23 setembro 2019

Conheça o guia de pesquisa sobre mudança climática

A mudança climática é a questão definidora do nosso tempo e estamos em um momento decisivo. Desde a mudança dos padrões climáticos que ameaçam a produção de alimentos até a elevação do nível do mar, que aumenta o risco de inundações catastróficas, os impactos das mudanças climáticas são de âmbito global e sem precedentes em escala. Hoje, sem uma ação drástica, a adaptação a esses impactos no futuro será mais difícil e onerosa. Gráfico do relatório United in Science, WMO, setembro de 2019
Os gases de efeito estufa ocorrem naturalmente e são essenciais para a sobrevivência dos seres humanos e milhões de outros seres vivos, impedindo que parte do calor do sol reflita de volta ao espaço e tornando a Terra habitável. Porém, após mais de um século e meio de industrialização, desmatamento e agricultura em larga escala, as quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera aumentaram para níveis recordes nunca vistos em três milhões de anos. À medida que crescem as populações, as economias e os padrões de vida, aumenta também o nível cumulativo de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
A ciência estabeleceu que a concentração de GEE na atmosfera da Terra está diretamente ligada à temperatura global média na Terra; a concentração tem aumentado constantemente, e as temperaturas globais médias acompanham-no desde a época da Revolução Industrial; e o GEE mais abundante, responsável por cerca de dois terços dos GEE, dióxido de carbono (CO2), é em grande parte o produto da queima de combustíveis fósseis.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) foi criado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para fornecer uma fonte objetiva de informação científica. Em 2013, o IPCC forneceu mais clareza sobre o papel das atividades humanas nas mudanças climáticas quando lançou seu Quinto Relatório de Avaliação. É categórico em sua conclusão: as mudanças climáticas são reais e as atividades humanas são a principal causa.  Fonte: United Nations

Elsevier investiga centenas de revisores por manipular citações

A editora está examinando pesquisadores que podem estar usando o processo de revisão de maneira inadequada para promover seu próprio trabalho.

A editora holandesa Elsevier está investigando centenas de pesquisadores suspeitos de manipular deliberadamente o processo de revisão por pares para aumentar seus próprios números de citações.
O editor está analisando a possibilidade de que alguns revisores incentivem os autores do trabalho em revisão a citar a própria pesquisa dos revisores em troca de críticas positivas - uma prática desaprovada, amplamente denominada citação coercitiva.
A investigação de Elsevier também revelou que vários desses revisores parecem estar envolvidos em outras práticas de publicação questionáveis ​​em estudos que eles mesmos criaram. Os analistas da Elsevier que descobriram a atividade disseram à Nature que “descobriram evidências claras da manipulação de revisão por pares” e de acadêmicos que publicam os mesmos estudos mais de uma vez. Elsevier disse que suas investigações levarão à retração de alguns desses estudos.
Mas afirmou que não será necessário retirar nenhum estudo afetado pela citação coercitiva, porque os autores não são responsáveis ​​pelo problema, e a manipulação da citação não afeta a pesquisa.   Fonte: Nature - setembro 2019

Publicação especializada em materiais perigosos faz parte do Portal de Periódicos da CAPES

Pesquisadores de áreas como biologia, ecologia, química, engenharias e outras disciplinas têm a recorrente necessidade de estar por dentro do entendimento e da mitigação de perigos e riscos de determinados materiais na saúde pública e no meio ambiente. Um dos títulos disponíveis no acervo do Portal de Periódicos da CAPES sobre o tema é o Journal of Hazardous Materials.
A classificação de produtos perigosos é definida na Instrução Complementar publicada pela Resolução ANTT Nº 5.232/2016, de acordo com informações da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP). A referida resolução indica que produto perigoso é todo aquele que “tenha potencial de causar danos ou apresentar risco à saúde, segurança e meio ambiente”, a exemplo de líquidos inflamáveis, ácidos, fósforos, gases, combustíveis, materiais radioativos, entre outros.
Apesar de ser especializado em materiais perigosos, o Journal of Hazardous Materials é considerado um periódico interdisciplinar, por abranger pesquisas de alta qualidade em diversas vertentes do assunto. O volume 377, de setembro de 2019, está disponível em texto completo para usuários do Portal de Periódicos da CAPES. Além disso, pesquisadores que se interessam pelo tema podem visualizar o conteúdo de edições subsequentes até fevereiro de 2020 (ainda em progresso).
O acesso à publicação deve ser realizado por meio da opção buscar periódico do Portal, pelo nome “Journal of Hazardous Materials” ou pelo código ISSN 0304-3894.
Fonte: Portal de Periódicos da CAPES – 23/09/19


Brasil desperdiça o potencial de sua biodiversidade, um ativo único e inigualável

Benefícios são muitos, porém pouco aproveitados e muito ameaçados, segundo documento preparado por 85 pesquisadores brasileiros


O Brasil tem a maior biodiversidade do mundo — isso, todo mundo já sabe. Mas e daí? O que o País ganha com isso? Maior segurança alimentar, energética, hídrica e climática; proteção contra erosão, enchentes, deslizamentos e outros desastres socioambientais; proteção natural contra pragas no campo e doenças nas cidades; potencial para a descoberta de novos fármacos, cosméticos e outros produtos naturais; preservação de culturas, saberes e costumes de populações tradicionais; paisagens belíssimas; incontáveis oportunidades de negócios ligadas ao ecoturismo, lazer e bem-estar social. Tá bom, ou quer mais?
Esses são alguns exemplos dos serviços prestados gratuitamente pela natureza à sociedade, descritos no primeiro diagnóstico da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês), divulgado no início deste mês. 
Produzido por um grupo de 85 pesquisadores ao longo de quatro anos, o documento, de quase 200 páginas, traz um resumo contextualizado do melhor conhecimento disponível sobre o patrimônio natural brasileiro e os serviços que ele presta à sociedade, desde o nível de espécies individuais (como as abelhas, que produzem mel e polinizam plantações) até o de ecossistemas inteiros (como as florestas, que produzem chuva e estocam carbono, ou os manguezais, que protegem a costa da erosão e servem de berçário para diversos peixes e crustáceos de importância social e comercial).
Clique aqui para baixar a íntegra do documento: Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos.   Leia texto na íntegra.   Fonte: Jornal da USP - 20/09/19









20 setembro 2019

A taxonomia da Ciência Aberta


O que é o Plano U: acesso universal à pesquisa científica via preprints?

O Plano U foi apresentado publicamente em junho por Richard Sever, John Inglis e Michael Eisen em uma comunicação na revista PLOS Biology. Os dois primeiros são cofundadores do servidor de preprints bioRxiv operados pelo Cold Spring Harbor Laboratory; Eisen é fundador do periódico PLOS Biology e editor-chefe da eLife. Estas são todas iniciativas sem fins lucrativos de publicações de acesso aberto em pesquisa biomédica.
Como muitas outras iniciativas e propostas, o objetivo é criar um mecanismo bem-sucedido e de baixo custo para prover acesso aberto aos resultados da pesquisa. A estratégia do Plano U é separar a disseminação dos manuscritos do processo de avaliação e certificação atualmente usado por periódicos e, assim, acelerar o avanço do conhecimento científico, permitindo que outros pesquisadores possam continuar a trabalhar sobre os resultados publicados em servidores de preprints. O que eles aspiram é que as agências de fomento à pesquisa estabeleçam como requisito obrigatório para a concessão de fundos que os resultados sejam publicados em servidores de preprints. Isso explica o significado do “U” do plano (“universal”).  Leia mais  Fonte: SciELO em Perspectiva

19 setembro 2019

Ciência aberta e o novo modus operandi de comunicar pesquisa

Considerando a importância de se aprofundar os conhecimentos a respeito do conceito e os desafios da Ciência Aberta, reproduzimos aqui a matéria publicada recentemente no Blog SciELO em duas partes, de autoria de Abel L. Packer e Solange Santos

Ciência Aberta  -   Parte I   |   Parte II
A Ciência Aberta pleiteia uma transformação considerável essencialmente enriquecedora do tradicional modus operandi de fomentar, projetar, realizar e, particularmente, comunicar pesquisa. 
O objetivo é privilegiar a natureza colaborativa da pesquisa e democratizar o acesso e uso do conhecimento científico. Ela abarca um conjunto de práticas, entre as quais, destacamos:
  • disponibilização em acesso aberto dos dados, métodos de análise e códigos de programas e outros materiais utilizados na pesquisa, assim como dos resultados obtidos para viabilizar a preservação, reprodutibilidade e reusabilidade dos dados;
  •  rapidez na comunicação dos artigos como fator chave no avanço do conhecimento científico, mediante a adoção da modalidade preprint, que é uma versão completa do artigo científico depositada pelos autores em um servidor público de preprints, antes do envio a um periódico para avaliação da publicação. Os preprints se posicionam assim, como início formal do fluxo de publicação dos artigos e dotam os autores de maior controle da comunicação;
  •  transparência e abertura progressiva nos processos de avaliação de manuscritos por pares envolvendo relações e interações entre autores, editores e pareceristas.
Embora conceitos de Ciência Aberta sempre estiveram presentes na evolução da ciência, o movimento atual é produto da web e, mais precisamente, da sua capacidade de promover a desintermediação nos processos de acesso e comunicação de informação e a interoperabilidade entre conteúdos.  Fonte: SciELO em Perspectiva - 12/09/19

22 dicas avançadas para fazer uma pesquisa no Google

Você já imaginou como seria sua vida sem o Google? Parece inacreditável, mas há pouco mais de duas décadas, antes do chamado boom da internet, as pessoas eram obrigadas a fazer pesquisas em livros ou consultar especialistas quando tinham dúvidas acerca de algum tema.
Hoje tudo é facilitado pelo mecanismo de busca e as respostas para qualquer tipo de pergunta está a um clique de distância.
Porém, apesar de parecer simples, há um complicado mecanismo de algoritmo e inteligência humana por detrás de uma única busca.
Nesse artigo, serão reveladas as melhores dicas avançadas para realizar uma pesquisa no Google 
e tornar mais precisos os resultados.
Afinal, há uma infinidade de recursos disponíveis que podem facilitar sua vida na hora de procurar exatamente o que procura.  Veja as dicas.  

Plataformas de compartilhamento de documentos


18 setembro 2019

Serrapilheira lança terceira Chamada Pública de Apoio à Pesquisa

Até 24 jovens pesquisadores que façam grandes perguntas fundamentais em suas áreas serão apoiados com R$ 100 mil. As inscrições vão de 18 de novembro a 18 de dezembro de 2019

O Instituto Serrapilheira lança nesta quarta-feira, 18 de setembro, a sua terceira Chamada Pública de Apoio à Pesquisa Científica. O objetivo é selecionar até 24 jovens pesquisadores que façam grandes perguntas nas áreas de Ciências Naturais, Ciência da Computação e Matemática. Os contemplados receberão grants de até R$ 100 mil, cada.
Como nas chamadas anteriores, o Serrapilheira procura pesquisadores criativos com perguntas ambiciosas que busquem, sobretudo, compreender as questões fundamentais da ciência, ainda que os projetos envolvam estratégias de risco. Por acreditar que a diversidade é essencial para uma ciência de qualidade por promover a pluralidade de ideias, o instituto encoraja a candidatura de mulheres, pessoas negras e de outros grupos sub-representados.
Os requsitos são que o candidato tenha vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e que tenha concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2017.   Leia mais.  Fonte: Jornal da Ciência - 18/09/19