04 junho 2018

Plataforma BDPI revela indicadores e a produção de pesquisadores da USP

Conforme a Ciência evolui, torna-se mais complexa e imbricada. Ainda que os meios digitais potencializem o acesso à informação, não garantem a organização, rastreabilidade e real descoberta da produção intelectual (científica, acadêmica, artística e técnica) de pesquisadores, instituições de pesquisa e órgãos financiadores. Nesse sentido, a adoção de plataformas institucionais e sistemas de gestão de pesquisa tem aumentado em todo o mundo. 
No Brasil, o Currículo Lattes permanece como a principal fonte de informação das atividades desenvolvidas por pesquisadores, fornecendo dados de produção a diversos sistemas e plataformas institucionais. Indicadores gerados por sistemas internacionais de informação como a Web of ScienceScopus e, mais recentemente o Dimensions, têm sido agregados como fontes de dados a algumas plataformas, com maior ou menor sucesso. 
No esteio dessas tendências, a Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo (BDPI) é um sistema de gestão e disseminação da produção intelectual (científica, acadêmica, técnica e artística) gerada pelas pesquisas e atividades desenvolvidas na Universidade de São Paulo (USP).

Figura 1 – Interface de Busca Simples da Biblioteca Digital da Produção Intelectual (BDPI)
Funcionando como metabuscador, a BDPI congrega informações historicamente consolidadas a partir dos registros cadastrados no Dedalus (Banco de Dados Bibliográficos da USP) e na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) da USP, e integra com outros sistemas de informação, extraindo dados do Lattes e de bases indexadoras internacionais como Web of Science, Scopus e Dimensions. Dessa forma, proporciona, a partir de uma única interface, a descoberta, recuperação e rastreabilidade da produção científica e acadêmica dos pesquisadores, departamentos e unidades da Universidade. A Figura 1 acima apresenta a página inicial da Plataforma, onde é possível iniciar a Busca Simples por Assunto, por Base e por Unidade USP.Hoje, a Plataforma BDPI reúne mais de 767.800 registros cadastrados de produção intelectual gerada por pesquisadores da USP e 154.800 registros de teses e dissertações defendidas na Universidade. Diariamente esses números são atualizados, à medida que os bibliotecários cadastram novos documentos. Todos os registros podem ser localizados também pelo Google.   Leia mais

Plano de gestão de dados



29 maio 2018

FAPESP concede bolsas para pesquisa em universidades italianas

Agência FAPESP – A FAPESP lançou uma nova chamada de propostas para apoiar a realização de estágios de pesquisa em universidades italianas. A oportunidade está aberta na modalidade Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE).
A chamada foi publicada no âmbito do memorando de entendimento assinado entre a FAPESP, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Universidade de Bologna, atuando como Secretária Técnica da Rede Italiana de Universidades. O objetivo é estimular a colaboração científica, tecnológica e de inovação entre Brasil e Itália, em todas as áreas do conhecimento.
A FAPESP apoiará exclusivamente estudantes ou pesquisadores formalmente associados a instituições de ensino superior ou de pesquisa, públicas ou privadas, sediadas no Estado de São Paulo e que sejam bolsistas da Fundação.
O estágio de pesquisa na Itália deverá fazer parte do projeto de pesquisa do bolsista FAPESP e o apoio não poderá ser solicitado independentemente. O candidato deve ter um colaborador associado a uma universidade italiana que atuará como supervisor. Dezenove instituições italianas são elegíveis para esta chamada.
As modalidades de bolsas disponíveis são: BEPE – Mestrado, BEPE – Doutorado, BEPE – Doutorado Direto e BEPE – Pós-Doutorado. A concessão da Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior implica a interrupção da Bolsa FAPESP do candidato no Estado de São Paulo, a ser retomada depois que o estudante ou pesquisador retornar da Itália.
O prazo final para submissão de propostas é 31 de julho de 2018. As orientações aos proponentes do Estado de São Paulo estão disponíveis em www.fapesp.br/11763.
A chamada de propostas está disponível em www.fapesp.br/11764

Plataforma colaborativa criada na USP quer popularizar ciência

Pesquisadores podem contribuir para a Ilha do Conhecimento com conteúdos relacionados ao meio acadêmico e científico


Criado por alunos da USP, o projeto Ilha do Conhecimento é uma plataforma colaborativa na qual professores, pesquisadores e especialistas de diversas áreas podem compartilhar assuntos do meio acadêmico e científico em linguagem acessível ao público. A ideia é que o conhecimento gerado nas universidades e instituições de pesquisas chegue a mais pessoas.  

No texto Estudando a evolução das tartarugas com moldes de cérebros, por exemplo, o estudante de doutorado Gabriel de Souza Ferreira adapta e explica o conteúdo de um artigo científico publicado em uma revista internacional no qual colaborou. Além de contribuir com a plataforma, Ferreira é responsável pela manutenção de conteúdo. “Na Ilha do Conhecimento qualquer um que tenha afinidade e conhecimento em um tema científico pode contribuir, independentemente da instituição que representa”, explica

Os idealizadores do projeto, Eduardo Domingues Borges, Caio M.C.A. de Oliveira e Paula Verzola Olivio, acreditam que o acesso à ciência e o seu processo de construção são um meio de conscientização e transformação das pessoas. 

A analogia do conhecimento como uma ilha teve inspiração na obra A Ilha do Conhecimento: Os Limites da Ciência e a Busca por Sentido (Editora Record), do físico, astrônomo, professor e escritor brasileiro Marcelo Gleiser.

“Ilha do Conhecimento é a representação de todo o nosso conhecimento como uma ilha rodeada pelo vasto oceano do desconhecido. Conforme descobrimos algo sobre o mundo ou sobre nós mesmos, expandimos nossa ilha e avançamos em direção ao que não conhecemos. Ao expandirmos a área da nossa ilha aumentamos o perímetro que a delimita, estendendo nossa fronteira com o oceano do desconhecido. Assim, quando aprendemos ou descobrimos algo novo não nos aproximamos de uma resposta única, definitiva ou universal, e sim percebemos que existem cada vez mais perguntas a serem feitas, novas e mais pertinentes”, dizem os idealizadores.

A intenção é que a plataforma “tenha um caráter colaborativo em que todos possam contribuir, dentro de um aspecto mais dinâmico e completo”, dizem. A multiplicidade de conteúdos no site é um diferencial, pois traz desde textos curtos e acessíveis até conteúdos mais complexos e completos, voltados a pessoas já familiarizadas com a ciência, além de vídeos e dicas de leitura. Os interessados em colaborar com a plataforma devem entrar em contato pelo e-mail contato@ilhadoconhecimento.com.br ou pelo site.

O Ilha do Conhecimento é uma iniciativa independente, sem fins lucrativos e oferece acesso público e gratuito ao conteúdo original. Todo conteúdo é divulgado por meio de um processo sistematizado de produção e editoração aberto. A divulgação dos conteúdos acontece pelo site e redes sociais (FacebookInstagramTwitter e Youtube).

28 maio 2018

ICMBio lança revista eletrônica

Com circulação exclusiva pela internet, Biodiversa trará mensalmente um panorama das ações do Instituto
Atlas dos manguezais do Brasil, termo de compromisso com os índios pataxós que vivem no interior do Parque Nacional do Descobrimento, na Bahia, e compartilhamento do sistema de monitoria de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) com estados e municípios são os destaques da primeira edição da Biodiversa, revista eletrônica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), lançada na terça-feira (22), Dia Internacional da Biodiversidade.
A publicação, que terá periodicidade mensal e será disponibilizada na última quarta-feira de cada mês no site do ICMBio, é dirigida a toda a sociedade brasileira, em especial aos parceiros do Instituto, como os conselheiros de unidades de conservação (UCs), voluntários e pesquisadores. A intenção é oferecer um panorama das ações realizadas pelo órgão em todo o País.
Autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), o ICMBio é responsável pela gestão das unidades de conservação federais. São, ao todo, 333 UCs distribuídas pelos vários estados e biomas brasileiros. Juntas, elas somam cerca de 70 milhões de hectares no continente e zona costeiro-marinha, o equivalente a quase 10% do território brasileiro, e 92 milhões de hectares de águas oceânicas, em torno de 25% dos nossos mares.
Além das notícias, a revista traz três seções fixas: galeria de fotos temáticas, com imagens da biodiversidade brasileira protegida pelo Instituto; entrevista sobre ações promovidas pelo órgão; e seleção dos posts que mais atraíram a atenção dos internautas nas redes sociais do ICMBio.


25 maio 2018

Lançamento do Consórcio Brasileiro ORCID


É com grande prazer que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a ORCID (Open Researcher and Contributor iD) gostariam de convidá-la(o) para o evento de lançamento do Consórcio Brasileiro ORCID
Este evento realizar-se-á no dia 22 de maio, a partir das 9h na CAPES, em Brasília e contará com membros do consórcio, parceiros internacionais e representantes da ORCID. Teremos a honra de contar com a presença de João Moreira, da Fundação para a Ciencia e a Tecnologia - FCT, Portugal, de Abel Del Carpio, do Consejo Nacional de Ciencia, Tecnología e Innovación Tecnológica - CONCYTEC, Peru e a palestra por videoconferência de Robert Kiley, do Wellcome Trust, Reino Unido, contando as experiências de integração de suas organizações com a ORCID. Veja a agenda completa e o link para o registro aqui: https://orcid.org/content/brazilian-consortium-launch-event 
O Consórcio Brasileiro ORCID, parceria firmada em dezembro de 2017, é formado, além de CAPES, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), a Scientific Electronic Library Online (SciELO), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), além da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) como facilitador. 
Este acordo é particularmente exitoso pois envolve, a nível nacional, todas as instituições responsáveis pela coleta e divulgação das informações de pesquisa. Ele representa, sobretudo, um passo importante para a integração, através de um sistema colaborativo com interface internacional, das informações brasileiras de pesquisa, de forma abrangente e sustentável e alinhado com iniciativas europeias. 
No marco do consórcio, a ORCID funcionará como um hub, assegurando menor trabalho manual para os pesquisadores proverem informações de publicações e pesquisa a distintos sistemas demandantes, garantindo maior qualidade dos dados e facilitando a troca dessas informações de pesquisa entre os diferente sistemas, de forma transparente e imediata. 
A ORCID é uma organização sem fins lucrativos, que oferece um identificador digital persistente para pesquisadores, conectando-os às suas afiliações e atividades por meio da integração com editoras, agências de financiamento e bases de dados das instituições de pesquisa. As mais importantes instituições de ensino e pesquisa do mundo usam ORCID para reduzir redundâncias e automatizar fluxos de informação, ganhando mais tempo para pesquisar, publicar e divulgar. 

Web of Science Core Collection


O que é um artigo de revisão?


24 maio 2018

Guia de Gestão de dados de pesquisa


Já se deu conta da importância dos dados da sua pesquisa ? O Gerenciamento de dados de pesquisa é o processo de supervisão dos dados que estão sendo gerados durante um projeto de pesquisa. As agências de financiamento estão cada vez mais exigindo que os cientistas e acadêmicos planejem e executem as boas práticas de gestão desses dados. O Guia de Gestão de Dados de Pesquisa, elaborado por Luana Sales (IBICT) e Luis Fernando Sayão (CIN), busca, nesse sentido, orientar os pesquisadores e os profissionais de informação frente a esses novos desafios.  

Para acessar e baixar gratuitamente o guia clique em goo.gl/7ne4M8. 

      

Ter um universo de conteúdo científico na ponta dos dedos é o que todo acadêmico deseja. E é exatamente isso que a CAPES proporciona à comunidade brasileira por meio do Portal de Periódicos.Realizar pesquisas em um acervo tão amplo tem inúmeras vantagens, mas não é raro surgirem dúvidas. É por isso que a CAPES oferta treinamentos online gratuitamente para os usuários, de segunda-feira a sábado, em diversos horários. A capacitação é feita com o auxílio do MConf – recurso de conferência web provido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) – e é uma oportunidade rápida e prática de conhecer melhor as funcionalidades do Portal de Periódicos. Os usuários também encontram materiais didáticos dos conteúdos no menu Suporte da home.Existe ainda um caminho complementar para apoiar alunos, bibliotecários e pesquisadores: os próprios editores oferecem canais para que o público dissolva as dificuldades referentes a conteúdos e ferramentas de busca.Para que os usuários conheçam e desfrutem desses meios, o Portal de Periódicos reuniu informações disponibilizadas por alguns editores sobre os recursos disponíveis, que variam desde tutoriais e guias a vídeos e e-mails de contato direto com a equipe técnica.Ter um universo de conteúdo científico na ponta dos dedos é o que todo acadêmico deseja. E é exatamente isso que a CAPES proporciona à comunidade brasileira por meio do Portal de Periódicos.

Clarivate Analytics
A editora lançou recentemente o LibGuides. Trata-se de um site onde o usuário encontra informações sobre diversos conteúdos disponibilizados por meio do Portal de Periódicos da CAPES, como o Web of Science e o Journal Citation Reports, entre outros.
Contém vários recursos, como toolkit para bibliotecários, guia para autores e pesquisadores, suporte técnico, calendário de treinamento, vídeos de suporte, links mais pesquisados, guias em PDF e outras alternativas para auxiliar o usuário no entendimento das ferramentas.
Além do LibGuides, a Clarivate Analytics alimenta também uma página de vídeos no YouTube, que podem ser visualizados no canal Web of Science Training.
Dot.Lib – diversos editores
A Dot.Lib representa diversos editores que compõem o acervo do Portal de Periódicos, como American Society of Civil Engineers, Thieme, Science of Synthesis, Project Muse, Jstor, Cold Spring Harbor, entre outros.
A empresa reúne vídeos com tutoriais referentes às editoras parceiras no canal DotlibTV. Os vídeos têm legenda disponível e muitos deles são produzidos pela própria Dot.Lib – nesse caso, o material é totalmente em português.
Vale lembrar que o canal é alimentado regularmente, então a dica é se inscrever para receber as atualizações assim que elas ocorrem.
Adicionalmente, a marca oferece aos usuários um e-mail para contato direto com a equipe de treinamento para tirar dúvidas ou solicitar materiais didáticos: treinamento@dotlib.com.
EBSCO – diversos editores
A EBSCO também é uma organização que representa vários editores científicos, fazendo a ponte entre as marcas parceiras e as instituições que utilizam os conteúdos.
A empresa oferece uma página de Recursos em Português, onde são encontrados vídeos e tutoriais da plataforma EBSCOHost.
Abaixo estão links de apoio ao usuário de alguns editores representados pela EBSCO:
Elsevier
A editora Elsevier disponibiliza um e-mail de comunicação para atendimento aos usuários: usinfo@elsevier.com.
Além disso, oferece páginas de suporte e material de apoio para alguns conteúdos individualmente:
• ScienceDirect (acesso, FAQ, treinamentos, como usar o produto, conteúdo);
• Scopus (FAQ, correções, tutoriais e acesso e uso) – o Scopus tem ainda um blog com dicas, novidades e outras informações sobre o recurso.
Springer Nature
Eventuais dúvidas de usuários, tanto referentes à plataforma SpringerLink quanto aos periódicos da Nature.com, devem ser direcionadas para a especialista Paula Sebastiany, pelo e-mail de contato paula.sebastiany@springernature.com.
Antes de contatar a profissional, os usuários podem encontrar respostas aos seus questionamentos nos links abaixo, que reúnem conteúdo/materiais de suporte da editora em inglês:
• Tutoriais
• Guias de Usuário
Wiley
Os usuários do Portal de Periódicos têm à disposição vários recursos de pesquisa da Wiley. Para otimizar a experiência de navegação, a editora oferece três canais principais:
• Tutoriais de autoaprendizagem gratuitos e com áudio completo disponível em vários idiomas, inclusive português;
• Guia do usuário para vários conteúdos, incluindo os da Wiley Online Library e da Cochrane Digital Library;
• Registro de alertas que oferece, a partir do preenchimento de um formulário, opções para o usuário ficar por dentro de suas áreas de interesse e novidades da marca.


23 maio 2018


Visite o site da Biblioteca do CENA

A Biblioteca do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA-USP), oferece diversos serviços para otimizar seu tempo na busca de informações técnico-científicas de diversas áreas. 
Mantenha-se atualizado através do boletim informativo "Biblioteca Divulga".
Confira o boletim em: http://bibliocena.blogspot.com.br/


22 maio 2018


SciVal para Pesquisadores na USP Piracicaba

SciVal para Pesquisadores USP 
Data: 23 de maio de 2018 
Horário: 14h – 17h
Local: Sala Ceres da ESALQ/USP
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 
Av. Pádua Dias, 11 – São Dimas
13418-900 – Piracicaba – SP
Inscrições: https://www.doity.com.br/scival-usp-piracicaba-23maio2018

Na atualidade, os pesquisadores e as instituições dedicadas à pesquisa devem balizar suas decisões sobre financiamento, políticas e investimentos de pesquisa em dados e informações concretas. 
SciVal é uma ferramenta inteligente de análise que cobre mais de 8.500 instituições de pesquisa de 220 países em todo o mundo. Utiliza como fonte de dados a Base Scopus, um banco de dados de resumos e citações de publicações de cerca de 22.000 títulos de revistas, 40.000 livros, 6.5 milhões de documentos de conferências e 24 milhões de patentes, totalizando 55 milhões de registros e cobertura de 1995 até o presente, abrangendo ciências, tecnologia, medicina, engenharia, ciências sociais, artes e humanidades.
O objetivo é fornecer aos participantes orientações sobre criação de perfil individual e de grupos de pesquisa, acompanhamento de tendências, prospecção de colaboração internacional, realização de estudos comparativos, mapeamento de competências e mais.

Uma estratégia para dados

Pesquisadores são estimulados a gerenciar e compartilhar as informações científicas que produzem
Gerenciar e armazenar grandes volumes de dados gerados em pesquisas são desafios enfrentados por cientistas em todos os campos do conhecimento. Na última década, algumas das principais agências de fomento, como a National Science Foundation (NSF) nos Estados Unidos e o Economic and Social Research Council do Reino Unido, passaram a exigir que os pesquisadores submetam, junto com as solicitações de financiamento, os chamados planos de gestão de dados, que descrevem como os dados produzidos serão gerenciados, preservados e divulgados em repositórios públicos. O objetivo é promover o compartilhamento de informações de forma a permitir a reutilização ou reprodução de experimentos, com isso acelerando novas descobertas científicas e racionalizando a aplicação de recursos.

No Brasil, não existe a obrigatoriedade da elaboração de planos de gestão. Em outubro do ano passado, a FAPESP deu um primeiro passo e anunciou que os pedidos de financiamento para projetos temáticos – aqueles com duração de cinco anos que se destacam por seus objetivos ousados – devem conter um documento complementar explicitando o plano de gestão de dados. A medida irá se estender gradativamente para outras modalidades de apoio ainda este ano. “Trata-se de uma iniciativa pioneira no país ao estabelecer políticas e diretrizes para o gerenciamento de dados científicos”, afirma Claudia Bauzer Medeiros, professora do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do programa eScience da FAPESP.  Leia mais

A leitura da geração dos 2000

Neste ano de 2018, a geração que entra na Universidade de São Paulo é a geração que nasceu nos anos 2000 e isso exige alguma reflexão. Quem são esses nossos alunos que vivem em uma realidade tão diferente daquela que formou seus pais? As circunstâncias políticas são outras, a vida social foi modificada, as tendências culturais, estéticas e até afetivas mudaram, mas houve, sobretudo, uma revolução no campo das tecnologias. Isso produziu o advento de uma sociedade digital, o que traz efetivamente enormes implicações educacionais. Essa sociedade digital impactou as formas de ler e de conviver.
Presenciamos hoje uma geração de ‘leitores de celulares’. Uma geração profundamente familiarizada com os recursos da internet, mas com alguma dificuldade de discernimento sobre o que ‘merece’ ser lido…
Por sua vez, na contramão da tendência de seu tempo, de alguma maneira, a universidade solicita dessa juventude que lê pelo computador a leitura no livro impresso ou mesmo no xerox, a leitura – digamos – mais tradicional. E tem mesmo de fazer isso. Cada vez mais, entretanto, as sessões de fotocópias das faculdades  têm menos trabalho – por assim dizer. Muitos professores já disponibilizam textos digitalizados. Será que esses textos são mais acessados do que aqueles que vêm por outros suportes? E o que dizer do conteúdo desses textos? Será que lemos o mesmo texto quando o acessamos pelo computador e quando o lemos a partir de um livro? Seria o mesmo texto que é lido? De todo modo, essa forma de leitura – que cada vez mais invade a universidade – leva a que repensemos obrigatoriamente nossas práticas em sala de aula. Fazemos ainda com que os alunos imprimam o que leram? Como trabalhar o conteúdo do que é lido sem que ele possa ser objeto de um registro que acompanhe essa leitura? Para levar o texto para classe, se não o imprimirem, em tese, todos precisariam ter em sala de aula um computador. Essa ainda não é a realidade de muitos dos cursos da universidade. Nesse sentido, a leitura acaba sendo prejudicada. Os alunos parecem ler menos porque leem de outra maneira.
Acresce-se a isso a questão da internet. O contato com uma biblioteca sem fronteiras parece absolutamente sedutor. Aparentemente constam dali todos os conteúdos culturais que podem interessar à juventude. A internet altera os padrões de apropriação do texto. É claro que todos nós também lemos na tela. Acontece que há uma geração nova que está desaprendendo como se lê fora da tela. O uso que a juventude faz da leitura parece ser alguma coisa ainda desconhecida das gerações mais velhas. Será que nós sabemos fazer a leitura de como essa juventude lê? Eis a questão.   Leia mais

Você sabia que seus lápis e canetas também podem ser reciclados?

Para aumentar sua contribuição para um planeta mais limpo, que tal reciclar seus lápis e canetas usados? Quase todo estudante tem aquele velho marcador de texto escondido no fundinho do estojo, mas você já pensou que ele pode ter um destino diferente além do lixo? Pois é. Agora você pode levar seus lápis e canetas usados até o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, em São Carlos.
A iniciativa chegou ao instituto pelas mãos do funcionário Cássio Henrique Jorge. “Existe um projeto mundial chamado Terracycle, que é um programa de coleta e reciclagem de materiais, produtos e embalagens de difícil reciclagem. O objetivo do projeto é viabilizar a coleta e o descarte correto desses resíduos.” Jorge preside a subcomissão de Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (Sads-Recicla) do ICMC.
A ideia da campanha é arrecadar instrumentos de escritas usados para que, mais tarde, sejam reciclados e se transformem em outros materiais. É o primeiro ano em que a campanha entra em prática e, antes dos coletores específicos existirem, esse tipo de material era jogado no lixo comum.
“A tinta da caneta, por exemplo, é composta de um material tóxico, prejudicial ao meio ambiente, além das partes de plástico e de metal demorarem décadas para se decompor”, explica Jorge. Segundo ele, a expectativa é arrecadar uma grande quantidade desses objetos e estimular que a ideia seja ampliada a outros pontos da cidade.
Depois de recolhidos, esses materiais serão enviados para empresas parceiras do Terracycle, onde irão passar por um processo de reciclagem. Os resíduos são transformados em uma nova matéria-prima, chamada Pellet. Essa matéria-prima é vendida e utilizada para a produção de outros objetos como bancos e lixeiras.
Qualquer pessoa pode trazer seus instrumentos de escrita usados para serem depositados nos coletores localizados no bloco 4 do ICMC, ao lado da portaria do prédio, localizado dentro do campus de São Carlos, na Av. Trabalhador São-Carlense, 400. A arrecadação é por tempo indeterminado.
Caso você também queira começar um projeto como esse na sua casa, escola ou escritório, basta se cadastrar gratuitamente nos programas do Terracycle, coletar os resíduos e mandá-los pelos Correios. Você ainda pode escolher uma instituição sem fins lucrativos ou escola pública para receber os valores arrecadados com a reciclagem. Para conhecer mais sobre a iniciativa, é só acessar o site.Confira os instrumentos de escrita que podem ser coletados: lápis grafite, lápis colorido, lapiseiras, canetas, canetinhas coloridas, borrachas, apontadores, marca-texto, marcadores permanentes e marcadores de quadro-branco.

21 maio 2018

Inscrições abertas para o Prêmio Jovem Cientista 2018




Vem aí mais uma edição do prêmio do CNPq para aqueles que têm interesse em contribuir com soluções inovadoras para os desafios brasileiros! Estudantes do ensino médio e superior, mestres e doutores, vocês estão convidados a compartilhar ideias e projetos na área de sustentabilidade ambiental, biodiversidade, empreendedorismo e educação. O tema deste ano é “Inovações para a conservação da natureza e transformação social” e os trabalhos podem ser enviados até 31 de julho. Saiba mais: goo.gl/iMGyyV


Preparando gráficos para um artigo

Esse artigo contém sugestões de como melhorar os gráficos, baseadas na nossa experiência (como autores e revisores) e em recomendações dadas por revistas científicas e pelo American Institute of Physics (AIP).

1- Identifique o objetivo do gráfico, i.e., o que se pretende comunicar? O objetivo é demonstrar que a resposta é linear com o estímulo? Ou é demonstrar a reprodutibilidade de um experimento? As escolhas feitas durante a preparação do gráfico (por exemplo, dados apresentados, tipo de gráfico, tipo de escala, região de interesse, etc.) têm o objetivo de evidenciar o significado dos dados. Portanto, essas escolhas devem ser guiadas pelo que estamos tentando comunicar e devem tornar a comunicação a mais clara possível. O gráfico não é simplesmente um “lugar onde se colocam os dados”.
2- Recomendamos a utilização de um software apropriado para gráficos científicos. Gráficos preparados em Excel em geral têm uma qualidade inferior quando comparados a gráficos preparados usando programas apropriados, como por exemplo o MicrocalTM Origin (MicroCal Software, Inc.) e o SigmaPlot (Systat Software, Inc.).
3- O gráfico precisa ser claro e fácil de “ler”. Segundo o AIP, os gráficos devem ser auto-explicativos. 
4-Aumente o tamanho das letras e dos números. O tamanho deve ser adequado para a leitura depois de redução para o tamanho de impressão.
5- Use melhor a área do gráfico. O espaço do gráfico deve ser usado de forma eficiente para ilustrar a idéia a ser comunicada; o AIP considera inaceitável figuras com grandes áreas em branco ou sem material gráfico.
6- Elimine o título. O título é desnecessário em artigos publicados, uma vez que a informação essencial é fornecida na legenda do gráfico.
7- Aumente a espessura das linhas. A visualização das linhas deve ser possível depois da redução para o tamanho da impressão.
8- Indique o significado das curvas no gráfico. Isso é recomendado pelo AIP e torna a leitura do gráfico mais direta.
9- Altere a escala para facilitar a leitura. Indique as unidades e potências apropriadamente.