Consideradas como um dos
primeiros seres unicelulares a surgir no planeta, as cianobactérias, também
chamadas de algas azuis, foram estudadas por um pesquisador da Universidade
Rural Federal de Pernambuco (UFRPE). Em seu trabalho, Cihelio Alves Amorim, mestre
e doutor em Botânica e vencedor do Prêmio CAPES de Tese 2022 em Biodiversidade,
analisa os efeitos das mudanças climáticas e da poluição sobre as florações
dessa espécie que existe há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. O cientista monitorou trimestralmente, de
outubro de 2017 a janeiro de 2019, as cianobactérias presentes em dez
reservatórios localizados nas regiões Zona da Mata, no Agreste e no Sertão de
Pernambuco. Amorim, que hoje faz pós-doutorado na Middle East Technical University,
na Turquia, chegou à conclusão de que o aumento das florações das
cianobactérias nocivas em reservatórios tropicais, especialmente no semiárido
brasileiro, pode trazer sérios impactos
na biodiversidade e no funcionamento dos ecossistemas da região. Esse movimento
é causado por um conjunto de fatores, como o aumento da temperatura, secas
prolongadas, eutrofização (poluição) e salinidade dos reservatórios de águas. Saiba mais. Fonte: CGCOM/CAPES - 08/12/22