Preprints colaboram para a aceleração responsável dos resultados de pesquisa e estão alinhados a políticas de ciência aberta
A pandemia do novo coronavírus trouxe para o cotidiano palavras que antes estavam circunscritas a discussões muito específicas da ciência e, talvez, preprint seja uma delas.
Preprints, por definição, são versões prévias de um trabalho científico, que ainda não foram submetidas aos pares para serem avaliados. Com isso, esses artigos preliminares não passam pela leitura criteriosa e avaliação de mérito feita por outros cientistas, que, geralmente, são os responsáveis por atestar a validade de um artigo como produto de uma ciência ética, responsável e comprometida com o mérito.
Por que, então, preprints têm se tornado tão mais comuns nesses tempos de pandemia? A resposta tem a ver com o tempo.
O processo de avaliação por pares foi projetado e vem sendo utilizado há décadas para servir como uma espécie de “controle de qualidade“, que atesta que aquele trabalho de pesquisa cumpre requisitos necessários para ser considerado “boa ciência“. O problema é que esse processo costuma ser muito demorado, podendo levar meses entre a finalização de uma pesquisa e o momento em que ela se torna pública.
No meio de uma pandemia como a do novo coronavírus, o tempo não pode ser inimigo da ciência. Então, os preprints tornam-se alternativas mais ágeis de circulação de informações sobre as diversas iniciativas que buscam tratamentos e curas para a Covid-19, por exemplo.
O processo de avaliação por pares
O processo de avaliação por pares foi projetado e vem sendo utilizado há décadas para servir como uma espécie de “controle de qualidade“, que atesta que aquele trabalho de pesquisa cumpre requisitos necessários para ser considerado “boa ciência“. O problema é que esse processo costuma ser muito demorado, podendo levar meses entre a finalização de uma pesquisa e o momento em que ela se torna pública.
No meio de uma pandemia como a do novo coronavírus, o tempo não pode ser inimigo da ciência. Então, os preprints tornam-se alternativas mais ágeis de circulação de informações sobre as diversas iniciativas que buscam tratamentos e curas para a Covid-19, por exemplo.
Os servidores de preprint
Rode conta que, nos últimos anos, surgiram quase uma dúzia de novos servidores de preprint em todo o mundo – dois novos aqui no Brasil. Os servidores são parte importante desse mecanismo, pois garantem que nem todo artigo disponível livremente online pode ser considerado um preprint.
“Não é só escrever qualquer coisa e disponibilizar online. Na SciELO, por exemplo, o preprint passa por um revisor de área, que avalia se o trabalho foi executado de maneira correta, do ponto de vista do método científico, mas sem avaliar o mérito, que fica para revisão de pares”, explica Sigmar Rode. SciELO é uma Biblioteca Eletrônica Científica Online, de livre acesso, que segue um modelo cooperativo de publicação digital de periódicos científicos brasileiros. Saiba mais.
Fonte: Minas Faz Ciência - 22/06/20
Fonte: Minas Faz Ciência - 22/06/20