23 março 2022

Práticas acadêmicas predatórias estão em alta, alerta pesquisa internacional

As práticas acadêmicas predatórias estão aumentando ao redor do globo. É o que revela uma pesquisa feita pela Parceria InterAcademias (IAP), que analisou em profundidade as muitas formas que esse problema assume, e como a comunidade científica internacional acaba contribuindo para que ele se perpetue.
O grupo de trabalho responsável pela análise entrevistou mais de 1.800 cientistas do mundo inteiro, e 80% dizem já enxergar os impactos negativos dessas práticas em suas áreas de estudo. Estima-se que mais de um milhão de pesquisadores já publicaram em revistas ou participaram de conferências predatórias e, ao contrário da percepção geral, não são apenas os pesquisadores em início de carreira que são afetados.
São consideradas predatórias publicações e eventos de pouco ou nenhum rigor científico, motivados apenas pela arrecadação de taxas de inscrição e que exploram a pressão existente sobre cientistas para publicar e apresentar seus trabalhos. A pesquisa distingue os diferentes tipos de práticas em um gradiente, que vão desde fraudes explícitas – quando se mente sobre conselho editorial, revisão por pares e métricas – até eventos ou revistas de baixa qualidade, que desperdiçam o potencial dos trabalhos submetidos.  Confira o relatório completo, em inglês e o sumário executivo, em português.   
Saiba mais.   Fonte: Jornal da Ciência - 23/03/22