Pesquisadora
explica como radioisótopos podem ajudar a rastrear produtos, como madeira,
carne, soja e café
Como comprovar que determinada madeira não tem origem ilegal
analisando apenas os elementos químicos da amostra? E que um café é de fato
orgânico ou que uma soja não é oriunda de área de desmatamento? A
engenheira-agrônoma Elisabete Aparecida De Nadai Fernandes, responsável pelo
Laboratório de Radioisótopos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da
Universidade de São Paulo (CENA-USP), em Piracicaba, trabalha há décadas com
uma técnica baseada em princípios da física nuclear para analisar alimentos e plantas
e busca responder a essas questões. Um de seus projetos, apoiado pela FAPESP,
visa a desenvolver meios para autenticar, a partir da radiação nuclear, a
origem de commodities brasileiras com base na medição
direta de seus elementos químicos. O método poderá se tornar uma ferramenta no
combate a fraudes. “Uma coisa é dizer que uma amostra não veio de área
desmatada. Outra é demonstrar isso apresentando características intrínsecas do
material, que pode variar conforme sua origem”, diz a pesquisadora. Saiba mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP – dez. 2024
Fonte: Pesquisa FAPESP – dez. 2024