27 abril 2022

O impacto das revistas e conferências predatórias

InterAcademy Partnership (IAP), rede que congrega mais de uma centena de academias de ciências, engenharia e medicina do mundo, lançou no mês passado o relatório “Combatendo periódicos e conferências acadêmicas predatórias”, fruto de dois anos de trabalho de um painel de pesquisadores de países como Itália, Malásia, Uruguai, Egito e Benin. Uma das principais contribuições do documento é mostrar que existe um gradiente de comportamentos negligentes e fraudulentos em periódicos e conferências, que devem servir como sinais de alerta para pesquisadores.
O relatório enumera as características de três tipos de revistas, as de boa qualidade, as de qualidade baixa e as fraudulentas. Revistas de boa qualidade produzem avaliações minuciosas de trabalhos científicos, são claras sobre os custos de publicação, dispõem de regras para retratar artigos com erros e falhas e possuem conselhos editoriais sólidos. Quando ocasionalmente se envolvem em casos de má conduta, tomam providências apropriadas para enfrentar o problema.
Já uma revista de baixa qualidade costuma apresentar problemas como avaliação displicente de manuscritos, serviços editoriais deficientes, conselhos editoriais inativos, assédio exagerado a autores e falhas com o arquivamento de artigos. Se um título concentrar muitos desses indicadores, é recomendável evitá-lo. O relatório do IAP está disponível em: www.interacademies.org/project/predatorypublishing.   Saiba mais.   
Fonte: Pesquisa FAPESP - 12/04/22