11 março 2020

Editores científicos buscam sobrevida para o Acesso Aberto

Publishers tentam novos modelos de captação de recursos para aliviar a cobrança de mais taxas dos autores de artigos

Dois editores de periódicos científicos sem fins lucrativos, segundo reportagem publicada na revista Science, estão tentando novas fórmulas de subsidiar o Acesso Aberto para suas revistas, sem transferir integralmente os recursos para o bolso dos autores. Como os custos das revistas de acesso grátis não desaparecem por mágica, atualmente, eles são cobertos normalmente pela cobrança de assinaturas das universidades. E também pelas chamadas taxas de processamento de artigos (APCs).
Se der certo, a estratégia piloto usada pela Annual Reviews, que publica dezenas de revistas, entre elas a Annual Review of Cancer Biology, vai transformar por completo sua forma atual de assinaturas. A ideia é disponibilizar de forma livre o conteúdo científico de cinco de suas revistas que estão entre as mais citadas em suas áreas pelo preço da assinatura que as universidade já pagam hoje, mas com um desconto de 5% no preço anual. A editora pretende assim manter todos os seus clientes ativos. Caso isso não ocorra, o acesso aos papers será fechado novamente, e cobrado de forma individual.
O projeto piloto está sendo bem-sucedido até agora, disse à Science Richard Gallagher, presidente e editor-chefe da Annual Reviews. “Por volta de 90% dos assinantes fecharam assinaturas que incluem a Annual Review of Cancer Biology.” Com isso, a publicação teve o seu acesso totalmente liberado no dia 9 de março. Outras revistas podem ir na mesma direção do Acesso Aberto nos próximos meses se os contratos continuarem a serem feitos. “O sistema de assinatura para o livre acesso é a nossa melhor opção como alternativa à cobrança de taxas dos autores. Não temos muitos outros modelos”, diz Curtis Brundy, administrador de bibliotecas na Iowa State University.  Leia na íntegra.   Fonte: Direto da Ciência - 11/03/20