10 setembro 2021

Decisão difícil por um retorno seguro

Os reitores da USP, da Unesp e da Unicamp – Vahan Agopyan, Pasqual Barretti e Antonio José de Almeida Meirelles, respectivamente – publicaram artigo no jornal “Folha de S. Paulo” sobre retomada das atividades presenciais

Como reitores de universidades de pesquisa, sabemos da necessidade do convívio acadêmico presencial de alunos e professores e da importância de oferecer o ensino em um ambiente de pesquisa. A pandemia nos obrigou a restringir essa possibilidade aos nossos estudantes, notadamente aos de graduação. As aulas teóricas foram oferecidas remotamente, mas as práticas (laboratoriais, de campo, visitas e viagens técnicas) foram prejudicadas, apesar do esforço do corpo docente.
Estamos convencidos de que a formação dos futuros profissionais não se restringe às atividades em salas de aula e laboratórios. Há a necessidade de oferecer outras atividades técnico-científicas em conjunto com ações culturais, esportivas e sociais, que só podem ser devidamente usufruídas quando os estudantes estão nos campi.
Tanto alunos quanto professores e servidores estão exaustos em função das demandas decorrentes das atividades remotas. Particularmente, os alunos com maior vulnerabilidade social, que necessitam do apoio institucional, são os mais prejudicados pelo afastamento dos campi.
É nosso dever mostrar à sociedade as especificidades das universidades de pesquisa, nas quais os alunos, em um mesmo dia, podem ter aulas com turmas distintas e, muitas vezes, em edifícios e unidades diferentes. Nessas condições, os cuidados sanitários precisam ser criteriosos. Tivemos exemplos negativos no exterior que não precisamos repetir.
Ao tomarmos a decisão pelo retorno presencial em maior escala, ainda que as universidades nunca tenham parado, este se fará com base na ciência e no respeito à vida, pautado em quatro pilares fundamentais: vacinação, biossegurança, proteção social e monitoramento da pandemia.  Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 09/09/21