-0682-0881).
7) Clique em “Validar ID” e, em seguida, clique em “Confirmar”. Não esqueça de enviar seu currículo para publicação para atualizá-lo!
Lattes ORCID_1
Dentro de instantes aparecerá, na janela que antecede seu currículo completo, o link do seu ORCID.
Lattes ORCID_2
Esperamos que essa mudança seja uma precursora para que, em breve, seja possível importar citações do Scopus e SciELO automaticamente para o Currículo Lattes, como já acontece para a Web of Science via ResearcherID.
A interoperabilidade entre sistemas é cada vez mais necessária para otimizar o tempo dos pesquisadores como forma de auxiliá-los na gestão de seus dados pessoais.

09 agosto 2016

Portal de Livros Abertos facilita acesso ao conhecimento produzido na USP

O Sistema Integrado de Bibliotecas (Sibi) da USP lançou em março passado o Portal de Livros Abertos da USP, um espaço organizado para a divulgação e o compartilhamento do conhecimento através de livros produzidos por professores e pesquisadores da Universidade, seguindo o modelo de acesso aberto. A chefe técnica do SIBiUSP, Maria Crestana, afirma que “o objetivo principal é a democratização para a publicação e para o acesso das obras”.



O projeto, ainda incipiente, vem sendo pensado desde o final de 2015 e atualmente conta com cerca de 50 títulos, dos quais a maioria já estava disponível em diversos sites da Universidade, de maneira difusa. Segundo André Serradas, que atua na supervisão geral do projeto, vários professores já publicavam na internet livros abertos (isto é, que não têm fim comercial e privilegiam a livre circulação, uso e reúso do material), mas não tinham uma plataforma única e confiável para isso, deixando as obras dispersas e com pouca visibilidade. “A ideia do portal é ser um espaço respeitável, sob a marca USP, para a publicação desse conteúdo e para facilitar o acesso principalmente para quem não é da USP e não conhece tudo que ela pode oferecer.”
As primeiras obras a serem disponibilizadas na plataforma foram selecionadas pelas bibliotecas da Universidade, que mapearam e localizaram os livros de acesso aberto que já existiam em seus catálogos, para que fossem incluídas no portal unificado, o que era “uma necessidade latente da USP”, de acordo com Serradas. Agora a proposta é que as próximas obras publicadas sejam indicadas pelas próprias unidades onde são produzidas. “Podem ser obras ligadas a todas as áreas do conhecimento. Por exemplo, linguística, cultura, exatas, política, biológicas. Não há restrição editorial com relação a isso”, explica ele.
O serviço busca potencializar a tendência atual de produção de livros digitais de acesso aberto na Universidade. “Queremos que o livro já nasça no formato digital, e a partir daí o portal servirá como plataforma de divulgação”, explica Célia Regina de Oliveira Rosa, bibliotecária responsável pelo projeto. Para facilitar também essa produção, o professor Francisco Mônaco, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está desenvolvendo um mecanismo que permita aos autores dos livros a serem publicados fazer a edição deles no próprio portal.  Leia mais:  http://migre.me/uBjzi

03 agosto 2016

Workshop Web of Science, Journal Citation Reports e EndNote Web


Ao realizar suas pesquisas e trabalhos acadêmicos é fundamental utilizar recursos de informação e bases de dados internacionais qualificadas e reconhecidas. A Web of Science é uma base de dados multidisciplinar que indexa artigos de conceituadas revistas científicas do mundo em todas as áreas do conhecimento.
Saiba mais sobre: 
  • Estratégias de busca: como selecionar os melhores artigos e autores para sua pesquisa?
  • EndNote: como gerenciar as citações e referências enquanto escreve?
  • A importância de criar seu Researcher ID
  • Fator de impacto: como escolher a melhor revista para publicar?
  • Índice H: como atender aos requisitos da Qualis CAPES?
  • Mapa de Citações e ranking de revistas.

Data: 12 de agosto de 2016
Horário: 8h30 às 12h30
Local: Anfiteatro Prof. Epaminondas Ferraz - CENA/USP
Ministrante: Deborah Dias (Thomson Reuters)

Inscrições (vagas limitadas): https://goo.gl/forms/U1s2yMGiC2sllxTx1 - (Link disponível até 11/08/2016 ou até o preenchimento das vagas)

Esta iniciativa tem por objetivo propiciar às equipes bibliotecárias, docentes, pesquisadores, alunos de graduação e de pós-graduação, o conhecimento técnico necessário ao uso dessas ferramentas.

Informações:

- USP/CENA: Marília R.G. Henyei - biblcena@cena.usp.br - 19 3429-4624
- USP/ESALQ: Márcia R.M. Saad - comunica.dibd@usp.br -19 3429-4240 ramal 204

01 agosto 2016

Portal de Periódicos tem cobertura na área de Ecologia


A preocupação com a ecologia e o meio ambiente tem sido cada vez mais recorrente nos últimos anos. Desastres ambientais – como o que aconteceu após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana/MG, que atingiu o Rio Doce e outras bacias hidrográficas – têm um impacto incalculável, tanto para a natureza, quanto para a sociedade. De acordo com a página do Green Peace Brasil, “famílias, animais, casas e cidades inteiras foram destruídos pelo mar de lama tóxica que percorreu mais de 600 km do interior do país, em Minas Gerais, até o litoral do Oceano Atlântico, no estado do Espírito Santo”.

Diante do exemplo citado e de tantos outros que acontecem repetidamente, é fundamental fomentar estudos com essa abordagem, no intuito de corrigir problemas que já existem e prevenir erros futuros. 

No Portal de Periódicos da Capes é possível encontrar variedade de conteúdos do tema e também de assuntos correlatos, como botânica, desenvolvimento sustentável, reciclagem, poluição e saúde. Uma das ferramentas oferecidas nesse contexto é a plataforma da Ecological Society of America (ESA).

A ESA foi fundada em 1915 com o objetivo de unificar a ciência da ecologia, estimulando

a pesquisa, incentivando a comunicação entre os profissionais da área e promovendo a aplicação  de dados ecológicos e princípios para a solução de problemas ambientais. A sociedade tem como missão “publicar e tornar amplamente disponíveis os resultados mais significativos da pesquisa ecológica, particularmente aqueles que aumentam a compreensão e a aplicação de conceitos ecológicos gerais”. 

O Portal permite acesso a cinco periódicos da ESA em texto completo. São eles: EcologyEcological Applications,Ecological MonographsFrontiers in Ecology and the Environment e Ecosphere. Além das revistas científicas, os usuários também têm à disposição o Bulletin of the Ecological Society of America, que é de acesso livre. A disponibilidade da plataforma varia de 1920 até o presente. 

O acesso ao conteúdo dever ser realizado pela opção “Buscar base” – com a inserção da sigla “ESA” – ou ainda pela alternativa “Buscar periódico” – neste caso, é necessário incluir o nome da publicação no campo de pesquisa.

Ecology

O título publica artigos que relatam elementos básicos de pesquisa ecológica. A ênfase é colocada sobre artigos concisos, que documentam fenômenos ecológicos importantes. Também faz parte do conteúdo uma ampla gama de pesquisa que inclui técnicas, abordagens e conceitos relacionados a temas como fenômenos atuais, ecologia do ecossistema e biogeoquímica. Ecology inclui ainda abordagens descritivas, comparativas, experimentais, matemáticas, estatísticas e interdisciplinares.

Ecological Applications

Esta revista científica é amplamente envolvida com aplicações da ciência ecológica para problemas ambientais. Contempla artigos que desenvolvem princípios científicos para apoiar a tomada de decisão ambiental, bem como documentos que discutem a aplicação de conceitos ecológicos para questões ambientais, política e gestão. Os trabalhos informam sobre testes experimentais, aplicações reais, técnicas científicas de apoio à decisão, análises econômicas, implicações sociais de questões ambientais e outros tópicos relevantes. 

Ecological Monographs

O conteúdo publicado nesta revista científica fornece informações de grandes avanços empíricos e teóricos da área, além de estabelecer parâmetros de referência a partir dos quais futuras investigações podem surgir. Assim, o conselho editor exige que os trabalhos sejam baseados em pesquisa, análise e apresentação de resultados (e não simplesmente por envolverem amplos conjuntos de dados ou estudos de longa duração).

Frontiers in Ecology and the Environment

Publicado 10 vezes por ano, o periódico é bastante abrangente, sendo composto por artigos sobre todos os aspectos da ecologia, do meio ambiente e de disciplinas relacionadas. Envolve também pesquisas de alto impacto e apelo interdisciplinar. Além disso, o título apresenta notícias recentes (em âmbito internacional), debates, editoriais, colunas especiais e uma seção de cartas.

Ecosphere

O escopo da publicação é quase tão amplo quanto a própria ciência da ecologia. Esta revista científica recebe submissões de todas as disciplinas da ciência ecológica, bem como estudos interdisciplinares ligados à ecologia. O objetivo do título é fornecer uma produção rápida e somente online, mas mantendo os padrões rigorosos de avaliação da ESA.

Bulletin of the Ecological Society of America

O boletim é o registro oficial da Ecological Society of America. A publicação cobre eventos ecológicos, notícias e relatórios de interesse para a comunidade ecológica. Ele também é um espaço de comentários e opiniões sobre questões que não necessitam de arbitragem científica, podendo ser publicadas somente com avaliação dos editores de seção e do editor-chefe.

26 julho 2016

O futuro do acesso aberto

A decisão da União Europeia de disponibilizar de forma livre e gratuita a partir de 2020 todos papers produzidos em seus estados-membros promete dar novo fôlego ao Acesso Aberto, movimento lançado no início dos anos 2000 com o objetivo de franquear o acesso à produção científica, que avança lentamente. Estima-se que apenas um em cada quatro novos artigos seja publicado atualmente nesse regime – os demais, no momento em que são divulgados, só podem ser vistos por assinantes ou por usuários que aceitem pagar pelo download. As apostas em torno do modelo de acesso aberto que irá ganhar mais impulso estão divididas.
A experiência do Reino Unido, que começou a adotar em 2014 uma estratégia desse tipo envolvendo a pesquisa produzida em 107 instituições ligadas aos seus Conselhos de Pesquisa (RCUK, em inglês), deu força à chamada via dourada (golden road), na qual as próprias revistas científicas garantem o acesso livre ao conteúdo que publicam – cobrando mais caro do autor e isentando o usuário de pagar pelo download. É certo que os custos de publicação aumentaram. Segundo estudo divulgado em fevereiro por Adam Tickell, vice-reitor da Universidade de Birmingham, as universidades do Reino Unido gastaram £ 33 milhões, o equivalente a R$ 150 milhões, em custos associados apenas à publicação em acesso aberto em 2015 – quase 20% do gasto geral com publicações. “Embora haja consenso sobre os benefícios do acesso aberto no Reino Unido, os desafios financeiros persistem”, escreve Tickell. “As universidades estão preocupadas com a preferência pela via dourada pela pressão que isso está provocando em seus orçamentos de pesquisa.”  
Em países como a Espanha, que começou a criar repositórios no início dos anos 2000 e onde 11 das principais universidades exigem desde 2009 que a produção científica de seus pesquisadores seja divulgada em acesso aberto, a chamada via verde (green road) tem mais tradição. Trata-se de um modelo no qual cada pesquisador arquiva no banco de dados de sua instituição uma cópia de seus trabalhos científicos publicados em periódicos, que ficam disponíveis ao público. Quem quiser ler o artigo sem pagar pode recorrer a esses repositórios.  Leia mais: http://migre.me/urVai

13 julho 2016

A busca por literatura científica: como os leitores descobrem conteúdos

A Internet definitivamente mudou a forma pela qual a literatura acadêmica é publicada e disponibilizada. Se houve um aumento substancial das fontes de informação, este foi acompanhado pelo surgimento de inúmeras possibilidades de busca e localização da literatura. Motores de busca, bases de dados, indexadores, agregadores, sites Web do periódico e/ou do publisher, redes sociais, ferramentas para comentar e compartilhar publicações e muitos outros foram criados e aperfeiçoados ao longo do tempo, oferecendo aos leitores várias formas de chegar aos mesmos conteúdos. Pouco se sabe, entretanto, sobre os hábitos de busca de leitores da literatura científica – como acadêmicos, pesquisadores, estudantes, professores e profissionais buscam e selecionam conteúdos de seu interesse em meio à sobrecarga de informação disponível.
Um estudo pormenorizado de autoria de Tracy Gardner e Simon Inger, especialistas em publicação e gestão de periódicos científicos, publicado em março de 20161, teve por objetivo preencher esta lacuna. Através de uma pesquisa online realizada com mais de 40 mil leitores entre outubro e dezembro de 2015 em todo o mundo, foi possível aos autores traçar um vasto panorama dos hábitos de leitura dos entrevistados. A pesquisa acrescenta conhecimento a estudos anteriores nos mesmos moldes desenvolvidos pelos autores em 2005, 2008 e 2012, e permite comparar a evolução do comportamento dos leitores nos últimos dez anos. Ademais, a pesquisa incluiu dados sobre a área do conhecimento, país, nível acadêmico e setor dos entrevistados, o que possibilitou traçar um perfil de comportamento de acordo com estas variáveis.  Leia mais: http://migre.me/ulp1W

Livros eletrônicos – mercado global e tendências

Nos últimos anos vem surgindo uma indústria mundial de livros eletrônicos (ebooks), com grande força no mercado no idioma inglês e notável força nos Estados Unidos. O recente informe Global eBook: a report on market trends and developments, 20161 fornece uma visão a nível global do desenvolvimento do mercado de ebooks que, após uma década de crescimento ininterrupto, diminuiu nos últimos três anos, ao menos por parte dos editores tradicionais, tanto nas vendas de livros físicos como eletrônicos, a favor de empresas globais como a Amazon ou a publicação não tradicional pelos próprios autores. (Nota: todas as cifras mencionadas neste post, a menos que se indique uma referência, provém do Global eBook).Devido à extensão do informe, este post será publicado em partes.
A publicação de ebooks é consequência natural da mudança de hábitos de bilhões de pessoas no planeta que têm conexão de Internet através de telefones móveis e tablets a qualquer momento em qualquer parte do mundo. De acordo com o informe que comentamos, a penetração global das mídias sociais supera em 31% o da população mundial. Embora a produção de livros (escrever, editar, publicar) parece ser um processo tradicional que resiste às mudanças, de uma maneira ou outra ele se transforma, seguindo as decisões espontâneas e massivas do público. A edição de livros é a segunda indústria mais importante entre as indústrias de conteúdo2 (a primeira é a televisão) gerando, a nível global, mais de 150 bilhões de dólares de faturamento por ano. Na transformação digital, os diferentes segmentos da indústria de conteúdos evoluem de maneira muito diferente.
Os mercados livreiros ao redor do mundo são modelados por diferentes fatores, desde o tamanho da população até o nível de desenvolvimento econômico. O principal mercado de consumo deebooks hoje em dia são os Estados Unidos; o segundo, a China; e se seguem Alemanha, Japão, Reino Unido, e uma serie de países europeus. Na América Latina se encontram Brasil, México e Argentina nas posições 10, 18 e 26, respectivamente. Leia mais: http://migre.me/ulnVW

05 julho 2016

Brasil tem grande potencial para produzir conteúdo científico de bioquímica e biologia molecular

A bioquímica e a biologia molecular formam um grupo de atuação que inspira grandemente pesquisadores em âmbito global. Segundo a classificação por categorias do Journal Citation Reports (JCR), da Thomson Reuters, essa é a terceira área com maior número de periódicos publicados, ficando atrás de Economia e Matemática. O JCR registrou*, somente em 2015, 289 revistas científicas de bioquímica e biologia molecular e mais de 51 mil artigos publicados – em média quatro mil e trezentos a mais do que o registrado 10 anos antes, em 2005.

O Portal de Periódicos da Capes reconhece a importância do campo de atuação e oferece subsídios para que os especialistas encontrem as melhores publicações para análise. Entre os recursos oferecidos, está a base de dados da American Society for Biochemistry and Molecular Biology (ASBMB), que inclui dois periódicos: Journal of Biological Chemistry (JBC) e Molecular & Cellular Proteomics (MCP).

O Brasil tem enorme potencial para explorar tal mercado, uma vez que apresenta mais de 360 instituições de ensino superior, entre públicas e privadas, com licenciaturas voltadas a biologia e bioquímicas. São mais de 600 cursos relacionados, entre biologia molecular, biomedicina, bioquímica industrial, ciências biológicas e outros. Os dados são do Censo da Educação Superior 2014, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
A bioquímica e a biologia molecular formam um grupo de atuação que inspira grandemente pesquisadores em âmbito global. Segundo a classificação por categorias do Journal Citation Reports (JCR), da Thomson Reuters, essa é a terceira área com maior número de periódicos publicados, ficando atrás de Economia e Matemática. O JCR registrou*, somente em 2015, 289 revistas científicas de bioquímica e biologia molecular e mais de 51 mil artigos publicados – em média quatro mil e trezentos a mais do que o registrado 10 anos antes, em 2005.

O Portal de Periódicos da Capes reconhece a importância do campo de atuação e oferece subsídios para que os especialistas encontrem as melhores publicações para análise. Entre os recursos oferecidos, está a base de dados da American Society for Biochemistry and Molecular Biology (ASBMB), que inclui dois periódicos: Journal of Biological Chemistry (JBC) e Molecular & Cellular Proteomics (MCP).

O Brasil tem enorme potencial para explorar tal mercado, uma vez que apresenta mais de 360 instituições de ensino superior, entre públicas e privadas, com licenciaturas voltadas a biologia e bioquímicas. São mais de 600 cursos relacionados, entre biologia molecular, biomedicina, bioquímica industrial, ciências biológicas e outros. Os dados são do Censo da Educação Superior 2014, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Para acessar os títulos da ASBMB pelo Portal, o usuário deve optar pela caixa de pesquisa “Buscar periódico”. Basta inserir o nome ou a sigla da revista científica para acessar em texto completo artigos com o que há de mais importante no setor.

Journal of Biological Chemistry (JBC)
Com disponibilidade de acesso desde 1905, o título publica artigos com base em pesquisas originais, selecionados para contribuir com análises voltadas a compreender a base molecular e celular de processos biológicos. Por mais de 100 anos, o JBC tem sido um recurso relevante para a comunidade internacional de pesquisadores biomédicos. Todos os trabalhos de pesquisa e comentários publicados passam antes por revisão de líderes na área.

Molecular & Cellular Proteomics (MCP)
O MCP aceitou o desafio de ser um meio de pesquisa que se compromete a ter abordagens novas e inovadoras direcionadas à biociência moderna. Em resumo, o periódico publica três tipos de artigos originais: trabalhos de pesquisa, artigos de banco de dados e artigos de desenvolvimento tecnológico. Entretanto, a publicação também inclui, quando julga relevante, mini-resenhas e outros tipos de artigos. A disponibilidade do conteúdo varia de 2002 até o presente.
*A consulta ao JCR foi realizada no dia 14/06/2016, sendo selecionada a aba de pesquisa Categories by Rank e tendo como demarcador decrescente a coluna Journals. Dentro da categoria Biochemistry & Molecular Biology, foi avaliada a coluna Articles dos anos 2015 e 2005. Para acessar os títulos da ASBMB pelo Portal, o usuário deve optar pela caixa de pesquisa “Buscar periódico”. Basta inserir o nome ou a sigla da revista científica para acessar em texto completo artigos com o que há de mais importante no setor.

23 junho 2016

Extensão CAPES-Portal de Periódicos
Desenvolvido por: Prof. Gerson J. Ferreira e Bruno Messias de Resende
Google Chrome (v3.1): Siga as instruções na Google Chrome Store Mozilla Firefox (v2): Siga as instruções na página de Add-ons do Firefox Apple Safari (v2): Funcionou, mas a Apple cobra $100 (dólares) pelos certificados que preciso para distribuir o pacote.
Avisos
Redirecionamento automático: Na próxima versão (v3.1) introduzimos o redirecionamento automático. A escolha entre o modo manual (padrão) e automático é feita clicando com o botão direito no ícone "P" (Chrome) ou na própria página (Firefox). Quando estiver no automático, não será necessário clicar no botão P para redirecionar, ou seja, a vida voltará a ser como era antigamente.
Porém... a lista de domínios para redirecionamento automático que conseguimos obter parece ser bem limitada. Portanto provavelmente será necessário seguir com redirecionamento manual em alguns casos. Quando no automático, o modo manual continuará funcionando, basta clicar no P se necessário.
Web of Science: O acesso à Web of Science funcionará naturalmente na versão automatizada das extensões. Porém, na versão manual há um problema, pois a Web of Science nos redireciona para uma página de erro antes de podermos solicitar o redirecionamento manual via botão P. Quem estiver usando o redirecionamento manual, pode acessar por este link Web of Science
Problemas com o redirecionamento? Até o momento não recebemos nenhuma reclamação quanto ao funcionamento da extensão, pelo contrário, apenas elogios e agradeço a todos. Porém, caso você consiga acessar algum periódico via o Portal de Periódicos da CAPES, mas não pela nossa extensão, por favor nos avise (contato).
Novidades da versão
Em desenvolvimento: adaptando o código da versão 3.1 para funcionar no Firefox.
Chrome: veja as novas opções clicando com o botão direito no ícone P.
Firefox: veja as novas opções clicando com o botão direito em qualquer lugar da página aberta.
Versão 3.1:
- Opção para adicionar manualmente domínios para tradução automática. Veja página de opções.
Versão 3:
Redirecionamento automático!
- Opções adicionadas ao botão P, clique com o botão direito para: 
- escolher entre redirecionamento automático e manual [opção padrão = manual]
- escolher entre exibir ou não notificações [opção padrão = exibir]
- Opções (manual e exibir) serão mantidas como padrão nesta versão. Se tudo funcionar bem, na próxima versão o automático será padrão.
- Redirecionamento automático funciona com WEB OF SCIENCE.
O texto que segue reflete minha opinião e motivos pessoais para desenvolver esta extensão
Desde o dia 1° de junho de 2016, a CAPES modificou nossa forma de acesso ao conteúdo de revistas científicas, restringindo-o exclusivamente ao Portal de Periódicos. Leia o Comunicado da CAPES.
Infelizmente esta medida reduz drasticamente nossa agilidade de buscar e acessar referências bibliográficas. Particularmente, inutiliza o acesso a publicações via links diretos, como os links internos dos arquivos PDF e sistemas internacionais desenvolvidos com o propósito de agilizar nosso acesso, como o DOI.
Com o intuito de fornecer uma solução emergencial para nossa angústia, desenvolvemos esta simples extensão.

22 junho 2016

Cambridge Core


É um prazer anunciar o lançamento, em breve, da nossa nova
plataforma acadêmica: Cambridge Core.
Saiba mais sobre como se preparar para este lançamento.

Cambridge Core reunirá todo o conteúdo acadêmico, incluindo mais de

30.000 livros eletrônicos (ebooks) e 360 revistas científicas, pela primeira vez
na mesma plataforma. Você poderá saber mais sobre a Cambridge Core
e seus benefícios no nosso  Librarian Hub.

Baixe o guia prático para o lançamento http://migre.me/uaITS.

17 junho 2016

Acesso ao conteúdo do Portal de Periódicos CAPES

Conforme notícia publicada no Portal do SIBiUSP, desde 1º de junho de 2016, o acesso ao conteúdo assinado pela Capes, deveria ser realizado exclusivamente por meio do Portal de Periódicos. Todavia, o SIBiUSP recomenda aos professores e alunos que utilizem uma extensão alternativa para liberação do conteúdo, sem contrapor às politicas da Capes e da USP para uso deste recursoA extensão está disponível gratuitamente para navegadores Chrome e Mozilla Firefox:  
  • Extensão: Redirecionamento CAPES-Periódicos
  • Desenvolvedor: Prof. Dr. Gerson Ferreira Junior - Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (Ex-aluno de Graduação e Doutorado do IFSC/USP) http://www.infis.ufu.br/capes-periodicos

Desconto aos autores da USP na revisão de artigos: AJE oferece uma “maozinha”

A ciência não poderia realmente existir se os cientistas não registrassem cada estudo realizado e publicassem os resultados de suas pesquisas em revistas científicas. 
Em um cenário global de produção científica, ainda que as pesquisas e achados científicos sejam altamente relevantes e originais, vencer a barreira do idioma pode ser especialmente desafiador para pesquisadores não nativos da língua inglesa. Quem nunca recebeu ou soube de uma recomendação de um editor científico “needs to be reviewed by a native English speaker”? 
Vale a pena?
Os serviços de tradução e revisão podem realmente ajudar os pesquisadores a terem seus artigos publicados? Os editores dizem que depende. Caso o texto apresente apenas um inglês “torto” (ou “torturado”), os editores afirmam que o artigo não será rejeitado. Mas se o texto estiver confuso e ininteligível, impossibilitando a leitura e a compreensão, as chances de rejeição são grandes, pelo comprometimento da qualidade científica. Além disso, um bom texto facilita a revisão por pares e potencializa a aceitação para publicação. “Hoje em dia, os revisores estão sobrecarregados e artigos escritos apropriadamente facilitam a revisão”, afirma o editor Jim Viccaro, editor do Journal of Applied Physics, que recomenda rotineiramente os serviços de edição para os autores. 
A American Journal Experts (AJE) fornece serviços de revisão do inglês, tradução, formatação e preparação de figuras para artigos científicos produzidos por pesquisadores, comunidades científicas e acadêmicas, em diversas áreas de estudoO serviço de Tradução e Revisão da AJE foi criado para ajudar os pesquisadores cuja língua nativa não é o inglês. Para tanto, mantém revisores nativos na língua inglesa, que possuem mestrado ou doutorado em área de estudo específica, e que são avaliados continuamente. A confidencialidade do conteúdo da pesquisa é garantida. Além disso, para cada serviço de tradução e/ou revisão realizado é emitido um Certificado Editorial que garante a qualidade do serviço prestado quantoà gramática, pontuação, ortografia e estilo. Atento à demanda e crescente interesse da comunidade científica por esse tipo de serviço, o SIBiUSP promoveu recentemente um Workshop voltado à escrita científica em inglês na USP, em parceria com a American Journal Experts (AJE), realizado em duas edições e que contou com a participação de grande número de estudantes e professores. 
Agora, a AJE está oferecendo aos autores da USP um desconto de 10% em seus serviços. Para a obtenção desse desconto é obrigatório o uso do link a seguir: https://secure.aje.com/br/default/submit/index/c/SIBIUSP10

JCR 2015 tem novidades: mais revistas brasileiras indexadas

A Edição de 2015 do Journal Citation Reports® (JCR) da Thomson Reuters [1] acaba de ser publicada. O JCR é um recurso que permite avaliar e comparar revistas científicas indexadas na base Web of Science (WoS) por meio da análise de dados de citações. Atualmente, a Base do JCR indexa aproximadamente 12.000 títulos de periódicos científicos e anais de conferências acadêmicas de mais de 3.300 editores em mais de 80 países. 
Para este ano, a novidade é a inclusão de mais seis periódicos brasileiros: Acta AmazónicaArchives of Clinical PsychiatryBrazilian Journal of GeologyPhyllomedusa,South American Journal of Herpetology e Theoretical and Experimental Plant Physiology. Duas dessas revistas são editadas pela Universidade de São Paulo (USP): aArchives of Clinical Psychiatry da Faculdade de Medicina (FM), e a Phyllomedusa, da Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz (Esalq), totalizando 13 títulos editados pela USP no JCR. 



A importância do JCR reside no fato desse recurso indicar o Fator de Impacto (FI) das revistas indexadas na WoS, calculado pela divisão do número de vezes em que os artigos de uma dada revista indexada são citados em um determinado ano pelo número de trabalhos publicados por essa revista nos dois anos anteriores.  Ainda que outras métricas estejam disponíveis, a comunidade acadêmica é fortemente influenciada pelo FI das revistas, uma vez que é um dos indicadores considerados na avaliação da produtividade científica, particularmente pelo CNPq e pela Capes, as principais agências brasileiras de fomento à pesquisa.
A base Web of Science é extremamente criteriosa ao indexar periódicos, e as publicações brasileiras vêm aumentando sua presença na base. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), levantamento efetuado na WoS revela que o número de artigos em periódicos científicos internacionais indexados mais que quintuplicou entre 1981 a 2001, passando de 1.889 artigos publicados em 1981 para 10.555 em 2001, o que representou à época 1,44% da ciência produzida no mundo. De 2002 a 2015, foram mais de 509.595 documentos indexados na base Web of Science publicados por autores brasileiros, em relação à baseline global que soma 27.382.120 documentos, o que representa 1,86% da ciência produzida no mundo.
O Brasil é o país ibero-americano que tem mais revistas indexadas no JCR, batendo a Espanha, que permanece em segundo lugar. O número de publicações brasileiras indexadas na WoS apresenta um crescimento contínuo em relação aos demais países. Em 1995, as revistas brasileiras indexadas na WoS representavam 0,83% do total, passou a 1% em 1997 e atingiu 1,33% em 2000, fazendo o Brasil ocupar já nesse ano a nona posição no ranking dos 20 países que registravam maior crescimento no número de artigos publicados em periódicos indexados na WoS.
No entanto, alguns títulos brasileiros não estão mais sendo indexados no JCR. São eles:Brazilian Journal of Infectious Diseases, Ciencia e Tecnologia de Alimentos e Revista Brasileira de Psiquiatria.