07 outubro 2020

BIOTA 20 anos - Mais do que biodiversidade

Estudos sobre as interações entre vegetação e clima, como os feitos na Mata Atlântica, indicam os novos caminhos do programa da Fapesp

O acompanhamento prolongado de mais de 50 parcelas permanentes de Mata Atlântica, situadas dentro e fora do Parque Estadual Serra do Mar (PESM), entre o litoral norte do estado de São Paulo e o Vale do Paraíba, tem levado a avanços na compreensão das interações entre a vegetação e o clima desse bioma. Diferentes projetos concluídos ou em andamento no âmbito do Programa Biota-Fapesp, iniciativa que celebra 20 anos de existência em 2020 e congrega 1.200 pesquisadores, apontam os benefícios de se manter a floresta em pé. A evolução dos trabalhos nesse trecho da Mata Atlântica, formação vegetal da qual restam apenas 12,5% de sua cobertura original no país, reflete a própria dinâmica de mudanças por que passa o Biota.
Criado em março de 1999 com o objetivo original de conhecer, mapear e analisar a riqueza de espécies do estado de São Paulo, o programa ampliou seu escopo de atuação, gerou informações que influenciaram políticas públicas de conservação e restauração de áreas verdes e passou a ser parceiro, quando não protagonista, de estudos que mesclam a questão da biodiversidade no cenário incerto das mudanças climáticas. Neste ano, o Biota, que recebeu ao longo de sua existência quase 300 financiamentos para projetos de pesquisa da Fundação, festeja 20 anos, embora, na ponta do lápis, já tenha passado dos 21. “Resolvemos fazer as comemorações agora porque nossa revista eletrônica, a Biota Neotropica, completou 20 anos em 2020”, esclarece o biólogo Carlos Alfredo Joly, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), principal idealizador do Biota e um de seus coordenadores.   Saiba mais.    Fonte: Pesquisa FAPESP - out. 2020