10 abril 2018

USP terá Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho

Projeto Indicadores de Desempenho nas Universidades Estaduais Paulistas, apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa Pesquisa em Políticas Públicas, tem como objetivo propor reformulação das métricas utilizadas atualmente pelas três universidades públicas estaduais paulistas até 2019.
As métricas a serem aprimoradas são as mesmas que alimentam rankings internacionais como o Times Higher Education (THE) ou o Academic Ranking of World Universities (ARWU). “Mas, para definir padrões de avaliação das universidades estaduais paulistas, é fundamental que se defina claramente qual o projeto institucional de cada uma delas, vis-à-vis o interesse de seus grupos de pesquisa”, recomendou José Goldemberg, presidente da FAPESP e ex-reitor da USP.
“Para implementar políticas eficazes e obter melhor visibilidade dos impactos da universidade em favor da sociedade precisamos de boas métricas”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, que também afirmou que existe parceria entre universidades e empresas, conforme demonstra o gráfico de co-autorias.   
Leia mais




Como escrever uma boa revisão bibliográfica

Fazer uma revisão bibliográfica pode parecer um trabalho muitas vezes cansativo e desafiador, porém dele dependerá a sustentação da relevância de sua pesquisa. Um trabalho cuja bibliografia restringe-se apenas a pesquisa recentes e que convergem com as conclusões do pesquisador, por exemplo, denota fragilidade e pode indicar que o pesquisador está apenas atestando sua opinião. Por isso mesmo, a revisão de pesquisa deve ser feita com esmero e em seu início – sendo gradualmente aprofundada em seu desenrolar. A seguir, cinco dicas para montar uma revisão bibliográfica realmente útil à sua pesquisa e escrita da dissertação.
1) Tenha em mente o objetivo da revisão bibliográfica – fazer uma revisão bibliográfica é algo trabalhoso e que demanda tempo, especialmente para longos trabalhos – caso da bibliografia de tese – mas é também um trabalho de base fundamental para garantir a qualidade final dos resultados alcançados. Uma revisão de pesquisa malfeita pode inclusive acabar com suas chances de alcançar resultados relevantes, por isso, sempre que estiver desmotivado a realizar este tipo de trabalho, lembre-se de sua importância e do impacto negativo que uma má revisão bibliográfica poderá ter em seu trabalho final e reputação como pesquisador.
A revisão é um trabalho ainda mais fundamental caso a tese defendida baseie-se em lacunas deixadas por outras pesquisas, pontos pouco mapeados em sua área de conhecimento ou a continuação imediata de outros estudos. Lembre-se que para criticar o trabalho de terceiros ou pontos mal mapeados em sua área de conhecimento é preciso antes conhecer muito bem o terreno que se pretende explorar, visto que pesquisas mais críticas e inovadoras tendem também a ser mais criticadas.
2) Mapeie os pontos fundamentais da pesquisa – comece analisando o contexto geral no qual sua pesquisa se encaixa dentro de sua grande área de conhecimento. Depois disso, identifique conceitos chave e variáveis importantes e correlacione-os à sua pesquisa. Por fim, aponte caminhos para o aprofundamento do desenvolvimento do estudo e indique metodologias alternativas que se relacionem ao tema do trabalho. Ao final deste trabalho você terá um delineamento dos grandes temas e pormenores abordados por sua pesquisa e poderá então começar a mapear a bibliografia que melhor dá conta das questões com as quais está trabalhando. O último ponto, sobre caminhos para aprofundar a pesquisa posteriormente, deve reunir bibliografia a ser usada em desdobramentos de sua pesquisa, mas cujas questões abordadas não necessariamente serão exploradas em seu trabalho. Esta bibliografia pode inclusive servir como fonte para o desenvolvimento de projetos futuros.
3) Demonstre autoridade em sua área de conhecimento – é fundamental que sua revisão de pesquisa demonstre sua autoridade no tema, especialmente caso se trate de uma bibliografia de tese. Neste aspecto, não importa tanto a quantidade de fontes levantadas, mas sim a qualidade e abrangência das mesmas. Procure focar em obras relevantes e de maior impacto na área ao longo de um escopo temporal significativo, mas sem se preocupar necessariamente em mapear “tudo” que já foi escrito sobre o tema. Construa um enquadramento lógico da evolução da discussão sobre o assunto, relacionando as contribuições dadas pelos autores a partir daquilo que é mais difundido e aceito em sua área de conhecimento. A melhor forma de organizar uma revisão bibliográfica é a partir da evolução de linhas teóricas ao longo do tempo, deste modo ficará mais fácil distinguir num amplo universo bibliográfico aquilo que é mais relevante das tendências momentâneas ou já ultrapassadas.
5) Coerência é tudo! – ao final de sua revisão bibliográfica seu leitor deverá ter conseguido entender aquilo que você está se propondo a pesquisar, situando seu trabalho em relação àquilo que foi feito em sua área de conhecimento nesta linha previamente. Por isso mesmo, é importante deixar claro argumentativamente qual o papel do seu trabalho neste panorama de pesquisa mais amplo, se é preencher uma lacuna nesta área, revisitar pesquisas que apresentam resultados inconclusivos, desafiar uma teoria já conhecida, aprofundar um estudo em particular, etc. Seja qual for seu propósito, ele deverá ficar claro através da forma como você alinha sua pesquisa a estudos anteriores, o que confere um caráter único à sua revisão bibliográfica. Por isso mesmo este trabalho não pode ser copiado da pesquisa de outros nem delegado a terceiros, visto que para que ele tenha qualidade é necessário que você leia a bibliografia pesquisada e a avalie criticamente sob a luz das particularidades de seu projeto de pesquisa. Além disso, o não domínio da bibliografia irá interferir negativamente na escrita da dissertação.

09 abril 2018

O acervo digital do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP

O acervo digital do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP - SIBiUSP possui revistas eletrônicas, obras raras, artigos científicos, banco de dados, bibliotecas digitais de fotos e vídeos, e muitos outros materiais de todo o mundo. Para o acesso é preciso usar um equipamento de dentro da universidade, ou você pode acessar direto da sua casa usando o VPN da USP.

(a) e-books: aproximadamente 270 mil obras adquiridas de editoras diversas (em parceria com o Cruesp, bibliotecas ou isoladamente) e suas coleções podem ser localizadas pelo Portal de Busca Integrada  ou na Lista de Livros Eletrônicos, pesquisando por Título, ISBN, Autor ou Fornecedor. Dentre as coleções destacam-se a ECCO (Eighteenth Century Collections Online), uma coleção com mais de 150 mil volumes publicados no século XVII no Reino Unido.

(b) Revistas Eletrônicas: o SIBiUSP mantém a assinatura online de cerca de quatro mil títulos de revistas internacionais em diversas áreas do conhecimento. Para identificar os títulos disponíveis e as plataformas utilizadas por seus respectivos editores, bem como o fator de impacto das mesmas, deve-se utilizar a pesquisa por títulos constantes na Lista de Revistas Eletrônicas (A-Z)  do Portal de Busca Integrada

(c) Bases de Dados: são mantidas pelo SIBiUSP aproximadamente 60 assinaturas de bases de dados, das mais diversas áreas do conhecimento. Todas elas estão disponíveis para acesso diretamente no site de seus respectivos editores ou via Portal de Busca Integrada

(d) Revistas da USP: o SIBiUSP mantém, desde 2008, o Portal de Revistas USP (www.revistas.usp.br). Trata-se de uma biblioteca digital das revistas publicadas por unidades de ensino e pesquisa, programas de pós-graduação e núcleos de pesquisas de docentes e alunos da Universidade de São Paulo e, em alguns casos, em parceria oficial com instituições externas. Todos os artigos disponíveis no Portal são de acesso aberto.

(e) Obras Raras e Documentos Especiais: diversas unidades da USP, dentre elas, o Departamento Técnico do SIBiUSP, a Brasiliana, o IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) e outras estão digitalizando seus acervos. Todo esse conteúdo pode ser localizado e acessado diretamente em suas plataformas originais, e, em breve, pelo Portal de Busca Integrada. Hoje, a USP já mantém cerca de 5 mil obras raras e especiais digitalizadas e disponíveis online.

(f) Produção Científica e Acadêmica: o SIBiUSP, desde 1985, é o órgão responsável pela coleta e organização de toda a produção intelectual da Universidade. Até o ano de 2012 toda a produção do corpo docente é cadastrada no banco bibliográfico Dedalus. A USP mantém também, desde 2001, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) (www.teses.usp.br), a maior biblioteca digital do gênero na América Latina, com mais de 42 mil itens defendidos em um de seus programas de pós-graduação. As teses e dissertações se encontram em acesso aberto.

(g) Vídeos: a USP possui duas importantes bibliotecas digitais de vídeos. A primeira e mais antiga é o IPTV USP (www.iptv.usp.br), um banco de vídeos relativos a palestras, conferências, reuniões, aulas, etc.; além disso, é também o canal da USP de transmissão de eventos em tempo real (streaming). O outro sistema, chamado de e-aulas (www.eaulas.usp.br), é uma biblioteca digital de aulas das disciplinas/cursos oferecidos na USP e já possui mais de 1.500 vídeos.

(h) Fotos: estão disponíveis também, à comunidade, duas bibliotecas digitais de fotos, com diferentes focos de conteúdos. A primeira é a USP Imagens (www.imagens.usp.br), um banco de dados de fotos e imagens da Universidade de São Paulo, suas Unidades e eventos. Um acervo riquíssimo da história da principal universidade brasileira. A segunda biblioteca digital é chamada de Cifonauta (cifonauta.cebimar.usp.br), um banco de imagens que contém uma grande variedade de fotos e vídeos provenientes de atividades científicas em biologia marinha. As imagens possuem classificação taxonômica, estágio de vida, habitat e outras informações que permitem navegar de maneira intuitiva e didática.

06 abril 2018

7 motivos que fazem seu artigo ser recusado pelo periódico

     
Leia na íntegra

Escrevendo o resumo da sua dissertação

Quando escrever o resumo ? Antes ou depois da dissertação já escrita ? Não existe uma regra definida para isso, o importante é que o resumo contenha precisamente toda a informação necessária para o leitor obter uma boa ideia geral sobre o que você realmente fez.


05 abril 2018

Figshare e SciELO estabelecem parceria para posicionar dados suplementares na vanguarda

SciELO Brazil agora utiliza Figshare para disponibilizar material suplementar de mais de 200 de seus periódicos

O SciELO - Scientific Electronic Library Online - anunciou uma nova parceria com o Figshare, um repositório baseado na nuvem voltado para pesquisa acadêmica.
 
O portal do repositório SciELO – disponível em https://scielo.figshare.com/ - é um local agregado para pesquisadores acessar os mais recentes resultados de pesquisa do SciELO, desde mapas climáticos brasileiros até dados que avaliam as zonas de risco da doença de Chagas no Chile. O portal cobre os periódicos SciELO do Brasil. Cada periódico possui sua própria página identificada para exibir seus dados.


Como parte desta parceria, todos os dados do portal serão hospedados de forma segura e receberão um Digital Object Identifier (DOI). Mais de 1.000 diferentes tipos de arquivos serão visualizados no navegador, tornando mais fácil para as pessoas se envolver com os dados.
 
Além disso, as estatísticas, incluindo visualizações, downloads, citações e informação Altmetric estarão disponíveis até o nível de cada item. Os administradores também terão um painel de estatísticas completo, personalizável de acordo com as necessidades de seus relatórios.


04 abril 2018

Web of Science com novas funcionalidades e novo visual

Referências citadas, recuperação de documentos em acesso aberto em repositórios, pesquisa por agência de fomento, apresentação e análise de resultados, etc. 
Confira os vídeos

Genealogia acadêmica do Brasil


Genealogia acadêmica é "o estudo da herança intelectual perpetuada por meio das relações formais de orientação acadêmica". Consulte a Plataforma Acácia que congrega dados de 5,1 milhões de currículos da Plataforma Lattes.
Plataforma Acácia foi concebida com o intuito de documentar as relações formais de orientação no contexto dos programas de pós graduação brasileiros. Isto é feito utilizando dados disponibilizados pela Plataforma Lattes, que atualmente concentra mais de 5,1 milhões de currículos acadêmicos. A documentação é feita sob a forma de grafos de genealogia acadêmica, em que cada vértice representa um pesquisador e cada aresta uma relação de orientação concluída entre dois pesquisadores. Uma descrição do algoritmo desenvolvido e utilizado para gerar o grafo pode ser encontrada em DAMACENO (2017). Adotamos o conceito proposto por SUGIMOTO (2014), que define genealogia acadêmica como "o estudo da herança intelectual perpetuada por meio das relações formais de orientação acadêmica". 
O termo Acácia é uma inspiração da árvore Acácia-negra (Acacia mearnsii), uma espécie nativa do sudeste Australiano. O formato da copa desta espécie assemelha-se com os grafos de genealogia acadêmica identificados no contexto brasileiro, ou seja, são compactos em termos de altura, indicando que no Brasil a Ciência é jovem (possui poucas gerações de doutores e mestres), mas largos, em termos de comprimento.
A Plataforma Acácia está ainda em desenvolvimento. Todas as relações de orientação serão atualizadas a partir de uma nova coleta de dados registrados nos CVs Lattes. Dessa forma, não é possível através desta plataforma inserir ou eliminar relações de orientação. 
Data de coleta de dados: Novembro de 2017. Acesse: http://plataforma-acacia.org/

03 abril 2018

Seminário propõe repensar a divisão das grandes áreas do conhecimento


(Re)discussão Sobre as Grandes Áreas do Conhecimento
dia 13 de abril de 2018
São Paulo - SP

A divisão do conhecimento em três grandes áreas será tema de um encontro que pretende questionar tal separação e propor um novo formato para ser utilizado nas universidades brasileiras. O seminário (Re)discussão sobre as Grandes Áreas do Conhecimento acontece no dia 13 de abril, às 14h, na Sala Alfredo Bosi, no IEA/USP, com transmissão ao vivo pelo site do IEA..
O seminário discutirá as essências das Ciências da Natureza (considerando-se a física, a química e a biologia em suas relações indissociáveis, bem como demais grandes áreas, desde a engenharia até às ciências médicas, em seu evidente carácter teórico-empírico-matemático de pesquisa), dos Estudos Culturais (considerando-se a datação e o relativismo próprio dos estudos antropológico-sociológicos envolvendo as culturas humanas) e, por fim, dos Conhecimentos Artísticos (com suas condições diferenciadas de poíesis, práxis e theoria). Acesse: https://bit.ly/2pXTaPv

02 abril 2018

Aprender e educar num mundo digital

Como preparar os jovens para atuarem na nova configuração tecnológica global?

O maior desafio das universidades hoje é educar as novas gerações para as incertezas: antecipar o futuro, e não apenas relatar o passado, para garantir que graduados terão capacidade de resposta e adaptação às mudanças globais que caracterizam nosso tempo. Temos de formar jovens para viverem e trabalharem num mundo que não podemos antever com clareza, onde muitas das profissões que conhecemos terão perdido seu papel e as tecnologias disponíveis serão muito diferentes das atuais. 
Como preparar os jovens para esse futuro?
Acreditamos que o caminho passe por mudanças profundas no ensino e no aprendizado. Esse tema estará em debate no 4.º Encontro Internacional de Reitores Universia, em maio, na octocentenária Universidade de Salamanca, na Espanha. Com comitiva de uma centena de reitores brasileiros, entre outros tantos de todo o mundo, será uma oportunidade única para juntos fortalecermos a integração de nossas universidades à revolução digital.
De nossa parte, propomos fugir das especificidades curriculares, dos detalhes exaustivos, e dar mais peso a pensar sobre o futuro do que à tentativa de transmitir às novas gerações tudo o que foi acumulado no passado.
Educação implica mudança de comportamento, fortalecimento da independência de pensamento e da capacidade de argumentação, de comunicação e de tomada de decisões. Um currículo que pretenda educar para o futuro, num mundo que não podemos ainda desvendar, deve privilegiar o respeito aos direitos de todos, a capacidade de trabalhar em grupos multidisciplinares, de liderar e de aceitar a liderança de outrem, a referência permanente aos valores éticos e o respeito à vida e ao ambiente.
Nesse currículo ideal, o método e a abordagem têm primazia sobre o conteúdo, pois são os instrumentos comportamentais que asseguram o sucesso em qualquer situação. As universidades precisam oferecer ambientes de ensino em que os estudantes se preparem para a contínua atualização tecnológica.
A revolução digital é uma mudança irreversível do mundo, que afeta a vida de todos, e chega ao entorno das universidades, embora ainda não tenha sido adequadamente absorvida por elas. É surpreendente que toda a comunidade acadêmica (professores, estudantes e técnicos), que gera e participa da revolução tecnológica e digital no dia a dia, no uso intensivo de smartphones, tablets, plataformas digitais, internet, streaming e televisão digital, por exemplo, continue ao mesmo tempo resistindo a incorporar essas mudanças na vida acadêmica. 
Não é exagero descrever o ambiente universitário como composto por estudantes da era digital e professores analógicos (no que diz respeito ao ensino-aprendizagem). Esse ambiente terá de mudar e as universidades que resistirem se tornarão obsoletas. A tecnologia com sentido estratégico serve como ferramenta para definir linhas de atuação internas (metodologia e didática de aprendizagem, recursos humanos, planejamento e gestão) e externas (alianças com empresas e órgãos de governo, trabalhos em rede, consórcios tecnológicos, criação de clusters produtivos). A conectividade contínua está levando a uma reconfiguração das relações sociais, em todos os níveis, e a educação faz parte desse pacote.
Para que a revolução digital chegue às universidades brasileiras é necessário, primeiramente, investimento em infraestrutura. Não é possível sequer planejar ensino em ambiente em que o esudante não tenha acesso a máquinas, não disponha de conectividade de elevada qualidade ou não encontre técnicos competentes para manterem a qualidade do acesso digital e assegurarem o uso adequado das ferramentas técnicas.
A forma de transmitir o conteúdo nesse novo ambiente digital tem de ser muito diferente da transmissão de conteúdo em sala de aula. A utilização ingênua do formato clássico apenas transposto para formato digital não funciona: por exemplo, gravar aulas clássicas de 50 minutos. Dentro de cada tópico é necessário escolher os aspectos que sejam mais apropriados à abordagem digital e dar-lhe formato adequado. 
No entanto, a capacitação docente específica continuará sendo o maior entrave ao ensino no ambiente digital. Não se trata apenas de “adaptar” o formato clássico para o formato digital, mas de escolher o conteúdo que permita “conversar” com os jovens, e não apenas “falar” para os jovens, que não aderem a uma plataforma digital quando seu papel é apenas passivo, como, por exemplo, somente ler longos textos.
A liderança e a governança das universidades são fortemente afetadas pelo formato do ensino. A mudança do ensino tradicional para o ambiente digital produzirá impactos na distribuição de poder e na condução da vida acadêmica, a começar pela organização do currículo, dos módulos didáticos, e pela maior necessidade de integração e de flexibilidade curricular.
Mais significativas serão as alterações no uso do espaço físico, que já começaram nas bibliotecas, as quais estão deixando de ser depósitos de livros e periódicos para se transformarem em espaços para trabalhos colaborativos, em rede, e uso massivo de recursos digitais. Aqui tocamos numa das áreas mais sensíveis e cuja mudança trará maior impacto na vida da universidade: o domínio de docentes e departamentos sobre os pequenos espaços e divisões se tornará obsoleto com o trabalho em rede.
Os benefícios da revolução digital sobre a burocracia e a administração serão imensos, trazendo economia de tempo e de pessoal, eficiência e rapidez nos processos e eliminação de redundâncias. Ganham as instituições de ensino, mas também a sociedade, que será servida por profissionais preparados para a nova configuração tecnológica global.  

Fonte: Marco Antonio Zago e Vahan Agopyan / O Estado de S. Paulo

Escrita Científica: saiba diferenciar os gêneros científicos

Gêneros científicos
Gêneros científicos – como dissertações, teses e monografias – possuem uma série de particularidades e diferenças que, muitas vezes, passam despercebidas entre estudantes e pesquisadores.  Diante das dúvidas sobre os gêneros de natureza científica, elaboramos um resumo sobre os principais tipos de trabalho utilizados em cursos de graduação e pós-graduação.

1 – Monografia
Monografia é um tipo de trabalho científico que aborda um único tema – conforme o prefixo grego monos, que significa “um só” – de maneira completa. A monografia tem caráter lato sensu (cursos de especialização, MBA), isto é, trata de um tema de contribuição relevante e de início na reflexão científica.

2 – Dissertação
As dissertações são os trabalhos científicos realizados por alunos que visam à obtenção do título de mestre (mestrado).Têm caráter experimental de strictu sensu, ou seja, são voltados à pesquisa. As dissertações são orientadas por doutores. O texto da dissertação é caracterizado pela defesa de uma ideia ou um questionamento e assume, portante, um caráter argumentativo. Deve conter, também, introdução, desenvolvimento e conclusão.

3 – Tese
Tese refere-se a um trabalho científico de tema único e bem delimitado , feito para a obtenção do título de doutor (doutorado). Assim como o mestrado, a coordenação e a supervisão do trabalho são feitas por um doutor. O doutorando deve defender uma ideia e uma descoberta obtidas por meio da pesquisa. A tese também tem caráter stricto sensu.

4 – Artigo Científico
O artigo científico é mais abrangente e pode ser compreendido como uma publicação de autoria declarada, que apresenta métodos e ideias originais de diferentes áreas de conhecimento. O artigo científico deve conter os seguintes elementos: resumo, introdução, materiais e métodos, resultados e discussões, conclusão, agradecimentos e referências bibliográficas.         

5 – Projeto de Pesquisa
O projeto de pesquisa nada mais é que um plano prévio das possíveis atividades realizadas ao longo da pesquisa científica. O projeto de pesquisa fornece informações como os métodos e instrumentos a serem utilizados durante a pesquisa com um cronograma de datas e responsáveis pelas atividades. Já abordamos um guia para facilitar a elaboração de um projeto de pesquisa de acordo com as normas da ABNT em:  Guia de Regras ABNT para Projetos de Pesquisa.
Strictu sensu X Lato sensu: você sabe a diferença?

De acordo com o site do Ministério da Educação (MEC), a pós-graduação em Lato sensu, que significa “sentido amplo”, é destinada a cursos de especialização, como, por exemplo, um MBA – Master Business Administration -. Os cursos devem ter, no mínimo, 360 horas de duração e o aluno não recebe um diploma, mas, sim, um certificado de conclusão de curso.
Strictu sensu, em latim, significa “sentido limitado”. Este tipo de pós-graduação refere-se aos mestrados e doutorados. Ao contrário do lato sensu, os alunos recebem um diploma após defenderem a dissertação, no caso do mestrado, e a tese, no doutorado.

Por que o Qualis gera tanta polêmica?

O Qualis avalia os periódicos científicos por áreas de atuação. Através do Qualis você pode descobrir qual periódico é bom ou não para a publicação de seu artigo.
O método Qualis é responsável por classificar a qualidade das pesquisas e dos artigos científicos strictu sensu (não sabe o que é strictu sensu? A gente explica!)com base nos periódicos, revistas, anais e livros onde são publicados.
Há uma infinidade de periódicos disponíveis para pesquisa, mas quais, realmente, apresentam um bom conteúdo? 
De acordo com a definição oficial: “Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação.” 
Como funciona o Qualis?
Há um Qualis específico para cada área, o que significa que um mesmo periódico pode receber classificações diferentes ao ser analisado em duas áreas distintas. O  Journal of the American Ceramic Society recebeu classificação A1 na área de Engenharias II, enquanto, em Química, B1.
O Qualis não avalia trabalhos científicos individuais, mas, sim, os periódicos científicos por áreas de atuação.
A regra é simples: “Quanto melhor situado na hierarquia do Qualis, maior o poder de atração e mais as chances de influenciar na captação de financiamentos”. O Qualis, portanto, determina, para você e para a sua pesquisa, qual periódico é bom ou não para publicação.  Leia mais

Estreia Ciência Aberta, programa de TV da FAPESP e Folha de S.Paulo


Falando de ciência para quem não é cientista


26 março 2018

Cadeia de Blocos pode ser solução para Comunicação Científica

Relatório intitulado “Blockchain for Research” foi publicado recentemente abordando o potencial da cadeia de blocos para transformar a comunicação científica e a pesquisa em geral.
Ao descrever iniciativas importantes neste campo, destaca como a ‘cadeia de blocos’ – blockchain – pode tocar em muitos aspectos críticos da comunicação da ciência, incluindo transparência, confiança, reprodutibilidade e crédito. Além disso, blockchain poderia mudar o papel das editoras no futuro e desempenhar um papel importante na pesquisa além da comunicação científica. O relatório mostra que a tecnologia blockchain tem potencial para resolver alguns dos problemas mais importantes atualmente enfrentados tais como os custos, a abertura e a acessibilidade universal a informações científicas. A matéria apresentada a seguir baseou-se no referido Relatório e em outras fontes de informação sobre o tema.

O que é Blockchain?
Blockchain é uma tecnologia para dados descentralizados e autoreguláveis baseada em criptografia e chaves eletrônicas (Tokens). Os dados do blockchain podem ser gerenciados e organizados de forma aberta, permanente, verificada e compartilhada, sem a necessidade de uma autoridade central.  Leia mais

Workshop Scopus, Science Direct e Mendeley no Campus de Piracicaba

O Sistema Integrado de Bibliotecas da USP promove, por meio de suas Bibliotecas e em parceria com a Elsevier, Workshops e Treinamentos gratuitos e abertos de uso da Base de Dados Scopus e Science Direct, e gerenciador de referências e citações Mendeley, para subsidiar as atividades dos pesquisadores, alunos e docentes. Confira a Programação.

:: Scopus – base de dados multidisciplinar referencial, internacionalmente reconhecida que reúne literatura técnica e científica revisada por pares, além de índices de citações. São mais de 46 milhões de registros, 70% com resumos, e aproximadamente 19.500 títulos de 5.000 editoras em todo o mundo. O acesso à base Scopus está disponível via Portal do SIBiUSP e via Portal Capes.
:: ScienceDirect – plataforma online que permite acesso a artigos em texto completo de diversas áreas de conhecimento e editoras internacionais.
:: Mendeley – ferramenta gratuita de gestão de referências e de redes sociais acadêmicas. 
Workshop Scopus, Science Direct e Mendeley – Campus de Piracicaba
Data: 26 de março de 2018
Horário: 14h-17h
Local: Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ-USP
Avenida Pádua Dias, 11
13418-900 – Piracicaba – SP
Inscrições
https://www.doity.com.br/scopus-piracicaba-26marco2018


Workshop Web of Science, JCR e Incites


Workshop Web of Science, Journal Citation Reports e Incites
6 de abril de 2018 
São Paulo – SP

Data: 6 de abril de 2018
Horário: 9h30
Local: Instituto de Geociências - Auditório A1 - USP-IGc
Rua do Lago, 562 - São Paulo - SP
Inscrições: https://www.doity.com.br/wos-igc-6abril2018


Workshop ORCiD na USP de São Paulo


Workshop ORCiD na USP de São Paulo 
4 de abril de 2018 
São Paulo – SP

O ORCiD (Open Researcher and Contributor ID) é um identificador digital internacional gratuito, único capaz de integrar-se a outros identificadores (ResearcherID, ScopusID, GoogleID), e projetado para facilitar a troca de informações entre o pesquisador, as agências de financiamento, universidades e editoras, proporcionando também maior visibilidade das atividades e publicações.
Recentemente, instituições como a CAPES e revistas internacionais como a Nature passaram a exigir o registro ORCiD em alguns de seus processos. Em breve, isso também vai acontecer na Universidade de São Paulo.

Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, em parceria com o SIBiUSP, têm promovido o uso do identificador ORCiD entre seus pesquisadores (docentes, estudantes e servidores não docentes). Como membro institucional da ORCID, a USP tem a prerrogativa de coletar e futuramente validar os registros de sua comunidade, desde que o próprio usuário vincule seu registro por meio do link: http://www.usp.br/orcid.
Saiba mais sobre a criação, correto preenchimento, integração com Publishers e vinculação do ORCiD participando do Workshop.

Data: 4 de abril de 2018
Horário: 14h-17h
Local: Auditório Pau-Brasil – Prédio da Pós-Graduação da FMVZ
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – FMVZ-USP 
Rua Professor Orlando Marques Paiva, 87 – Butantã
05508-270 – São Paulo – SP
Inscriçõeshttps://www.doity.com.br/workshop-orcid-fmvz-04abr2018

Recomendamos que o participante traga seu laptop para acompanhar as atividades. O Workshop é gratuito e aberto a todos os interessados (docentes, pesquisadores, alunos de pós-graduação, alunos de graduação e funcionários). 

Conferência Pesquisa Avançada em Química e Fármacos

                     
Conferência Pesquisa Avançada em Química e Fármacos – Reaxys (Elsevier)
12 de abril de 2018
São Paulo – SP

Público alvo: docentes, pesquisadores, pós-doutorandos, estudantes de pós-graduação, bibliotecários, funcionários e demais interessados. A Conferência será ministrada em inglês. Evento gratuito e aberto a todos os interessados. Basta inscrever-se.

Conferência Pesquisa Avançada em Química e Fármacos – Reaxys (Elsevier)
Data: 12 de abril de 2018
Horário: 14h - 16h20
Local: Auditório da Biblioteca do Conjunto das Químicas – USP
Avenida Professor Lineu Prestes, 950 – Butantã
05508-000 – São Paulo – SP
Inscrições
https://www.doity.com.br/reaxys-cq-12abril2018
Programa:
– Principais funcionalidades do Reaxys
– Cobertura (orgânica, inorgânica, analítica, bioquímica, espectros etc.)
– Nova interface do Reaxys (www.new.reaxys.com) vs. interface antiga (www.reaxys.com)
– Pesquisa de texto versus pesquisa de estrutura
– Pesquisa rápida versus construtor de consultas (avançado)
– Exemplos de pesquisas complexas – exemplos Pesquisas em fármacos derivados de plantas, Pesquisas em cosmetologia, Pesquisas em drogas antioxidantes.
Reaxys é um banco de dados que fornece acesso fácil a mais de meio bilhão de dados experimentais de publicações científicas e patentes e descreve detalhadamente as propriedades de compostos químicos, como dados físico-químicos, bioatividade ou espectros.
No núcleo desse banco de dados são encontradas estruturas químicas, suas propriedades e reações químicas que produzem, coletadas diretamente de centenas de títulos de revistas cuidadosamente selecionados, bem como de patentes. Além disso, o banco de dados indexa mais de 16 mil títulos de revistas, graças ao qual este banco de dados complementa perfeitamente a revisão clássica da literatura e da informação encontrada em seu núcleo. O banco de dados do Reaxys possui várias funções e ferramentas que permitem o planejamento de sínteses, seleção de matérias-primas e materiais, bem como a exportação de dados e sua análise aprofundada.
O banco de dados é muito extenso – atualmente existem mais de 75 milhões de compostos orgânicos, inorgânicos, organometálicos, etc., além de mais de 40 milhões de reações. Além disso, contém dados históricos, que datam de 1771.