Cientistas ligados ao Centro de Pesquisa em
Alimentos (FoRC) da Universidade de
São Paulo (USP) descreveram de forma pioneira a grande diversidade de
bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) existente no queijo minas
artesanal da Serra da Canastra e descobriram espécies até então
desconhecidas. Os resultados da pesquisa foram divulgados no
periódico mSystems, da Sociedade Americana de
Microbiologia. Segundo os autores do artigo, as descobertas podem trazer
benefícios grandes não só aos produtores, mas também a áreas como agricultura,
saúde animal e medicina, pois os bacteriófagos podem, em tese, ser aplicados
para tratar infecções bacterianas. “Observamos uma enorme
biodiversidade a ser explorada. Muitos dos bacteriófagos que identificamos
nunca haviam sido vistos na ciência. Isso pode se traduzir em compostos
naturais para serem utilizados no futuro em medicamentos capazes de tratar
infecções com resistência antimicrobiana”, afirma Christian
Hoffmann, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas
da USP (FCF-USP) que coordenou o estudo e integra o FoRC, um Centro de
Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP. “É um campo de pesquisa totalmente
novo, somos um dos primeiros no mundo a relatar a presença desses microrganismos
no queijo artesanal.” Saiba mais. Fonte: Agência FAPESP - 09/12/22