Um trabalho divulgado em setembro por Thed van Leeuwen, pesquisador do Centro de Estudos de Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden, na Holanda, forneceu um panorama abrangente sobre artigos científicos submetidos à retratação, ou seja, que tiveram sua publicação cancelada devido a erros, vieses, fraudes ou plágio. Foram analisados 3.729 papers retratados publicados em jornais da base de dados Web of Science (WoS). Entre as evidências favoráveis, o levantamento mostrou que o número de trabalhos problemáticos é pequeno – o equivalente a 0,008% de todos os artigos da WoS – e que a quantidade de retratações está em um patamar inferior à da década passada. Em 2015, menos de 250 artigos foram retratados, cerca de 100 a menos do que a média anual de 2005 a 2010. Observou-se, também, que o processo que gera uma retratação não permite que artigos questionados tenham vida longa: 90% dos papers suspeitos acabam sendo retratados até seis anos após sua publicação. Leia mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2020