06 junho 2022

Ruídos que atrasam o combate às alterações climáticas

Por Marcos Buckeridge, diretor do Instituto de Biociências da USP

Na Semana do Meio Ambiente, é importante refletir por que ainda estamos tão atrasados em combater as alterações no clima. Esse, aliás, é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, o de número 13, chamado Combate às Alterações Climáticas, que pode ser visto como um dos mais importantes para a geração atual e as futuras que viverão neste século.
Dou aqui o exemplo da preservação de florestas e biomas. Esse é um dos temas centrais em meio ambiente no Brasil e no mundo. Preservar não significa abandonar uma floresta à sua própria sorte, mas tomar medidas que evitem a sua deterioração. É preciso fazer com que o carbono sequestrado na biomassa das florestas continue preso ali pelo maior tempo possível. Devemos trabalhar para aumentar esse sequestro, plantando florestas novas, regenerando florestas em deterioração e também garantindo a qualidade das que agora existem. Para preservar, não basta cercar a floresta e não deixar ninguém entrar. É preciso promover o manejo sustentável, que significa evitar invasões, não deixar ocorrer ações de degradação e produzir serviços ambientais que beneficiem a sociedade.  Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 06/06/22