07 novembro 2022

Emissões recentes de dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa, dobram na Amazônia

Uma tendência que vinha se insinuando desde meados da década passada virou agora realidade nos quatro cantos da Amazônia: a maior floresta tropical do planeta deixou de ser um sorvedouro e se tornou uma fonte de carbono para a atmosfera. Isso significa que as emissões de dióxido de carbono (CO2), principal gás que causa o aquecimento global, ultrapassaram com folga as absorções em todas as grandes sub-regiões do bioma. De norte a sul, de leste a oeste, o ecossistema passou a liberar mais CO2 do que suas plantas conseguem captar. Segundo um estudo recente, publicado em 19 de setembro no repositório on-line Research Square na forma de preprint (artigo ainda não revisado por pesquisadores independentes de uma revista científica), o valor do superávit a favor das emissões de carbono dobrou na Amazônia em 2019 e 2020 quando comparado com a média dos nove anos anteriores, de 2010 a 2018. Mais carbono na atmosfera, na forma de CO2 e também de metano (outro gás de efeito estufa), eleva a temperatura do planeta e intensifica o cenário das mudanças climáticas. Desde meados do século XIX, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera terrestre aumentou quase 50% e a temperatura média do planeta elevou-se em 1,1 grau Celsius (º C).   Saiba mais.   Fonte: Pesquisa FAPESP - nov. 2022