Pesquisa publicada nesta quarta-feira
(15/03) na revista Nature traz uma
nova metodologia que permite calcular ao longo do tempo a capacidade de
absorção de carbono de áreas em regeneração de florestas tropicais, podendo
contribuir na discussão de planos de mitigação de efeitos das mudanças
climáticas e de pagamentos por serviços ambientais. Liderado por cientistas do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade de Bristol
(Reino Unido), o estudo é o primeiro deste tipo realizado em larga escala com o
uso de sensoriamento remoto. Os dados de satélite, obtidos entre 1984 e 2018,
permitem não só monitorar o crescimento das florestas secundárias como entender
a distribuição etária dessa vegetação ao longo dos trópicos. Com base na idade, foi possível construir
curvas de crescimento, que levam em consideração variações de clima, condições
ambientais e distúrbios provocados pelo homem (como queimadas e extração
seletiva de madeira) e possibilitam quantificar a capacidade de absorção
de carbono das florestas secundárias – áreas totalmente desmatadas, onde a
vegetação nativa já foi toda removida. Saiba mais.
Fonte: Agência FAPESP - 16/03/23