09 junho 2022

Pesquisadores mapeiam genes da guanitoxina, uma das mais letais neurotoxinas de água doce

Os resultados servirão de base para o desenvolvimento de novos testes de diagnóstico molecular para detecção da neurotoxina, já relatada em lagos e rios brasileiros e no exterior

Pesquisadores da USP e da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, sequenciaram o genoma da guanitoxina, uma das mais letais neurotoxinas de água doce, produzida por cianobactérias. Ela já foi relatada em corpos d’água de países da América do Norte e do Sul, incluindo Brasil, da Europa e Ásia, a partir de amostras de cianobactérias prejudiciais (HABs) encontradas em florações de algas (que crescem desordenadamente) em ambientes aquáticos. Embora as agências de saúde monitorem a maioria das toxinas em águas para consumo humano, a guanitoxina não é detectada pelos atuais métodos analíticos e moleculares. Os resultados servirão de base para o desenvolvimento de novos testes de diagnóstico molecular mais precisos que consigam detectar a presença dela em água doce.
“Em contato com a pele ou ingestão de água contaminada, pessoas ou animais podem desenvolver desde sintomas leves como salivação excessiva, lacrimejamento e espasmos musculares até problemas mais graves, como comprometimento neurológico e insuficiência respiratória e, alguns casos, podem levar à morte”, relata ao Jornal da USP o professor Ernani Pinto, docente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), do campus da USP em Piracicaba.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 09/06/22