Uma colaboração de 24 editoras e
empresas de análise de dados científicos está testando sistemas automatizados
desenvolvidos para detectar artigos falsos gerados por “fábricas de papers”, serviços ilegais que produzem trabalhos sob
encomenda, com dados ou imagens falsas, e os submetem a periódicos acadêmicos
em nome de pesquisadores. As ferramentas, que chegam a escrutinar mais de 70
sinais de manipulação característicos desses trabalhos fraudulentos, como
imagens adulteradas, vícios de linguagem, gráficos duplicados e endereços de
e-mail suspeitos, resultam de um esforço capitaneado pela Associação
Internacional de Editores Científicos, Técnicos e Médicos (STM), com sede em
Haia, nos Países Baixos. A STM não informou quais são as editoras
envolvidas nos testes dos protótipos dos sistemas automatizados e afirmou
que ainda é cedo para divulgar dados significativos sobre a eficácia das
ferramentas. Joris van Rossum, diretor de integridade de pesquisa da STM, disse
à revista Nature que espera poder
disponibilizar versões preliminares desses softwares para uso mais amplo ainda
no início de 2023. Desde 2020 a organização trabalha com algumas das
principais editoras científicas do mundo – entre elas a Elsevier, IOP
Publishing, Taylor & Francis, Wiley e Springer Nature – na criação de
programas para garantir a integridade no processo de revisão por pares. Em uma
iniciativa anterior, a STM lançou um ano atrás o STM Integrity Hub, plataforma
dedicada a fornecer ferramentas on-line para auxiliar editores no escrutínio de
manuscritos submetidos para publicação.
Fonte: Pesquisa FAPESP - 13/01/23
Fonte: Pesquisa FAPESP - 13/01/23