17 maio 2019

Dez mitos sobre a publicação acadêmica aberta

Este documento trata de dez tópicos comumente discutidos em torno de pesquisas acadêmicas abertas que os pesquisadores parecem não saber com certeza. Os "preprints" e a coleta de dados, a prática da transferência de direitos autorais, o papel da revisão por pares e a legitimidade de bases de dados "globais". O artigo pretende ser uma referência para a luta contra a desinformação frequentemente apresentada em comunicações públicas. Este artigo pretende fornecer evidências úteis para orientar as discussões. Em geral, a intenção é fornecer uma base estável para um debate mais construtivo e informado em um processo de evolução contínua da comunicação acadêmica aberta.

16 maio 2019

A Fapesp e a agropecuária paulista

Apesar das dificuldades econômicas do país, o PIB paulista cresceu 1,6% em 2018. Cerca de 15% desse produto econômico, da ordem de R$ 330 bilhões, vem do agronegócio, responsável também por 15% do emprego no estado. Estimular o agronegócio tem, pois, reflexos positivos na economia e na geração de empregos.
Para manter-se competitiva num mundo que muda rapidamente, em que a atualização científica e tecnológica migra continuamente dos laboratórios e universidades para o setor produtivo, a agropecuária tem que ser sustentada por pesquisa e inovação permanentes.
No estado de São Paulo, esse processo ocorre com vigor há várias décadas, garantindo a força produtiva e contribuindo para o progresso do setor no país, responsável por 20% do PIB brasileiro.
De que forma a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) participa deste esforço?
Estudo recente mostra que cada R$ 1 investido na pesquisa agropecuária tem, em poucos anos, retorno de R$ 11. Os investimentos da Fapesp têm um retorno 27 vezes maior. Esse retorno aparece de formas variadas, como aumento da produção e produtividade e aumento da geração de empregos. Em meados da década de 1990, o PIB per capita rural era 21% do PIB urbano, tanto em São Paulo como no Brasil; em 2014, havia subido para 31% no país e 53% no estado de São Paulo.
Portanto, investir em pesquisa agropecuária é uma excelente estratégia para desenvolver o estado e aplicar recursos públicos com eficiência. A Fapesp investiu R$ 3 bilhões (valores de 2013) na pesquisa de agricultura entre 1993 e 2013 e nos últimos dez anos financiou 4.500 bolsas e 2.600 projetos. Entre 1982 e 2013, os investimentos de Fapesp, Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) perfizeram R$ 417 milhões anuais, enquanto valor equivalente foi investido na área por USP, Unesp e Unicamp na formação de pessoal. 
Em consequência, a produção da agricultura paulista aumentou em mais de 90% nas duas últimas décadas, e o ganho de produtividade total cresceu 3,1% a partir de 1994, enquanto o PIB per capita rural subiu para 57% do PIB urbano em São Paulo quando comparado a 34% do restante do país.
A pesquisa apoiada cobre amplo espectro, desde questões de aplicação imediata — como soluções de adubação e dieta que reduzem a emissão de metano e aumentam a produtividade do gado de corte, identificação de genes que estão ligados à melhoria do gado bovino, preservação de polinizadores e aplicação de drones na agropecuária — até temas mais fundamentais, como uso da genômica para identificar genes que aumentam a resistência das plantas às mudanças climáticas e genômica para a piscicultura.
Em 30 anos, o etanol mudou o perfil de fonte de energia no Brasil: o uso de petróleo e derivados caiu de 62% para 38%, enquanto a bioenergia elevou-se de 14% para 32%. A Fapesp tem protagonismo neste processo e no debate internacional sobre bioenergia e sustentabilidade.
Uma característica adicional desse setor é a estreita cooperação entre universidades e institutos de pesquisa com o setor produtivo e empresarial, acompanhada de um número crescente de startups. O programa Pipe (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), da Fapesp, apoia no momento 80 empresas tecnológicas nesse setor da economia.
A experiência das últimas décadas demonstra claramente que investir em ciência e tecnologia produz inovação, gera empregos e contribui para o desenvolvimento econômico.
(Marco Antonio Zago é presidente da Fapesp).  Fonte: FAPESP - 16/5/2019

Elsevier aborda panorama e tendências de uso da Inteligência Artificial

Inteligência Artificial: Como o conhecimento é criado, transferido e usado

Nos últimos anos, a inteligência artificial, ou inteligência artificial, ganhou um aumento na atenção de universidades, pesquisadores, corporações, mídia e o público. Impulsionado pelos avanços no big data e no poder da computação, avanços na pesquisa e tecnologia da IA ​​parecem acontecer quase que diariamente. As expectativas, mas também os medos, estão aumentando sobre o poder de transformação da IA ​​para mudar a sociedade. Neste turbilhão de atenção e desenvolvimento, os termos estão ficando confusos. “Inteligência artificial”, “aprendizado de máquina” e “ciência de dados” são frequentemente usados ​​de forma intercambiável, mas não são os mesmos. A inteligência artificial é muitas vezes intuitivamente entendida como um termo genérico para descrever o objetivo geral de fazer com que os computadores apliquem o julgamento como um ser humano faria. A confusão de termos, em um campo com tal potencial para transformar vidas, precisa ser tratada para garantir que os objetivos da política sejam traduzidos corretamente em prioridades de pesquisa, a educação estudantil corresponda às necessidades do mercado de trabalho e a mídia possa comparar o conhecimento desenvolvido em vários países e regiões em todo o mundo. Este é exatamente o desafio que nos propusemos enfrentar com este relatório. Afinal, somos uma empresa de análise de informações focada em pesquisa e saúde, com recursos de dados que podem fornecer informações valiosas sobre essas questões importantes.  Confira o relatório na íntegra.

Comunicação Acadêmica e Acesso Aberto: ações para uma política pública na América Latina


A circulação do conhecimento científico concentra a preocupação das políticas públicas em ciência e tecnologia. Percebe-se a urgência de uma mudança no modelo atual a partir da falta de acordos entre países ou universidades com editoras comerciais no constante aumento de preços, na lentidão das ações para que os resultados do que é financiado com recursos públicos permaneçam na modalidade de Acesso Aberto (AA), nos apelos por um equilíbrio entre o mundo da produção acadêmica comercial e a produção não comercial. Há também críticas a um modelo que privilegia métricas como o fator de impacto para avaliação e pede para levar em conta o conceito de Ciência Aberta e deixar de colocar um foco excessivo nos artigos.

:: América Latina: nossa situação
● A América Latina exibe uma forte tradição de AA. Há um conjunto de iniciativas colaborativas e não comerciais, com apoio do governo e um papel proeminente das universidades na manutenção de revistas gratuitas para leitores e autores. SciELO, Latindex, CLACSO e REDALYC são apenas alguns exemplos notáveis ​​para mencionar redes para o fortalecimento de periódicos.
● Suas revistas, na maioria das vezes, não cobram APC - Article Processing Charges -  e a tradição universitária de repositórios e a existência de nós nacionais pioneiros que os "colhem" é relevante. Isso explica o posicionamento da região obtida nos diretórios internacional.
● Ao contrário do que acontece na Europa ou nos Estados Unidos, uma parte importante dos órgãos públicos controla vários aspectos da cadeia de valor (promoção e políticas de AA em seu país, financiamento de P & D, infraestrutura e serviços de AA, compras de serviços de editores comerciais, avaliação e indicadores, entre outros).
● Embora haja progresso, há também uma assimetria de recursos entre os países, portanto aproximações apropriadas devem ser feitas em diversos contextos e a cooperação deve ser fortalecida.
● Da mesma forma, o financiamento da pesquisa vem principalmente de recursos públicos, e é por isso que é imperativo que seus resultados sejam abertos e acessíveis.

:: Ações em revistas
● Manter o financiamento e o apoio de universidades e instituições de pesquisa na América Latina para serem publicados no Open Access e gratuitos para leitores e autores.
● Apoiar revistas em nível nacional para melhorar sua qualidade e visibilidade de acordo com os mecanismos de financiamento público de cada país.
● Promover e apoiar o Acesso Aberto interoperável e infra-estruturas tecnológicas distribuídas que gerem economias de escala a nível regional e em conexão com os avanços internacionais.
● Estabelecer alternativas tecnológicas que facilitem o depósito de artigos em repositórios AA, bem como licenças CC e políticas explícitas que favoreçam esse mecanismo.
Fonte: LA Referencia – maio 2019

15 maio 2019

Dez tópicos quentes em torno de publicações científicas


O mundo em mutação da comunicação acadêmica e a nova onda emergente de "Ciência Aberta" ou "Pesquisa Aberta" trouxeram à luz uma série de tópicos controversos e calorosamente debatidos. O debate racional baseado em evidências é regularmente abafado pela retórica desinformada ou exagerada, que não beneficia o sistema em evolução da comunicação acadêmica. Este artigo tem como objetivo fornecer uma estrutura básica de evidência para dez dos tópicos mais contestados, a fim de ajudar a estruturar e avançar discussões, práticas e políticas. Abordamos questões sobre preprints e escavações, a prática da transferência de direitos autorais, a função de revisão por pares, editores predatórios e a legitimidade de bancos de dados "globais". Esses argumentos e dados serão uma ferramenta poderosa contra a desinformação em toda a pesquisa, política e prática acadêmica mais ampla, e informarão mudanças dentro do sistema de publicação acadêmica em rápida evolução.

Tópico 1:  Os preprints terão sua pesquisa "roubada"?
Tópico 2:  O Fator de Impacto da Revista e os editores do periódico medem a qualidade dos autores e suas pesquisas?
Tópico 3:  A aprovação por revisão por pares prova que você pode confiar em um trabalho de pesquisa, seus dados e as conclusões relatadas?
Tópico 4:  A qualidade da literatura científica sofrerá sem revisão por pares imposta pela revista?
Tópico 5:  O Open Access é responsável pela criação de editores predatórios?
Tópico 6:  É necessária a transferência de direitos autorais para publicar e proteger os autores?
Tópico 7:  O Acesso Aberto  “dourado”  tem que custar muito dinheiro para os autores e é sinônimo do modelo de negócios do Article Processing Charges – APC?
Tópico 8:  Os períodos de embargo na Acesso Aberto "verde" são necessários para sustentar os editores?
Tópico 9:  A Web of Science e Scopus são plataformas globais de conhecimento?
Tópico 10: Os editores agregam valor ao processo de comunicação acadêmica?

Fonte: Artigo original intitulado Ten Hot Topics around Scholarly Publishing de Jonathan P. Tennant et al., publicado na revista Publications 20197(2), 34

Destaques da USP

O Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP) é o órgão da Universidade responsável por alinhar a gestão da informação, da produção intelectual e das bibliotecas institucionais aos objetivos da USP. No portal é possível encontrar informações sobre todas as Bibliotecas das unidades e também sobre os diversos recursos online disponíveis para a comunidade USP e o público em geral. Confita alguns destaques:
O Portal de Revistas da USP traz 190 publicações científicas com acesso aberto

A Coleção Digital de Teses e Dissertações defendidas na USP reúne 83.413 documentos


Eventos acontecem em maio






14 maio 2019

Acesso rápido a máquinas e laboratórios

USP e Unicamp criam portais para ampliar o compartilhamento de infraestrutura de pesquisa


As universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp) criaram portais na internet que catalogam seus equipamentos de pesquisa e os disponibilizam para usuários de dentro e de fora das instituições, inclusive de empresas. O objetivo é facilitar o compartilhamento de instrumentos de custo elevado, como microscópios eletrônicos, espectrômetros de massas ou sequenciadores, entre muitos outros. As iniciativas procuram dar visibilidade para uma missão fundamental de laboratórios e facilities de universidades públicas, que é servir ao maior número possível de pesquisadores a fim de aumentar o impacto e a qualidade de trabalhos científicos e tecnológicos do país. A maior parte dessa infraestrutura foi financiada por agências de fomento sob o compromisso de que parte de seu tempo de uso seja franqueado a outros pesquisadores interessados. Mas nem sempre é fácil para os usuários encontrar o que precisam, uma vez que a oferta é divulgada de forma tímida ou fragmentada. “Não há queixas relacionadas a barreiras no acesso, mas temos a percepção de que os instrumentos poderiam ser mais usados se fossem mais conhecidos”, diz Watson Loh, professor do Instituto de Química (IQ) da Unicamp e coordenador adjunto do Programa de Equipamentos Multiusuários (EMU) da FAPESP.
Na Unicamp, o Portal de Equipamentos Multiusuários e Serviços garante acesso a instrumentos de médio e de grande porte espalhados pela instituição, com a vantagem de permitir a busca por palavras-chave. Não é necessário saber o modelo ou o tipo específico de máquina: basta informar a finalidade do uso para saber se existe algum equipamento capaz de cumprir aquela tarefa. Em caso positivo, o solicitante é direcionado para o laboratório apropriado. Por enquanto, há 140 equipamentos cadastrados. “Esperamos aumentar e muito esse número”, diz Munir Skaf, também professor do IQ e pró-reitor de Pesquisa da Unicamp. Foram criadas funcionalidades para os responsáveis pelas instalações, como um kit que permite a cada unidade de ensino e pesquisa construir um site para divulgar suas máquinas, com um sistema que organiza o agendamento.
Criada no final do ano passado, a Central USP de Equipamentos Multiusuários  USPMulti  por enquanto oferece acesso a dois laboratórios, ambos da Escola Politécnica, e 17 máquinas instaladas em diversas unidades. A expectativa é de multiplicar o número de centrais e instrumentos disponíveis nos próximos meses. Há 25 centrais e laboratórios em fase de cadastramento e pelo menos outros 100 em condições de participar da rede. A plataforma disponibiliza ferramentas de gestão dos equipamentos, centralizadas na Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp). “Essas ferramentas buscam simplificar a rotina dos laboratórios e desonerar seus responsáveis de tarefas burocráticas”, esclarece Sylvio Canuto, professor do Instituto de Física e pró-reitor de Pesquisa da USP. O agendamento pode ser feito on-line, com geração automática de boletos para os usuários e liberação da utilização assim que o pagamento pelo uso é feito. Em geral, os laboratórios cobram taxas menores de pesquisadores da própria universidade, e maiores de usuários de outras instituições e de empresas. A USP tem interesse em organizar o uso de seu parque de equipamentos multiusuários a fim de racionalizar gastos com manutenção e contratação de técnicos, que são alvos frequentes de demandas de pesquisadores e departamentos.  Leia mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP - maio 2019

Detectores de plágio são uma muleta e um problema

Quando se trata de plágio, muitos acadêmicos parecem acreditar em números mágicos. No mês passado, uma empresa que oferecia software de detecção de plágio anunciou que seria adquirida por US $ 1,7 bilhão ainda este ano. É uma das várias empresas que oferecem sistemas de software que aplicam algoritmos de ‘caixa preta’ para produzir uma pontuação que mostra como um texto combina com outros. Como esses sistemas encontram alguns casos de plágio, há uma crença errônea de que eles documentam devidamente todos os casos.
Pena, minha avó teria dito. Eu tenho testado o software de detecção de plágio nos últimos 15 anos. Os resultados costumam ser difíceis de interpretar, difíceis de navegar e, às vezes, apenas errados. Muitos sistemas relatam falsos positivos para frases comuns, nomes longos de instituições ou até mesmo informações de referência. O software também produz falsos negativos. Um sistema pode não encontrar plágio se a fonte do texto plagiado não tiver sido digitalizada, contiver erros de ortografia ou não estiver disponível para o sistema de software. Muitos casos de plágio não são detectados quando o material é traduzido ou extraído de várias fontes. As avaliações dependem dos algoritmos utilizados e do corpus de trabalho disponível para comparação. Para sistemas que verificam amostras aleatórias, repetir o teste do documento minutos depois pode produzir resultados diferentes. Eu também vi sistemas diferentes classificando um texto como plagiado completamente ou parcialmente, ou livre de plágio. 
No entanto, o número que esses sistemas produzem – conhecido como “pontuação de originalidade”, “conteúdo não exclusivo” ou “PlagLevel” – geralmente é considerado pelo valor nominal. Uma segunda opinião é raramente procurada, embora existam dezenas de sistemas disponíveis. Na verdade, a leitura dos relatórios produzidos pelo software pode revelar material corretamente citado, como uma seção de métodos referenciados corretamente, marcada como plágio. Leia maisFonte: SIBiUSP - 13/5/2019

Podcasts ajudam a divulgar a ciência no Brasil


Academic OneFile é opção de conteúdo multidisciplinar oferecido pelo Portal de Periódicos

Multidisciplinaridade representa a reunião de muitas disciplinas com um objetivo em comum. Trata-se de um recurso para agregar conhecimentos de diversas categorias do saber dentro de um mesmo campo. Apesar das peculiaridades de cada área, esse denominador comum atua como facilitador para que o intercâmbio entre os segmentos seja cada vez maior a favor da ampliação do conhecimento. A plataforma Academic OneFile é uma das opções de recursos multidisciplinares oferecidos para consulta aos usuários do Portal de Periódicos da CAPES.
A Academic OneFile é uma base de dados dirigida a bibliotecas acadêmicas, com diversos tipos de documentos revisados por pares. Abrange mais de 18 mil títulos, sendo cerca de nove mil em texto completo. A coleção inclui conteúdo proveniente das melhores revistas científicas e fontes de consulta do mundo, tais como The New York Times, London Times, Financial Times, Elsevier, Springer Nature, Blackwell, Sage, Panamerican, Health Organization, John Hopkins University Press, Oxford University Press, Universidade Pontifícia do Peru, Universidade ESAN, Universidade de Buenos Aires, Universidade de Salamanca e Universidade Complutense de Madri.
A ferramenta abrange as áreas de Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências Médicas, Ciências Sociais Aplicadas, Artes e Humanidades, incluindo, em destaque, assuntos relacionados a Biologia, Química, Economia, Ciências Ambientais, História, Marketing, Ciência Política, Psicologia, entre outros. Entre o material indexado, os usuários encontram publicações acadêmicas, revistas, livros, notícias, imagens, vídeos e podcasts. A disponibilidade de referências e texto completo varia desde 1905 até a atualidade.
Segundo o editor, a base de dados oferece mais de 100 milhões de artigos disponíveis e é atualizada frequentemente. Além disso, existe a possibilidade de envio de conteúdo por e-mail em formato HTML ou texto simples, compartilhamento em redes sociais, criação de alertas de pesquisa, busca avançada com operadores booleanos e diferentes critérios que permitem realizar demarcações, gerador de citações que podem ser exportadas para EndNote, ProCite e RefWoks e marcadores URL (favoritos). Os usuários ainda podem usufruir do tradutor de idiomas, incluindo português e mais de 30 outras línguas, e download de artigos em formato HTML ou PDF.
Ao acessar por meio da opção buscar base do Portal de Periódicos da CAPES, o pesquisador é direcionado para uma página amigável e que oferece opções intuitivas de consulta. Algumas das alternativas são as buscas por guia de assunto ou publicação, procura por disciplinas, localizador de tópicos e sugestões de principais temas pesquisados. Também é possível acessar os títulos da Academic OneFile por meio do menu buscar periódico, a partir da inserção do nome ou código ISSN das publicações individualmente.
A base Academic One File é um dos conteúdos que são apresentados nos treinamentos on-line do Portal de Periódicos da CAPES. Por ser um conteúdo multidisciplinar, está presente em várias semanas temáticas da capacitação. Os usuários podem ter acesso aos dias e horários em que a plataforma será apresentada na área de 
materiais didáticos – ao pesquisar pelo nome da editora/representante Cengage, é disponibilizado o cronograma anual em formato pdf.   

Fonte: Portal de Periódicos da CAPES - 13/5/2019

Fichamento: os tipos e formas de fazer


O fichamento é um recurso didático utilizado por estudantes e pesquisadores na construção do seu próprio conhecimento. É basicamente o arquivo do texto que você lê. Neste arquivo você coloca a referência e o que você entendeu do conteúdo do texto de uma obra, de um artigo ou mesmo de um tema. Já que, você não necessitará recorrer ao original em todo instante, só quando houver a precisão de rever, ou reconstruir conceitos. A principal ideia do fichamento acadêmico é organizar materiais que você usa para compor o seu trabalho científico. Os principais tipos de fichamento são:

1. Fichamento textual, de resumo ou de conteúdo
Registra as ideias apresentadas em uma sequência lógica, expõe os pontos principais e secundários, bem como os argumentos, justificativas, exemplos etc. ligados a eles.
2. Fichamento temático ou de citação
Este tipo de fichamento consiste basicamente em transcrever trechos dos textos a que se refere, copiando citações importantes, e ligando-os a um breve resumo ou o registro da interpretação do texto feita pelo leitor.
3. Fichamento bibliográfico
A mais simples de todas, as fichas bibliográficas trazem uma descrição em tópicos de cada parte do texto acompanhadas de indicações precisas das fontes, com as referências completas (título, edição, local de publicação, editora, ano da publicação, número do volume e as páginas).
Leia mais Fonte: Pós-graduando

13 maio 2019


FAPESP realizará levantamento sobre as atividades de pesquisa no Estado de São Paulo

A FAPESP está firmando Termos de Cooperação com instituições de pesquisa e de ensino superior, públicas 
ou particulares, no Estado de São Paulo, para realizar 
um levantamento primário de dados que subsidiará a elaboração de indicadores de Ciência e Tecnologia (C&T).
A cooperação segue orientação do Conselho Superior que recomendou a elaboração de um conjunto de indicadores e de estudos temáticos sobre a realização e os resultados das atividades científicas e tecnológicas desenvolvidas no Estado de São Paulo.
O objetivo é institucionalizar o cumprimento de uma das atribuições da FAPESP: a de promover periodicamente estudos sobre a situação da pesquisa científica e tecnológica realizada em São Paulo. Entre 1998 e 2010, a Fundação publicou quatro livros sobre indicadores de ciência e tecnologia e, desde então, eles passaram a ser divulgados em boletins e em secções especializadas da Revista Pesquisa FAPESP.
Em 2017, o Conselho Técnico Científico (CTA) da FAPESP aprovou a criação de Gerência de Estudos e Indicadores, vinculada à presidência do CTA. Suas atribuições incluem a organização de um banco de dados atualizado e padronizado que contemple as principais informações necessárias à formulação sistemática dos indicadores de CT&I para o Estado de São Paulo, além da elaboração de estudos analíticos capazes de identificar impactos reais ou potenciais das atividades científicas e tecnológicas realizadas no Estado sobre a sociedade e a economia.  Leia mais.   
Fonte: Agência FAPESP - 13/5/2019

Boletim Eletrônico do Portal de Periódicos da CAPES ganha novo layout

O Boletim Eletrônico do Portal de Periódicos da CAPES segue em direção ao terceiro ano de existência e já se tornou um importante canal de comunicação entre a biblioteca virtual e a comunidade acadêmico-científica brasileira. A ferramenta passou por reestruturações para ampliar ainda mais a experiência do público-alvo.
A edição 63, enviada no dia 2 de maio para os usuários, apresentou uma nova e moderna interface, seguindo a tendência minimalista digital. A grande novidade é o formato responsivo, que possibilita o acesso por meio de dispositivos eletrônicos móveis, como smartphones e tablets. Assim, o conteúdo se adapta a qualquer tipo e tamanho de tela.
Lançado em setembro de 2016, o Boletim Eletrônico é produzido quinzenalmente, sempre primando por registros de relevância para os usuários, como dados dos treinamentos on-line ofertados, indicações de conteúdos do acervo e parcerias com outras instituições a favor do desenvolvimento da ciência no Brasil. Além da matéria em destaque, exclusiva do boletim, a correspondência contém links para outras notícias e áreas do Portal. Dessa forma, a qualidade da informação e dos materiais abordados – marca registrada do Boletim – permanece a mesma.

Para receber as edições, os interessados devem manter o e-mail de contato atualizado na área Meu Espaço. O link oferece a opção de recuperação de senha para alteração dos dados registrados ou criação de um novo login. A segunda alternativa é somente para novos registros, uma vez que o formulário exige inserção do número de Cadastro de Pessoa Física (CPF), impossibilitando a duplicação de pessoas.
Ao criar um novo registro, o usuário deve esperar até 48 horas para receber a mensagem de confirmação por e-mail. Em caso de dúvidas, a equipe do Portal de Periódicos dispõe do endereço eletrônico 
periodicos@capes.gov.br para contato.  Fonte: Portal de Periódicos da CAPES

Plataforma ajuda a garantir qualidade de métodos de análise em laboratório

Disponível on-line, plataforma valida métodos de análise, calcula incertezas e garante qualidade dos resultados

Análises em laboratório, na indústria, agricultura e saúde, entre outras áreas, precisam ter
métodos válidos, que atendam às exigências dos órgãos reguladores. Para facilitar a avaliação desses métodos, dois professores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP criaram uma plataforma que analisa no computador os resultados das análises e atesta se estão de acordo com as normas, fornecendo um relatório de validação, cálculo de incertezas e garantia da qualidade dos resultados relacionados aos métodos utilizados. A plataforma, acessível on-line, também pode ser utilizada por cientistas, pesquisadores e alunos para validarem métodos desenvolvidos ou aplicados à pesquisa, calculando a incerteza dos resultados de suas medições.
A plataforma ConfLab foi desenvolvida na empresa Qualilab, criada pelos professores do IQSC, Igor Renato Bertoni Olivares e Vitor Hugo Polisél Pacces. “Em 2012, o professor Bertoni Olivares publicou um artigo na revista Trends in Analytical Chemistry que relacionava três grandes pilares da qualidade dos ensaios de laboratório: validação do método, incerteza (dispersão de resultados atribuída ao valor medido, que influencia a tomada de decisões) e confiabilidade ao longo do tempo”, diz Polisél Pacces.
“Isso também é importante na pesquisa científica, que vive hoje uma crise de reprodutibilidade, causada pelo questionamento da confiança nos métodos de ensaio, decorrente de uma melhor compreensão das ferramentas estatísticas e de uma melhor aplicação da validação dos métodos”, ressalta o professor do IQSC. “Quando um método de ensaio é desenvolvido, é preciso validá-lo com uma base estatística, atestando sua confiança. A plataforma recebe os dados, calcula os resultados e fornece automaticamente um relatório de validação completo, sem necessidade de inserir fórmulas ou conhecimento profundo de estatística.”
A validação do método ajuda a calcular sua incerteza e reforça a confiabilidade. “O software é baseado em diversas normas de agências reguladoras, tais como as da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Ministério da Agricultura”, aponta Polisél Pacces. “Isso é importante não só para um analista de bancada, como também para um pesquisador científico, pois a funcionalidade da realização automática dos cálculos, aliada à personalização das formas de cálculo de cada parâmetro e ao relatório que é instantâneo, faz com que ele ganhe tempo e reduza custos em sua pesquisa.”  
Leia mais
.   Jornal da USP - 9/5/2019




Serrapilheira financiará pesquisas da USP e abre edital para divulgação científica

Novo programa do Instituto Serrapilheira é voltado para a divulgação científica e oferece vaga em evento e possibilidade de financiamento


O Instituto Serrapilheira anunciou os 24 cientistas contemplados com até R$ 100 mil para desenvolver projetos por um ano, inseridos na 2ª Chamada Pública de Pesquisa Científica. Entre os contemplados estão quatro estudos ligados à USP: um da área de Geociências, dois da área de Ciências da Vida e um de Matemática.
O pós-doutorando Victor Sacek, do Departamento de Geociências do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), recebeu o incentivo para seu projeto tratando do tema Evolução paleogeográfica da Amazônia baseada em modelos numéricos geodinâmicos.
Em Ciências da Vida, os beneficiados foram o professor Paulo Teixeira, do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), com o tema Doenças são a exceção e não a regra: Por que as plantas são imunes à maioria dos patógenos?.
Após um ano, os 24 projetos serão reavaliados e três deles poderão receber até R$ 1 milhão, por três anos. Além de receber ajuda financeira, os beneficiados participarão de treinamentos, workshops e eventos de integração, como o Encontros Serrapilheira.

Chamada pública para divulgação científica
O instituto está agora com as inscrições abertas para outra iniciativa: a 2ª Chamada Pública de Divulgação Científica. Serão selecionados 35 projetos considerados inovadores para participar do evento Camp Serrapilheira. O Camp será realizado no Rio de Janeiro, no segundo semestre, e trará palestras, debates, workshops e sessões científicas com o objetivo de mapear e fornecer apoio a novas formas de divulgação científica no Brasil.
Podem participar representantes de iniciativas estruturadas com experiência prévia em trabalhar com conteúdos científicos, cientistas com atividades de divulgação e não cientistas que possam demonstrar relação com temas científicos. São aceitos diversos tipos de iniciativa: arte, ciência cidadã, educação, jornalismo impresso ou digital, mídias digitais, museus, eventos, programas, rádio e televisão e também projetos que não se enquadrem no sentido clássico de divulgação científica.
Na segunda etapa do processo, os 14 melhores projetos terão financiamento de até R$ 100 mil. 
As submissões vão até o dia 7 de junho. Para inscrições e mais informações, acesse o site.  
Leia maisFonte: Jornal da USP - 6/5/2019

03 maio 2019

Pesquisa quer saber como os cientistas divulgam o seu trabalho

O questionário online orientará o projeto “Bori”, que tem como objetivo disponibilizar para a imprensa material científico inédito. O nome da plataforma é em homenagem à primeira presidente da SBPC, Carolina Bori
O Brasil publica, em média, 200 artigos científicos por dia, mas a maioria esmagadora dessa produção acadêmica não chega até jornalistas e outros profissionais de comunicação que poderiam divulgar os trabalhos para fora da academia.
Um projeto financiado pelo Pipe-Fapesp e pelo Instituto Serrapilheira quer resolver esse problema por meio de uma plataforma que vai reunir artigos científicos, capítulos de livros e outras formas de produção de conhecimento científico para jornalistas cadastrados.
Para orientar o trabalho, a equipe quer falar com cientistas de todo o país, e de todas as áreas do conhecimento, sobre o fluxo da produção e da disseminação científica. Para isso, desenvolveu um questionário online com doze perguntas específicas (além de nove questões iniciais que compõem o perfil do respondente). O questionário pode ser respondido até o dia 25 de maio.
A expectativa é que cada respondente gaste cerca dez minutos para responder ao questionário todo. As respostas são anônimas e serão usadas apenas internamente pela equipe. Podem participar alunos de pós-graduação (mestrado e doutorado) com ou sem bolsa, pós-doutores (com ou sem bolsa), pesquisadores e docentes.
O sistema que está sendo desenvolvido recebeu o nome de Bori, em homenagem à primeira presidente da SBPC, Carolina Bori. A ideia é disponibilizar material científico inédito, acompanhado de press release e do contato de um porta-voz, cerca de 15 dias antes da sua publicação oficial.
Isso significa que os profissionais de comunicação terão tempo para ler o material, selecionar o que pretendem cobrir e para entrar em contato com o cientista responsável — e a pesquisa pode ser divulgada para a sociedade no mesmo dia em que sairá, por exemplo, em um periódico científico. A proposta é aproximar a ciência inédita brasileira da imprensa e, consequentemente, da sociedade em geral. A ideia é lançar o serviço para pesquisadores de outras instituições ainda neste ano.
Para participar, clique em http://bit.ly/survey_cientistasFonte: Jornal da Ciência - 3/5/2019