27 novembro 2023

Webinário e lançamento de documento sobre ciência aberta

O Brasil é um dos países que correm mais risco com a transição para o acesso aberto de artigos científicos. A eliminação dos custos de pagar-para-ler aumenta consideravelmente os de pagar-para-publicar, gerando taxas de publicação impraticáveis para países em desenvolvimento. É curioso que o impulso para a Ciência Aberta gere efeitos colaterais tão graves para o país, considerando que uma das iniciativas de acesso aberto de maior sucesso no mundo começou aqui. Criada em 1997, a Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) é um repositório gratuito que dispõe de grande parte do mercado editorial do Brasil e de 16 outros países – a maioria do Sul Global – e é financiada com recursos de agências públicas de fomento. Graças à SciELO, em 2002 o Brasil era o primeiro colocado mundial em publicações em acesso aberto, com 35% dos artigos totais. Desde então, esse percentual cresceu para 58%, mas o país caiu para 22º lugar. Essa ultrapassagem ocorreu quando o movimento pelo acesso aberto ganhou tração, sobretudo na Europa com o Plano S, que requer a todo cientista financiado por dinheiro público que publique nesse modelo.   
Saiba mais.   Fonte: Jornal da Ciência - 27/11/23