02 dezembro 2024

Elisabete Fernandes: Transparência com radiação

Pesquisadora explica como radioisótopos podem ajudar a rastrear produtos, como madeira, carne, soja e café


Como comprovar que determinada madeira não tem origem ilegal analisando apenas os elementos químicos da amostra? E que um café é de fato orgânico ou que uma soja não é oriunda de área de desmatamento? A engenheira-agrônoma Elisabete Aparecida De Nadai Fernandes, responsável pelo Laboratório de Radioisótopos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA-USP), em Piracicaba, trabalha há décadas com uma técnica baseada em princípios da física nuclear para analisar alimentos e plantas e busca responder a essas questões. Um de seus projetos, apoiado pela FAPESP, visa a desenvolver meios para autenticar, a partir da radiação nuclear, a origem de commodities brasileiras com base na medição direta de seus elementos químicos. O método poderá se tornar uma ferramenta no combate a fraudes. “Uma coisa é dizer que uma amostra não veio de área desmatada. Outra é demonstrar isso apresentando características intrínsecas do material, que pode variar conforme sua origem”, diz a pesquisadora.   Saiba mais.   
Fonte: Pesquisa FAPESP – dez. 2024