Entre os diversos esforços para diminuir o efeito estufa na
atmosfera estão projetos voltados a promover o sequestro de dióxido de
carbono (CO2) com soluções baseadas na natureza. No geral, são tecnologias com
grande potencial disruptivo e que poderão abrir frente para uma nova cadeia de
valor na captura, uso e armazenamento de carbono. É o caso de um hidrogel que
está sendo desenvolvido por pesquisadores de diversas instituições da
Universidade de São Paulo (USP), sob a liderança do Centro de Pesquisa para Inovação em
Gás (RCGI)
– um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído por Fapesp e Shell na
Escola Politécnica (Poli-USP).O projeto, denominado Programa Hidrogel, é
financiado pela Shell Brasil com recursos da Cláusula de Investimento em
P&D dos Contratos de Concessão da ANP.
Composto por material orgânico, o hidrogel será produzido com moléculas sintetizadas a partir de CO2. Uma vez usado no plantio, os grânulos do produto se degradariam e liberariam o carbono para estocá-lo no solo. Segundo Alexandre Breda, executivo da Shell e vice-diretor do RCGI, o produto será desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a partir de ácido oxálico e um biomonômero. O ácido oxálico, por sua vez, será produzido pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) a partir do CO2.
Uma vez pronto, o hidrogel será testado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP). Em paralelo, o Instituto de Energia e Ambiente (IEE-USP) irá propor os padrões normativos necessários para a entrada do produto no mercado. O IEE-USP já desenvolve um trabalho focado na produção de documentos normativos para a aplicação global desse tipo de tecnologia, em conformidade com as normais internacionais. O trabalho abrange tanto soluções baseadas na natureza como aquelas que permitem transformar CO2 em produtos químicos de alto valor agregado. Saiba mais. Fonte: Agência FAPESP - 13/08/21
Composto por material orgânico, o hidrogel será produzido com moléculas sintetizadas a partir de CO2. Uma vez usado no plantio, os grânulos do produto se degradariam e liberariam o carbono para estocá-lo no solo. Segundo Alexandre Breda, executivo da Shell e vice-diretor do RCGI, o produto será desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a partir de ácido oxálico e um biomonômero. O ácido oxálico, por sua vez, será produzido pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) a partir do CO2.
Uma vez pronto, o hidrogel será testado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP). Em paralelo, o Instituto de Energia e Ambiente (IEE-USP) irá propor os padrões normativos necessários para a entrada do produto no mercado. O IEE-USP já desenvolve um trabalho focado na produção de documentos normativos para a aplicação global desse tipo de tecnologia, em conformidade com as normais internacionais. O trabalho abrange tanto soluções baseadas na natureza como aquelas que permitem transformar CO2 em produtos químicos de alto valor agregado. Saiba mais. Fonte: Agência FAPESP - 13/08/21