13 dezembro 2022

Mudança climática impacta desenvolvimento das cianobactérias

Consideradas como um dos primeiros seres unicelulares a surgir no planeta, as cianobactérias, também chamadas de algas azuis, foram estudadas por um pesquisador da Universidade Rural Federal de Pernambuco (UFRPE). Em seu trabalho, Cihelio Alves Amorim, mestre e doutor em Botânica e vencedor do Prêmio CAPES de Tese 2022 em Biodiversidade, analisa os efeitos das mudanças climáticas e da poluição sobre as florações dessa espécie que existe há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. O cientista monitorou trimestralmente, de outubro de 2017 a janeiro de 2019, as cianobactérias presentes em dez reservatórios localizados nas regiões Zona da Mata, no Agreste e no Sertão de Pernambuco. Amorim, que hoje faz pós-doutorado na Middle East Technical University, na Turquia, chegou à conclusão de que o aumento das florações das cianobactérias nocivas em reservatórios tropicais, especialmente no semiárido brasileiro,  pode trazer sérios impactos na biodiversidade e no funcionamento dos ecossistemas da região. Esse movimento é causado por um conjunto de fatores, como o aumento da temperatura, secas prolongadas, eutrofização (poluição) e salinidade dos reservatórios de águas.   Saiba mais.   Fonte: CGCOM/CAPES - 08/12/22