17 dezembro 2015

RG de pesquisador

Nos próximos meses, os 3,5 mil docentes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) serão convocados a se cadastrar no Orcid (sigla para Open Researcher and Contributor ID) e passarão a ter um número de identificação que servirá como uma assinatura digital no ambiente científico global, sem risco de confusão com homônimos. Quando forem submeter um artigo a uma revista científica, por exemplo, precisarão apenas informar sua sequência particular de 16 números, como a de um cartão de crédito, para que suas informações, tais como nome, assinatura padronizada e afiliação, sejam preenchidas no formulário.
Essa é um das utilidades mais palpáveis do registro, mas suas aplicações são mais amplas. Cada usuário pode, se quiser, construir um perfil reunindo sua produção acadêmica, numa espécie de currículo acadêmico certificado. Seus novos papers serão automaticamente recuperados, pois o número de identificação único se conecta com bancos de dados de revistas científicas e repositórios de instituições que se afiliaram ao sistema. A produção científica pregressa também pode ser resgatada. O usuário pode intercambiar dados entre perfis acadêmicos e profissionais, tais como o ResearcherID, da empresa Thomson Reuters, o Scopus e o Mendeley, da editora Elsevier, ou o LinkedIn. Dessa forma, um currículo com informações certificadas pode se tornar acessível a editores e revisores de revistas científicas, agências de fomento e programas de avaliação.
A Universidade de São Paulo (USP) também planeja afiliar-se em 2016. Com um repositório criado em 1985 que congrega mais de 700 mil registros da produção intelectual de seus pesquisadores, inclusive cópias físicas, a USP pretende, com o cadastro universal, tornar automática a recuperação da produção científica, facilitando o trabalho de coleta. Hoje, a equipe do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP cadastra o nome de cada um dos pesquisadores em bases de dados de publicações científicas para receber mensagens de alerta quando seus artigos científicos são publicados. O passo seguinte é baixar uma cópia do documento e preservá-lo no repositório. “Queremos usar o Orcid para facilitar o rastreamento e trazer os metadados das várias fontes que se interligam por meio de número de identificação único, como o ResearcherID. Essa ferramenta possibilitará que a universidade monitore sua produtividade intelectual por meio dos indicadores”, diz Maria Fazanelli Crestana, coordenadora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP.

10 dezembro 2015

Nature permitirá compartilhamento de conteúdo

O grupo Nature anunciou que os assinantes de 49 de suas publicações podem agora, “legitimamente”, compartilhar, via e-mail ou rede social, o texto completo de artigos publicados com colegas não assinantes por meio de um link web disponível em nature.com.
Segundo a Macmillan Science and Education, editora responsável pela publicação, os artigos científicos poderão ser visualizados por meio da plataforma ReadCube, que exibe versão em PDFs dos artigos somente para leitura.
A plataforma não permite imprimir ou copiar conteúdos, mas é possível baixar o arquivo para consulta off line, fazer anotações e compartilhar comentários. O uso deverá ser estritamente pessoal.
A iniciativa estará disponível para cientistas e estudantes em mais de 6.000 universidades e organizações em todo o mundo e atenderá aos mais de 10 milhões de visitantes únicos mensais para nature.com, segundo comunicado da editora. Essa partilha é para uso pessoal, não comercial.
Para mais informações:
http://migre.me/sTLV1