Entre os pesquisadores brasileiros da área médica, colaborações
científicas podem durar cerca de cinco anos – esse é o prazo aproximado em que
duplas de cientistas atuam conjuntamente compartilhando a autoria de trabalhos
acadêmicos. Em engenharia nuclear e engenharia biomédica, a longevidade média
dessas coautorias chega a oito anos. Já em história, letras, filosofia e artes,
é bem mais curta, próxima a dois anos – nesses campos do conhecimento não há
ainda uma tradição de trabalho em cooperação e parte significativa de sua
produção é assinada por poucas pessoas, frequentemente uma só. O panorama
inédito sobre a longevidade de parcerias científicas faz parte de um
levantamento sobre a produção acadêmica de doutores do Brasil em 81 áreas do
conhecimento, baseado em dados da plataforma de currículos Lattes, do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Colaborações que
resultam em coautoria de artigos dependem de variáveis subjetivas, como a
criação de laços de afinidade e confiança, e da cultura de publicação de cada disciplina. Saiba mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP – maio 2023