Um artigo publicado no ano passado na revista PLOS Biology examinou e esmiuçou os cinco Princípios de Hong Kong,
um conjunto de diretrizes definidas em 2019 na 6ª Conferência Mundial de
Integridade Científica para avaliar o desempenho dos pesquisadores de forma
mais abrangente e recompensar comportamentos éticos e transparentes. O paper é assinado pelo epidemiologista David Moher, da
Universidade de Ottawa, no Canadá, em parceria com oito pesquisadores que
participaram da organização da conferência. O grupo também enumerou iniciativas
de instituições acadêmicas e agências de fomento afinadas com as cinco
recomendações, em uma espécie de guia de boas práticas para promover uma
cultura de integridade utilizando critérios apropriados de avaliação.
“Desenvolvemos os Princípios de Hong Kong com foco na necessidade de impulsionar
a qualidade da pesquisa, garantindo que os cientistas sejam reconhecidos e
recompensados por ações que fortaleçam a integridade”, explicou Moher em sua
conta do Twitter, quando o artigo foi lançado.
As cinco diretrizes
O que dizem os Princípios de Hong Kong
1. Valorizar, na avaliação dos pesquisadores,
as práticas responsáveis desde a concepção até a execução da pesquisa,
incluindo o desenvolvimento da ideia inicial do trabalho, o desenho de
pesquisa, a metodologia, a execução e a disseminação efetiva dos resultados
2. Valorizar o relato preciso e transparente das
pesquisas, independentemente dos seus resultados
3. Valorizar as práticas da ciência aberta, como
métodos, materiais e dados abertos
4. Valorizar um amplo espectro de pesquisas e contribuições
acadêmicas, como replicação, inovação, translação, síntese e metapesquisa
5. Valorizar uma série de outras contribuições
para fomentar a pesquisa responsável e para a atividade acadêmica, como a
revisão por pares para projetos e publicações, a orientação, a divulgação e a
troca de conhecimento. Saiba mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - maio 2021