“Para poder falar do futuro, é preciso ver se realizamos alguma
coisa do que prometemos no passado”, disse Galvão, lembrando da 4ª Conferência
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, ocorrida em 2010. Mencionou o Livro
Azul, resultante dessa conferência, destacando, entre as várias diretrizes
apontadas, a articulação entre inovação e sustentabilidade; as novas
oportunidades do Brasil em agricultura, bioenergia, tecnologias da informação e
comunicação e exploração do pré-sal; o aproveitamento da biodiversidade, dos
recursos marítimos e do uso sustentável da Amazônia. E perguntou: “Avançamos?”.
Essa pergunta balizou toda a sua palestra. Depois de confrontar o horizonte
promissor de 2010 com o cenário sombrio instalado a partir de 2013, e
especialmente após 2019, Galvão enfocou o tema sob dois prismas: o das
contribuições disruptivas em ciência e tecnologia e o dos eventuais benefícios
trazidos pela atividade científica para a sociedade. E, considerando que a
grande propriedade agora é o conhecimento, afirmou que “o nosso país não tem
uma alfabetização científica mínima para que possamos evoluir na economia do
conhecimento”, o que demanda uma forte atenção dos gestores, em especial dos
dirigentes das instituições de fomento à ciência e à tecnologia. Saiba mais.
Fonte: Jornal da Ciência - 02/05/23