06 setembro 2019

O impacto da circulação de cérebros

Em comparação com outros países, o Brasil tem um número modesto de cientistas no exterior e não dispõe de políticas para aproveitar a experiência deles


No Brasil, sobretudo em períodos de desaceleração econômica, é comum que se levantem os riscos de perder talentos científicos para as nações mais desenvolvidas e comprometer a capacidade do país de retomar o caminho do desenvolvimento. Embora não existam levantamentos precisos sobre o êxodo de pesquisadores, as informações disponíveis mostram que o deslocamento de cientistas brasileiros para o exterior sempre foi modesto em comparação com o que acontece em outras nações — e, da mesma forma, não há sinais de que esteja atingindo níveis superiores à média por conta da crise de financiamento da ciência iniciada há cinco anos. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicados em 2017 no relatório Science Technology and Industry Scoreboard, indicam que em anos recentes o Brasil manteve um fluxo equilibrado de cientistas com outros países, chegando a se mostrar um polo de atração de talentos.
A OCDE esquadrinhou milhões de artigos científicos publicados entre 2006 e 2016 e armazenados na base de dados Scopus, e analisou a trajetória de seus autores. Debruçou-se especialmente sobre aqueles que, quando informaram as instituições a que pertenciam, demonstraram ter mudado de país ao menos uma vez nesse intervalo de tempo. O resultado é que o fluxo de entrada e saída de pesquisadores permaneceu baixo e estável no Brasil.  Leia mais.  
Fonte: Revista Pesquisa FAPESP - setembro 2019

15 universidades públicas produzem 60% da ciência brasileira

Relatório da empresa Clarivate Analytics traça cenário da produção científica nacional entre 2013 e 2018. 

Quinze universidades — todas elas públicas — produzem mais da metade da ciência brasileira, segundo um relatório preparado pela empresa Clarivate Analytics e divulgado nesta semana, em Brasília. As três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) encabeçam a lista, com mais de 100 mil trabalhos científicos publicados no período de seis anos contemplado pelo estudo (2013-2018).
As outras 12 instituições são 11 universidades federais e 1 estadual, do Rio de Janeiro. Juntas, essas 15 universidades são responsáveis por mais de 60% do conhecimento científico produzido no País, segundo o relatório. O levantamento foi feito a pedido da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação (MEC). Veja a íntegra do relatório aqui: Research in Brazil: Funding Excellence
Leia mais Fonte: Jornal da USP - 05/09/19

05 setembro 2019

Escolha o melhor formato para apresentar seus dados de pesquisa: tabelas, figuras e texto


Um dos aspectos mais difíceis da preparação de manuscritos de pesquisa é decidir se suas descobertas devem ser apresentadas através de tabelas, figuras ou texto. As dicas listadas abaixo ajudarão você a tomar uma decisão mais informada:

 Use uma tabela para:
: : Mostrar muitos dados e valores numéricos precisos em um espaço pequeno
: : Comparar / contrastar valores ou características de itens relacionados ou que compartilham várias características ou variáveis
: : Mostrar a presença ou ausência de características específicas
Use uma figura para:
: : Mostrar tendências, padrões e relacionamentos entre e entre conjuntos de dados, quando a tendência é mais importante que os valores precisos dos dados
: : Resumir os resultados de sua pesquisa
: : Explicar visualmente uma sequência de eventos, fenômenos, características ou características geográficas
Use texto quando:
: : Os dados que você pretende apresentar não são relevantes para as principais conclusões do seu estudo
: : Os dados não são muito complexos ou grandes e podem ser facilmente incorporados ao seu manuscrito
: : Seus dados, se apresentados como uma tabela, justificariam apenas 1 ou 2 colunas.
Depois de selecionar o formato apropriado para a apresentação dos dados, o próximo passo é garantir que as tabelas e / ou figuras em seu trabalho de pesquisa sejam visualmente atraentes e apresentem seus dados de maneira clara, concisa e eficaz.

04 setembro 2019

Pró-Reitoria de Pesquisa concederá apoio financeiro a novos docentes

Iniciativa prevê recursos de R$ 15 mil para auxiliar o professor no desenvolvimento de sua pesquisa


Os professores recém-contratados pela Universidade poderão receber apoio financeiro para desenvolver seus projetos de pesquisa. O Programa de Apoio aos Novos Docentes da USP, iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), prevê o auxílio de R$ 15 mil, pago via remanejamento orçamentário às unidades, com o objetivo de proporcionar a esses profissionais as condições iniciais para o estabelecimento de uma estrutura de pesquisa.
O professor deve utilizar os recursos para compra de material permanente e de consumo, pagamento de serviços de terceiros, diárias e passagens para o docente ou para seus alunos de iniciação científica e pós-graduação.
“A contratação de novos docentes é essencial para a continuidade da excelência em pesquisas na Universidade. A formação de novas lideranças deve sempre ser incentivada e as necessidades iniciais de um recém-contratado devem ser reconhecidas”, destaca o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto.
A Pró-Reitoria concederá esse auxílio a docentes contratados a partir de 23 de agosto de 2018. Professores em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP), contratados a partir de 1º de janeiro de 2018, que não tenham submetido sua solicitação no edital de 2018 do programa, também são elegíveis.
Para se inscrever, os docentes devem enviar, até o dia 11 de outubro, um resumo descritivo de seu projeto de pesquisa, com a publicação de sua contratação no Diário Oficial do Estado de São Paulo e a declaração de anuência da Comissão de Pesquisa de sua unidade.
Os documentos devem ser enviados para a PRP, onde as propostas serão analisadas por uma comissão formada especificamente para esse fim.  Fonte: Jornal da USP - 02/09/19

O quão aberta é sua publicação?








Proposta orçamentária acaba com fomento à pesquisa do CNPq

Os valores propostos para 2020 são apenas simbólicos — se aprovado dessa forma, o orçamento aniquilará a capacidade do CNPq de fomentar a pesquisa científica no Brasil

O orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) destinado ao financiamento de atividades de pesquisa deve sofrer um corte de 87% em 2020, segundo a proposta de orçamento elaborada pelo governo federal e enviada ao Congresso na última sexta-feira, 30 de agosto. O valor previsto para atividades de fomento no orçamento da agência é de apenas R$ 16,5 milhões, contra os R$ 127 milhões neste ano — já considerado um valor largamente insuficiente para a manutenção das atividades mínimas de pesquisa científica no País.
Para se ter uma ideia, em anos anteriores, só a Chamada Universal do CNPq — um dos editais mais tradicionais e importantes da ciência brasileira — costumava distribuir R$ 200 milhões anualmente para centenas de projetos. E esse era apenas um dos muitos editais lançados pelo CNPq e outras agências de fomento para irrigar a produção de ciência e tecnologia em milhares de laboratórios em todo o País; vários dos quais já deixaram de ser lançados ou estão sendo pagos com atraso nos últimos anos, por falta de recursos.  Leia maisFonte: Jornal da USP - 03/09/19

03 setembro 2019

Tudo num clique: a vida na era dos apps



É tipo uma lâmpada mágica moderna: com um smartphone na mão, é só clicar ou falar com a telinha para comprar e receber praticamente qualquer coisa onde estiver, decidir em que rua virar — ou se é mais negócio ir pedalando — e até saber a hora de parar e meditar. O G1 reúne histórias de quem resolve a vida com os aplicativos ou tira sua renda por meio deles.
Lembra de 2014, o ano de "Beijinho no ombro" e do 7 a 1? Também foi naquela época que o brasileiro comprou smartphones como nunca e que aplicativos hoje populares, como o Uber, surgiram ou se consolidaram no país.
De lá para cá, o percentual de usuários da internet que se conectam pelo celular saltou de 76% para 97% — ou 123 milhões de pessoas. E o brasileiro passa, em média, 3 horas por dia nos apps.      Leia maisFonte: G1 - 03/09/19



Google Docs usado como chat? Sim, isso é cada vez mais comum

Jovens americanos recorrem a programa de edição de texto no ambiente escolar e substituem aplicativos de mensagens instantâneas

O Google Docs é um dos processadores de texto mais usados no mundo. O programa, que pode ser acessado em qualquer computador ou dispositivo móvel com conexão de internet, permite que mais de uma pessoa acesse um documento, possibilitando uma redação ou edição conjunta. Ou seja, é possível que várias pessoas escrevam no mesmo documento ao mesmo tempo. Nos Estados Unidos e em outras partes do mundo, essa funcionalidade se tornou popular entre os jovens, que passaram a usar o Google Docs como aplicativo de conversa.
“Conversar pelo WhatsApp, Facebook ou qualquer outra rede social virou algo chato! O melhor jeito de conversar é através do Google Docs”, escreveu Simran Singh, uma universitária indiana, no Twitter. A comunicação entre alunos na sala de aula não é algo novo. No passado, os “bilhetinhos” eram comuns. Com o avanço do desenvolvimento da tecnologia pessoal, novas formas de se criar conversas para além do tópico estudado foram sendo integradas ao ambiente escolar.  Leia mais.   Fonte: Nexo - 03/09/19




USP elabora guia para divulgar boas práticas científicas

A Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) lançou o Guia de Boas Práticas Científicas, com informações concisas e organizadas sobre ética na pesquisa, compromisso social, responsabilidade, propriedade intelectual, publicação e integridade científica.
A obra também oferece indicações de sites e publicações para os interessados em se aprofundar no assunto. O guia é voltado tanto para jovens pesquisadores como para os orientadores, que podem usá-lo como material de referência.
Guia de Boas Práticas Científicas é a terceira de uma série de publicações elaboradas pela Pró-Reitoria de Pesquisa para divulgar informações importantes para os pesquisadores.
A primeira publicação da série foi o Guia para a Iniciação Científica e Tecnológica, voltado a alunos de graduação ainda na fase inicial de sua formação universitária.
Em abril deste ano, foi lançado o Guia para o Programa de Pós-Doutorado da USP, com o objetivo de incentivar os pesquisadores da universidade e de outras instituições de ensino superior a ingressar no pós-doutorado.
A FAPESP também possui um código de boas práticas científicas, disponível no site da FAPESP.  Mais informações: https://bit.ly/30jI4nP.  Fonte: Agência FAPESP – 03/09/19

Mudança com estabilidade


A FAPESP investiu, em 2018, R$ 1.216.750.480 no apoio a 24.720 projetos de pesquisa distribuídos por todas as áreas do conhecimento. O desembolso foi 15% maior que o registrado em 2017, em valores nominais, e 6% superior descontada a inflação, quebrando uma trajetória de queda do investimento iniciada em meados da década em decorrência da desaceleração da economia. A verba da Fundação é composta por 1% da receita tributária do Estado de São Paulo, repassada pelo Tesouro, conforme determina a Constituição paulista de 1989, e por recursos provenientes de convênios com instituições e empresas para financiamento conjunto de pesquisas.
O balanço consta do Relatório de Atividades FAPESP 2018, divulgado em agosto, cuja íntegra está disponível em www.fapesp.br/publicacoes/relat2018.pdf – no endereço eletrônico também é possível consultar as sínteses anuais da Fundação desde 1962, ano em que suas atividades tiveram início.
“O ano de 2018 foi de grandes mudanças políticas no país e de expectativas quanto ao futuro no que diz respeito à educação superior, ciência e tecnologia”, afirmou o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, na apresentação do relatório. “Nesse cenário, a FAPESP manteve sua forte presença, marcada pela estabilidade, atuação crescente junto ao sistema paulista de ciência e tecnologia e aumento da visibilidade no país e no exterior.”   Leia maisFonte: Agência FAPESP - 03/09/19

02 setembro 2019

Aplicativo traz versão atualizada da tabela brasileira de alimentos

Ampliada e com novos recursos de busca, a TBCA traz a composição química e o valor energético de cerca de 3.500 alimentos


A TBCA tem o objetivo de auxiliar profissionais de nutrição na montagem de cardápios e dietas personalizadas, além de ajudar a comunidade em geral a atingir a meta de uma alimentação saudável. Sua base de dados também se propõe a auxiliar pesquisas que envolvem quantificação de nutrientes em alimentos. A tabela trabalha majoritariamente com dados dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros.
A nova versão está abrigada em um site de alto rendimento, que permite milhares de acessos simultaneamente. O sistema de busca foi modificado para facilitar o trabalho de nutricionistas e pesquisadores. O usuário pode fazer buscas por alimento, grupo ou tipo de alimento. “A busca por tipo de alimento, incluída na ferramenta nova, facilita muito. Por exemplo, em uma busca pelo alimento “feijão”, no tipo “preparação”, só aparecerão receitas com feijão, e não o feijão in natura”, exemplifica Kristy. Uma busca como essa trará uma lista com dados de 35 receitas, desde feijão carioca até salada de feijão fradinho, sopa de feijão, feijão preto, mocotó com feijão branco, etc.
Outra forma de busca é pelo componente, associado ao grupo e tipo de alimento que interessa ao usuário. Exemplo: ao selecionar “colesterol” (componente), “peixes e frutos do mar” (grupo de alimentos) e “in natura” (tipo de alimento), aparecem todos os peixes e frutos do mar crus com este componente, ordenados de forma decrescente ou crescente conforme a quantidade de colesterol.
A TBCA tem o objetivo de auxiliar profissionais de nutrição na montagem de cardápios e dietas personalizadas, além de ajudar a comunidade em geral a atingir a meta de uma alimentação saudável. Sua base de dados também se propõe a auxiliar pesquisas que envolvem quantificação de nutrientes em alimentos. A tabela trabalha majoritariamente com dados dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros.  Leia mais.  Fonte: Jornal da USP - 30/08/19

Ciência aberta é tema de evento promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa

Como explicou o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Roberto Accioly Canuto, “a ciência aberta é uma discussão que tem ganho cada vez mais espaço nos meios acadêmicos e científicos e que pode ser definida como uma prática da ciência que amplia a colaboração e a contribuição entre cientistas, com a disponibilização de dados de pesquisa, notas de laboratórios e outros procedimentos, permitindo inclusive a reutilização, redistribuição e reprodução da pesquisa e seus métodos subjacentes”.
“Essa é a nova realidade do século 21. A sociedade mudou, as exigências em relação às universidades são diferentes e nós precisamos nos adequar a isso. A USP já está tomando ações nesse sentido, como a criação de uma agência que ficará encarregada de aprimorar a gestão da informação na Universidade, mas é ainda necessário discutir muito e ver o que é possível fazer a curto, médio e longo prazo”, ressaltou o reitor Vahan Agopyan.
O diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz, apresentou as iniciativas e os critérios que a Fundação tem adotado para incentivar a discussão e a promoção da ciência aberta.
“Precisamos melhorar a comunicação na ciência. A razão de publicar um artigo científico não é simplesmente aumentar o Currículo Lattes, mas é divulgar o resultado da pesquisa para que outros cientistas possam avaliar, discutir e utilizar esses dados. E, além da comunicação entre cientistas, devemos melhorar a comunicação com o público externo, para que a ciência seja valorizada pela sociedade. A Fapesp investe mais de R$ 1 bilhão anualmente em pesquisa, por isso, devemos fazer tudo o que pudermos para tornar o resultado dessas pesquisas mais efetivo e mais visível ao contribuinte paulista”, explicou Brito Cruz.  Leia mais.   Fonte: Jornal da USP - 30/08/19