Compilações produzidas de forma cooperativa agregam grandes quantidades
de informação e permitem fazer análises mais amplas
Em 2015, o ecólogo Milton Cezar Ribeiro, da Universidade Estadual
Paulista (Unesp), campus de Rio Claro, enganou-se ao achar que
seria fácil reunir dados sobre animais da Mata Atlântica para fazer análises
abrangentes — por exemplo, sobre os efeitos das mudanças climáticas em espécies
do bioma. Com o biólogo Mauro Galetti, também da Unesp de Rio Claro, ele
começou então a coordenar a produção de um tipo de trabalho ainda pouco
valorizado no país, o chamado artigo de dados ou datapaper, que não
testa hipóteses, mas reúne grande quantidade de informações sobre um
determinado assunto e pode ser usado para a realização de novas pesquisas.
“Todo o mundo sai ganhando com esse tipo de artigo”, ressalta Ribeiro, que acabou coordenando cerca de 20 trabalhos sobre temas como aves, mamíferos terrestres, morcegos, borboletas e outros grupos de animais da Mata Atlântica. Em sua estimativa, mais de 50 pesquisadores em formação estão fazendo ou já concluíram estudos baseados nos artigos que ele ajudou a produzir e, durante a pandemia, foram uma alternativa para alunos que não podiam fazer coleta. O próprio Ribeiro usou os dados compilados em um estudo sobre desmatamento e biodiversidade de borboletas, publicado na revista Diversity and Distributions em 2019, e outro sobre o aumento do risco de transmissão de hantavírus em ambientes modificados pelo ser humano, divulgado no mesmo ano na Neglected Tropical Diseases. Saiba mais.
“Todo o mundo sai ganhando com esse tipo de artigo”, ressalta Ribeiro, que acabou coordenando cerca de 20 trabalhos sobre temas como aves, mamíferos terrestres, morcegos, borboletas e outros grupos de animais da Mata Atlântica. Em sua estimativa, mais de 50 pesquisadores em formação estão fazendo ou já concluíram estudos baseados nos artigos que ele ajudou a produzir e, durante a pandemia, foram uma alternativa para alunos que não podiam fazer coleta. O próprio Ribeiro usou os dados compilados em um estudo sobre desmatamento e biodiversidade de borboletas, publicado na revista Diversity and Distributions em 2019, e outro sobre o aumento do risco de transmissão de hantavírus em ambientes modificados pelo ser humano, divulgado no mesmo ano na Neglected Tropical Diseases. Saiba mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP - 15/07/22