22 setembro 2016

A quem pertence o conhecimento?

Esta questão está no cerne de importantes discussões no meio acadêmico. O conhecimento produzido pertence ao pesquisador, à população, que muitas vezes patrocina universidades e centros de pesquisa, ou ao periódico que publica o artigo e depois cobra pelo acesso? 

Algumas editoras, atualmente, cobram cerca de US$1.000,00 para publicar um artigo e ainda cobram pelo acesso a quem queira fazer o download do artigo. Ou seja, lucram duplamente. A União Europeia determinou que a partir de 2020, todos os artigos científicos produzidos em seus estados-membros, sejam disponibilizados em acesso aberto. 

Deste modo, editoras e publicações científicas tendem a procurar novos modelos. Um deles, chamado de via dourada, já adotado no Reino Unido, garante o acesso livre ao conteúdo, isentando o usuário de pagar pelo download, mas cobra mais caro do autor pela publicação. Outro modelo, chamado de via verde, consiste em arquivar uma cópia da produção científica de cada pesquisador em repositórios da própria instituição, deixando-os disponíveis em acesso aberto. Entretanto, muitas editoras só permitem este tipo de depósito após um embargo que pode durar meses, ou então, cobram para liberar o embargo. 


Em meio a esse jogo de forças, ainda persistem as questões: Por que os autores ainda insistem em publicar em revistas de maior impacto, mesmo tendo que pagar tão caro para isso? E porque aceitam doar o direito de comercialização de seus artigos, sem receber em troca nenhum tipo de lucro? Fator de impacto, prestígio, entre outras coisas podem responder. 


O fato é que editores de revistas científicas que cobram pelo acesso não andam nada contentes. Ainda mais com o surgimento de alternativas, como repositórios abertos que disponibilizam artigos protegidos por paywall, sem necessidade de pagamento, como o Sci-Hub (algo que ainda é considerado ilegal). Descontentamentos à parte é ponto pacífico que a questão do acesso aberto é irreversível. Agora é preciso encontrar um caminho alternativo, que compense as perdas das editoras, mas que também permita que artigos científicos fiquem disponíveis a todos, inclusive a quem não pode pagar, seja para publicar, seja para acessar este conhecimento.




15 setembro 2016

Pesquisadores desenvolvem tecnologia capaz de digitalizar livros fechados

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criou uma tecnologia que promete escanear livros sem precisar abrir as páginas. O projeto foi publicado no periódico Nature e surge como alternativa para bibliotecas e outras empresas que precisam digitalizar seus documentos. 

O processo utiliza radiação terahertz, que é absorvida pelo papel e pela tinta. Em um livro fechado, apenas 20 micrômetros de ar estão presentes entre uma página e outra, mas a câmera usada na digitalização conseguiu detectar os detalhes impressos em cada uma delas, como mostra o vídeo dos pesquisadores. 
Por enquanto, a invenção consegue ler através de apenas nove páginas de um livro fechado, mas novas pesquisas devem aprimorar os resultados. A ideia, além de ser bastante útil para o trabalho de arquivistas e bibliotecários, poderia facilitar a digitalização de livros antigos que, pelo estado frágil, não podem ser manuseados por mãos humanas.

08 setembro 2016

Cambridge University Press lança nova plataforma

A Cambridge University Press, que compõe o acervo do Portal de Periódicos da Capes, acaba de publicar sua nova plataforma de busca – a Cambridge Core. O lançamento oficial ocorreu no domingo (4 de setembro). Segundo o editor, a base veio para centralizar, de forma “sofisticada e com alto desempenho” os conteúdos da Cambridge Journals Online e da Cambridge Books Online.
A partir de agora não será mais possível acessar as antigas bases de dados; os pesquisadores serão redirecionados automaticamente para a Cambridge Core. “Consultamos quase 10.000 usuários durante o desenvolvimento do Cambridge Core para nos certificarmos de que estamos fornecendo uma plataforma que atende as necessidades do nosso público”, informa a Cambridge University Press em seu site.
Em caso de dúvidas, a editora colocou à disposição, por meio da equipe de suporte técnico, um e-mail de contato:academictechsupport@cambridge.org. Os interessados também podem visualizar um vídeo de apresentação da plataforma no endereço virtual: www.cambridge.org/core/about.

Em breve, os usuários do Portal de Periódicos terão acesso ao Manual de Uso da base e aos materiais didáticos atualizados para ampliar as possibilidades de uso da Cambridge Core.

06 setembro 2016

Treinamentos online para uso das bases de dados da EBSCO


Buscando informações em Bases de Dados internacionais?
Um dos maiores fornecedores de informações bibliográficas, a EBSCO oferece acesso a bases de dados internacionais em diversas áreas de conhecimento pelo Portal de Periódicos da Capes. EBSCOhost é um serviço de pesquisa que integra esses diversos conteúdos e está disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano. 

Informamos a realização de 4 oportunidades de treinamento online para uso da Plataforma EBSCOHost, nas datas e horários a seguir. Todos os treinamentos são gratuitos e serão ministrados em português pela bibliotecária Carolina Fraga (EBSCO). 

== 23 de SETEMBRO ==
Tópico: Treinamento online - USP - EBSCOhost 
Organizador: Carolina Fraga 
Data: Sexta-feira, 23 de setembro de 2016 
Hora: 11:00, Horário Padrão da América do Sul - Leste (Brasília, GMT-03:00) 
Link: https://ebsco-portuguese.webex.com/ebsco-portuguese-po/k2/j.php?MTID=t2cd720b35b54769db31e24da415d3564 
 
Tópico: Treinamento online - USP - EBSCOhost 
Organizador: Carolina Fraga 
Data: Sexta-feira, 23 de setembro de 2016 
Hora: 16:00, Horário Padrão da América do Sul - Leste (Brasília, GMT-03:00) 
Link: https://ebsco-portuguese.webex.com/ebsco-portuguese-po/k2/j.php?MTID=t58680b789699828d2f0e0b710af738ba 

== 25 DE OUTUBRO == 
Tópico: Treinamento online - USP - EBSCOhost 
Organizador: Carolina Fraga 
Data: Terça-feira, 25 de outubro de 2016 
Hora: 11:00, Horário de Verão da América do Sul - Leste (Brasília, GMT-02:00) 
Link: https://ebsco-portuguese.webex.com/ebsco-portuguese-po/k2/j.php?MTID=t97e23cb21d0453b9a5fae4a1c68b45d0


== 26 DE OUTUBRO == 
 
Tópico: Treinamento online - USP - EBSCOhost 
Organizador: Carolina Fraga 
Data: Quarta-feira, 26 de outubro de 2016 
Hora: 16:00, Horário de Verão da América do Sul - Leste (Brasília, GMT-02:00) 
Link: https://ebsco-portuguese.webex.com/ebsco-portuguese-po/k2/j.php?MTID=tea78984b913998dc4621c23ccc02d419 
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A Universidade de São Paulo (USP) tem acesso pelo Portal de Periódicos da Capes, às seguintes Bases de Dados, integrantes da Plataforma EBSCOhost:

Academic Search Premier
American Doctoral Dissertations, 1933 - 1955
FSTA - Food Science and Technology Abstracts

MEDLINE Complete dentre outras.

02 setembro 2016

 Webinars


Springer Nature Webinars é uma série de conferências transmitidas em tempo real pela internet que abordam diversos aspectos da publicação de artigos científicos e que são de interesse do público acadêmico, do aluno de iniciação científica ao pesquisador sênior. O objetivo é ser uma fonte de atualização profissional tanto para autores e revisores de artigos acadêmicos como para editores de periódicos.

Luciana Christante de Mello
Editora de Aquisição | BioMed Central
6 de Setembro | 15h00 às 16:30 (Brasília | BRT)
Valtencir Zucolotto
Professor | Instituto de Física da USP (São Carlos)
21 de Setembro | 15h30 às 17h00 (Brasília | BRT)
Português

01 setembro 2016

USP disponibiliza canal na internet sobre a pós-graduação

Em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação, funcionárias da Secretaria de Pós-Graduação do IFUSP ajudaram na preparação de algumas videoaulas online sobre a pós na Universidade de São Paulo. As aulas visam apresentar e esclarecer dúvidas que ingressantes e mesmo alunos já matriculados possam ter em relação à manutenção dos cursos, Sistema Janus, redação de dissertações e teses, entre outros.
Cada videoaula tem duração média de 15 minutos, com os seguintes temas: 
- Aula 1 - A pós-graduação na USP
- Aula 2 - A pós-graduação no Brasil
- Aula 3 - Orientação aos alunos pelo Serviço de Pós-Graduação 
- Aula 4 - Orientação aos alunos pelo Serviço de Pós-Graduação - versão em inglês
- Aula 5 - Bibliotecas USP e buscas bibliográficas (Biológicas/Exatas/Humanas)
- Aula 6 - Agências de fomento 
- Aula 7 - Avaliação CAPES
- Aula 8 - A internacionalização como ferramenta
- Aula 9 - Plágio
- Aula 10 - Ética em pesquisa
- Aula 11 -  Ética em pesquisa em humanos
- Aula 12 - Ética em pesquisa em animal
- Aula 13 - Como escrever uma dissertação/tese – Humanas
- Aula 14 - Como escrever uma dissertação/tese – Biológicas
- Aula 15 - Empreendedorismo e inovação na USP
- Aula 16 - Escrita de projetos de pesquisa
- Aula 17 - Escrita de artigos científicos.
As videoaulas estão disponíveis no endereço http://migre.me/uRSh0

Dicas para redação científica chega à 4ª edição

Em todas as áreas da ciência, o conhecimento avança por meio da troca de ideias, em geral apresentadas, defendidas e, por vezes, contestadas, na forma de artigos científicos. Para publicar em periódicos de alto nível e elevado índice de impacto é preciso apresentar, além de resultados de pesquisas consistentes, uma redação científica de qualidade.
“A publicação é o meio necessário para você entrar no debate científico”, afirma o pesquisador Gilson Volpato na quarta edição do livro Dicas para redação científica, recentemente lançada. “O trabalho não entra na esfera dinâmica e comunicacional da ciência simplesmente por existir. Ele precisa ser visto, lido e aceito. Somente por meio da publicação seu argumento (que defende conclusões) poderá atingir os cientistas.”
Nesta edição, revista e ampliada, Volpato traz 380 dicas de como elaborar um artigo científico bem estruturado, capaz de despertar o interesse de revistas de ótima qualidade.
“As dicas abrangem todo o processo de produção de um texto científico, que começa com saber o que é ‘ciência’, o que significa ‘fazer ciência’ e termina com o acompanhamento do impacto do artigo”, disse o autor à Agência FAPESP.
Os leitores também encontrarão na obra informações conceituais da prática científica, dicas de como usar termos em inglês e indicação de jargões que devem ser evitados, além de orientações sobre autoria científica. O autor sugere, ainda, como escolher a revista para a qual enviar o artigo e faz recomendações que considera estratégicas para dialogar com os editores e revisores.
Com mais de 30 anos de experiência no ensino de ciência e redação científica, Volpato publicou diversos livros sobre o tema. Entre os mais conhecidos estão Elabore projetos científicos competitivos (2014), Ciência: da filosofia à publicação científica (2013),Dicionário crítico para redação científica (2013) e Administração da vida científica (2009).
As “dicas” da última edição têm como base a ideia, defendida por Volpato, de que os erros de redação científica vão muito além da escrita e decorrem principalmente de falhas de entendimento dos conceitos de ciência e comunicação científica. “Procuro mostrar como um cientista raciocina para encontrar soluções adequadas para toda e qualquer dúvida na estruturação e escrita de um texto científico.” 
Dicas para Redação Científica, 4ª ed.
Autor: Gilson Volpato
Lançamento: 2016
Preço: R$ 65
Páginas: 288
Editora: Best Writing