17 dezembro 2018

Usuários encontram conteúdo especializado em Genética no Portal de Periódicos

Os dados genéticos estão presentes em todos os seres vivos – até os vírus, que não são considerados seres vivos, carregam tais informações. Isso faz com que a Genética, categoria das Ciências Biológicas, se apresente com vasto campo de atuação. O especialista da área pode, por exemplo, tratar de segmentos ligados aos reinos animal, vegetal e humano, com abordagens diversificadas (desenvolvimento, microrganismos, populações, engenharia genética, aconselhamento genético etc.). O Portal de Periódicos da CAPES disponibiliza um rol de conteúdos com a temática, incluindo a base de dados da Genetics Society of America (GSA).
O fomento a pesquisas da área é indispensável para a sociedade. Com os avanços da tecnologia, é possível, por exemplo, mapear os genes humanos e detectar doenças muito antes que elas se manifestem – entre outras intercorrências que podem ser evitadas ou controladas. A GSA contribui com essa necessidade, por meio da revista científica Genetics. O periódico publica pesquisas originais de alta qualidade, que apresentam novos achados sobre genética e genômica, além de estudos empíricos de organismos que vão desde micróbios a humanos, bem como trabalhos teóricos.
A Genetics é uma publicação revisada e editada por pares, com alcance internacional e crescente visibilidade e impacto. Os usuários encontram no título vários tipos de conteúdo, como comentários, questões atuais de interesse para os geneticistas, perspectivas históricas e material para introduzir a literatura primária em sala de aula, além de coleções temáticas, com perspectivas de seleção genômica, populações multiparentais.
A edição de dezembro de 2018 já está disponível para a comunidade acadêmica e científica que acessa o Portal de Periódicos – os usuários encontram em texto completo todos os volumes com período de cobertura a partir de 1916. O acesso à revista científica pode ser feito a partir da opção buscar base, via plataforma Highwire Press, ou diretamente na caixa de pesquisa buscar periódico.  Fonte: Portal de Periódicos da CAPES

A relevância dos resultados nulos

Experimentos que chegam a respostas negativas são mais frequentes do que se imaginava e desconsiderá-los pode gerar vieses, mostra estudo

Um trabalho publicado na plataforma PsyArXiv indica que a proporção de pesquisas que não conseguem confirmar hipóteses formuladas por seus autores é maior do que se calculava – e sugere que o expediente de descartar ou omitir esses resultados negativos por considerá-los irrelevantes sobrevaloriza os achados positivos e pode produzir vieses. Os psicólogos Chris Allen e David Mehler, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, avaliaram pela primeira vez uma prática que vem ganhando espaço para dar mais transparência ao processo científico: a publicação em revistas especializadas dos chamados relatórios registrados, um tipo de paper que apresenta métodos e planos de análise de uma pesquisa ainda não iniciada, mas que foram avaliados por pares. Posteriormente, essas revistas se comprometeram a publicar os resultados, mesmo que sejam nulos ou inconclusivos, o que permite comparar a ambição do projeto com o seu desfecho.
Ao analisar 113 desses relatórios, que envolviam experimentos em ciências biomédicas e psicologia, a dupla de pesquisadores contabilizou 296 hipóteses formuladas – e observou que 61% delas não foram confirmadas pelos resultados alcançados. De acordo com os dois autores, a literatura científica considerava uma proporção em um patamar bem inferior, entre 5% e 20% de resultados negativos. Existem hoje cerca de 140 periódicos que registram previamente objetivos de pesquisas e depois divulgam os resultados, sejam eles quais forem. Boa parte dessas revistas cataloga protocolos de ensaios clínicos de medicamentos e novas terapias, que, por imposição da legislação dos Estados Unidos, precisam ser registrados antes de sua realização. O cuidado em oficializar os objetivos de um experimento científico previne práticas viciadas, como a modificação extemporânea de hipóteses para adaptá-las a dados já encontrados, ou ao menos evita que resultados negativos sejam esquecidos.  Leia mais  Fonte: Pesquisa FAPESP - dez. 2018

16 dezembro 2018

Diferentes tipos de revisão por pares (peer review)

revisão por pares é o processo pelo qual especialistas na área analisam o artigo e fornecem seus comentários. Os periódicos normalmente têm de 1 a 3 revisores por artigo, dependendo dos critérios de revisão da revista e da disponibilidade de revisores. Não ignore os comentários feitos sobre o artigo. Analise, veja se são pertinentes e implemente-os, a ideia é melhorar o conteúdo. 


15 dezembro 2018

USP e Capes assinam protocolo para reorganizar a Pós-Graduação da Universidade

Acordo prevê que mestrado acadêmico seja uma etapa de qualificação para o doutorado

A USP e a CAPES assinaram, no dia 12 de dezembro, um protocolo de intenções que permitirá à Universidade a reorganização da oferta dos cursos de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado. O acordo foi assinado pelo reitor Vahan Agopyan e pelo presidente da Capes, Abílio Baeta Neves.
As mudanças, que serão discutidas com a comunidade acadêmica, consistem, principalmente, no redesenho da estrutura dos programas de pós-graduação, valorizando a formação no nível de doutorado, a mobilidade nacional e internacional dos estudantes neste nível e os estágios de pós-doutorado.
Dentre os pontos constantes no documento está a proposta de que o mestrado acadêmico passe a ser entendido como etapa de qualificação para o doutorado, e tenha sua duração reduzida. O doutorado, por sua vez, poderá ter seu tempo de conclusão expandido para além dos quatro anos regulares.
“Este convênio permite que a USP possa desenvolver e projetar uma nova visão sobre a pós-graduação”, destacou o reitor.
Para o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Junior, “nosso sistema está desconectado do mundo. A Capes está nos dando a oportunidade de pensarmos e discutirmos um novo modelo de pós-graduação”.
Segundo o protocolo, a Capes deve ajustar os procedimentos de avaliação para atender às mudanças, “sem abrir mão dos padrões que asseguram qualidade comparativamente em termos nacionais, os mecanismos de fomento/financiamento sem prejuízo dos estudantes e dos programas atualmente financiados, recompensando o esforço institucional de maximização do investimento feito em pessoal e cursos”.
Um cronograma para a implementação das mudanças deverá ser estabelecido entre a USP e a Capes.  Fonte: Jornal da USP

14 dezembro 2018

Royal Society Publishing anuncia mudança de plataforma para janeiro de 2019


A Royal Society Publishing – editora que faz parte do acervo do Portal de Periódicos da CAPES – anunciou para janeiro de 2019 a mudança de sua plataforma. “No próximo mês, nossa plataforma de publicação digital migrará da HighWire para a Literatum, da Atypon”, informou o comunicado enviado para usuários e parceiros. 
A Literatum é uma ferramenta utilizada por editores em todo o mundo para hospedar conteúdo. De acordo com a Royal Society, o recurso oferece funcionalidades para pesquisa aprimorada. Além disso, a migração garantirá que todas as páginas da base de dados sejam compatíveis com dispositivos móveis, propiciando aos pesquisadores maior agilidade em consultas rápidas. 
“A nova plataforma inclui ferramentas abrangentes de colaboração de leitores; gerenciamento flexível de acesso por faixa individual e IP; e criação aprimorada de relatórios por meio da função arrastar e soltar. Um recurso de coleta editorial permitirá que os usuários criem coleções de tópicos automatizados ou selecionados”, indicou a equipe da editora. Durante a migração, o acesso ao conteúdo da Royal Society Publishing não deve sofrer alterações. 
Por meio do Portal de Periódicos, os usuários têm à disposição uma coleção que contempla referencial com resumos e textos completos da editora. São 29 títulos de revistas científicas revisadas por pares que cobrem o amplo espectro das Ciências da Vida, Ciências Físicas e Ciências Interdisciplinares. A cobertura varia de 1887 até o presente. 
O Portal de Periódicos da CAPES inclui também uma coletânea retrospectiva da Royal Society com alguns títulos que cobrem o período de 1665 a 1905. O conteúdo por ser acessado por meio da opção buscar base com o termo de pesquisa “Royal Society Journals”. Também é possível consultar revistas científicas individualmente no link buscar periódico.   Fonte: Portal de Periódicos da CAPES


13 dezembro 2018

Cientistas mais influentes de 2018 podem ser acessados pelo Portal de Periódicos da CAPES


A Clarivate Analytics, editora parceira da CAPES e que faz parte do acervo do Portal de Periódicos, publicou recentemente um ranking aguardado por quem se dedica à carreira científica: a lista de pesquisadores altamente citados em 2018 (Highly Cited Researchers 2018 – HCR). Em seu quinto ano, a análise reconhece cientistas em âmbito internacional, selecionados por seu desempenho em pesquisa, demonstrado pela produção de artigos que se classificam no top 1% por citações em seus campos de estudo. A lista tem como base os registros da plataforma Web of Science.
Aproximadamente seis mil pesquisadores foram listados – cerca de quatro mil em campos específicos e dois mil em campos cruzados. Embora nenhum brasileiro tenha ingressado no ranking de 2018, os usuários da comunidade acadêmica do país têm acesso a conteúdos dos cientistas altamente citados por meio do Portal de Periódicos da CAPES. Uma das formas de pesquisar resultados diretamente pelo Portal de Periódicos é na opção buscar assunto, onde é possível inserir, entre outros termos para consulta, o nome do autor.
Como exemplo, abaixo está uma pesquisa com o nome de um dos pesquisadores listados na Highly Cited Researches 2018 – o português Gonçalo Rocha Abecasis, da área de Biologia Molecular e Genética, filiado à Universidade de Michigan (Estados Unidos). 

Ao inserir o termo “Gonçalo Abecasis”, foram recuperados 953 resultados, que incluem trabalhos onde ele é autor ou citações de seu nome. 
Dentro da relação obtida, é possível selecionar algumas opções para refinar os resultados (disponíveis na lateral esquerda da listagem) ou ainda entrar na “busca avançada”, que dá ao usuário a oportunidade de aplicar outras estratégias de pesquisa para filtrar a consulta. A edição 52 do Boletim Eletrônico do Portal de Periódicos destacou a aplicação de metodologias de pesquisa (leia aqui).  Fonte: Portal de Periódicos da CAPES


12 dezembro 2018

Oodi, a biblioteca do futuro

No centenário de sua independência, a Finlândia estreia uma biblioteca que parece saída de um filme de ficção científica. O espaço abriga a literatura mas também a música e o cinema, e robôs ajudam os funcionários na organização dos livros.
As bibliotecas na Finlândia também se expandiram para a economia de compartilhamento, e a Oodi ("Ora" em finlândes) permitirá que os usuários da biblioteca usem uma ampla gama de ferramentas, como um cortador a laser, uma impressora de adesivos e máquinas de costura e bordados.
Com mais de 20 anos de planejamento, os moradores da cidade foram questionados sobre o que gostariam de ter nessa nova biblioteca em eventos, workshops e várias campanhas. Muitos moradores imaginaram uma biblioteca dos seus sonhos para incluir um aconchegante café e bar da biblioteca. Afinal, esta é a nação que não apenas lê mais, mas também bebe mais café. O primeiro andar do Oodi tem um restaurante, café e esplanada, e o terceiro andar tem um café onde você pode levar sua xícara para fora na Varanda dos Cidadãos.
A Finlândia é o país mais letrado do mundo, então não é de surpreender que esteja abrindo uma biblioteca do futuro, um “espaço para reuniões vivas” completo com bibliotecários de robôs, um cinema e um “loft nerd”.
Esta nação de leitores também é conhecida por seu amor pelo design lúdico, inovador e inesperado, de sua mais recente galeria de arte subterrânea. Agora, a biblioteca está consolidando ainda mais essa cidade nórdica como capital da cultura moderna.
Oodi tem entrada franca, de segunda a sexta das 8h às 22h, sábado e domingo das 10h às 20h.  


11 dezembro 2018

Bolsistas do CNPq traduzem Código Internacional de Nomenclatura

As regras do código são seguidas por toda comunidade cientifica internacional que trabalha com Taxonomia
A tradução oficial do livro O Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas, autorizada pala International Association for Plant Taxonomy (IAPT), foi feita por pesquisadores Bolsistas de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Carlos Bicudo, Jefferson Prado e a bolsista de Pós-doutorado Júnior, Regina Hirai, todos pesquisadores do Instituto de Botânica (IBt), foram responsável pela elaboração da obra em português. A tradução foi lançada em novembro.
O Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas é um livro que contém as regras para criação e modificação dos nomes dos organismos mencionados no título do Código. Essas regras são seguidas por toda comunidade cientifica internacional que trabalha com Taxonomia. Jefferson Prado explica que essas regras são usadas, por exemplo, quando um pesquisador descobre uma espécie nova para a ciência, uma espécie não descrita ainda. “Nesse caso, é necessário seguir algumas regras no momento de publicação do nome da espécie”, pontua.
A versão original em inglês está disponível na página da IAPT, no link: https://www.iapt-taxon.org/nomen/main.php e a versão em português também será disponibilizada, em cerca de dois meses. Por enquanto, a publicação está à venda. Leia mais                  
Fonte: CNPq

Estado de São Paulo pode ganhar dois distritos de inovação

Áreas do Ceagesp, na capital paulista, e da Fazenda Argentina, em Campinas, poderão ser transformadas em ambientes de inovação e criatividade; projetos contam com apoio da Fapesp

O Estado de São Paulo pode ganhar, nos próximos anos, dois distritos de inovação – como são chamadas as áreas em regiões já consolidadas de cidades que reúnem empresas, universidades, instituições de pesquisa, incubadoras e startups, favorecendo o surgimento de ideias inovadoras e criativas, como no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Um dos distritos deverá ser situado onde hoje está instalada a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, e o segundo na Fazenda Argentina – uma área de 1,4 milhão de metros quadrados (m²), em Campinas, adquirida, em 2014, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A fim de viabilizar esses projetos, a Fapesp, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), está desenvolvendo um projeto com o objetivo de estabelecer parâmetros conceituais e operacionais para a instalação desses ambientes de inovação e criatividade em São Paulo e Campinas.
“A Fapesp está comprometida com essas iniciativas, que exigirão agregar nessas áreas diferentes esferas dos governos, atores da sociedade civil, grandes empresas e startups. Também será preciso estabelecer uma governança compartilhada a fim de garantir tempo e estabilidade para a maturação desses projetos”, disse Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da Fapesp, durante a Conferência Internacional Distritos de Inovação, que ocorreu dia 22/11, na Fapesp.  Leia mais

10 dezembro 2018

Tese descreve ação da molécula que permite a fecundação das plantas

Trabalho premiado investigou atividade biológica de peptídeos hormonais no sistema reprodutivo de planta-modelo
Assim como os animais, as plantas também dependem de hormônios para crescerem e se reproduzirem. Um grupo desses hormônios era conhecido dos pesquisadores do Laboratório de Bioquímica de Proteínas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, por suas funções nas raízes das plantas quando a bióloga Tabata Bergonci topou a tarefa de explicar o que eles faziam também nos tecidos do sistema reprodutivo. Os resultados foram a descrição inédita da atividade de quatro peptídeos – pequenas cadeias de aminoácidos, menores do que uma proteína – nesses tecidos e a descoberta de que um deles é fundamental para permitir a fecundação das plantas.

A tese de Tabata Bergonci, intitulada Peptídeos RALF em tecido reprodutivo: caracterização e efeito dos AtRALF 4, 25, 26 e 34, foi contemplada com o prêmio Tese Destaque USP 2018 e rendeu um artigo publicado na revista Science, em dezembro do ano passado. O artigo combinou os resultados apresentados na tese de Tabata com o trabalho de pesquisadores de China, USA, México e Alemanha.

O artigo publicado na Science incluiu os resultados da pesquisa com os RALF 4 e 34 e dá um passo além da pesquisa de doutorado de Tabata. É uma história posterior à defesa da tese na Esalq, que aconteceu em agosto de 2016. Segundo Moura, a história começou a se fechar graças à descoberta da atividade biológica descrita pela pesquisadora. Este vídeo produzido na época da publicação conta, resumidamente, quais foram os achados descritos no artigo:   https://youtu.be/iP42BBtR3gk -  Leia mais.

China quer todas as suas pesquisas científicas publicadas em acesso aberto

Agências chinesas de fomento divulgaram intenção de apoiar o Plano S, principal iniciativa europeia contra o paywall em revistas científicas

O movimento mundial pelo acesso aberto às publicações científicas acaba de ganhar um aliado de peso. Representantes de agências de fomento à pesquisa da China anunciaram que pretendem exigir que todos os artigos produzidos a partir de estudos financiados com recursos públicos fiquem imediatamente disponíveis para leitura gratuita.
O anúncio, divulgado em reportagem da revista Nature, foi feito pelas organizações chinesas na Alemanha, no início desta semana, durante a 14ª Conferência de Acesso Aberto de Berlim, convocada pela Sociedade Max Planck. A penúltima edição da conferência, em 2015, marcou o lançamento da Iniciativa Open Access 2020 (OA 2020), que reúne atualmente os líderes do movimento global pelo acesso aberto.  
Veja o texto na íntegra: Direto da Ciência

Ética para autores - Lista de verificação

A publicação de um artigo em uma revista com revisão por pares (peer-review) é um reflexo direto da qualidade do trabalho do autor e das instituições que o apoiam, por esta razão é importante estar de acordo com os padrões de comportamento ético esperado. Veja alguns pontos, que você como autor, deve estar atento.



08 dezembro 2018

Correios lançam selos em homenagem a cientistas brasileiros

César Lattes e Joanna Döbereiner ilustram dois selos interligados por um átomo, elemento comum entre os dois cientistas. Os lançamentos serão nos dias 11, 14 e 19 de dezembro em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, respectivamente


Os Correios vão lançar dois selos homenageando o cientista César Lattes, cujo trabalho e dedicação impulsionaram a construção da estrutura político-administrativa de ciência no Brasil, e a cientista Joanna Döbereiner, pioneira no estudo da biologia do solo e na pesquisa sobre a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) nas plantas pela bactéria rhizobium, descoberta que se tornou referência mundial e revolucionou a agricultura no País. Os lançamentos serão nos dias 11, 14 e 19 de dezembro em São Paulo (Museu Catavento), Rio de Janeiro (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) e Curitiba (Universidade Federal do Paraná), respectivamente.
A tiragem é de 360 mil selos, ao custo de R$ 1,85 cada. As peças poderão ser adquiridas nas agências dos Correios e na loja virtual da estatal.
Segundo o edital, os dois selos são interligados por elemento em comum entre os dois cientistas retratados: um átomo. “Neste caso, o átomo é de nitrogênio e foi representado de maneira lúdica como nos livros didáticos. As cores de base de cada selo também buscam se relacionar com o campo de atuação dos dois cientistas”.
De acordo com o edital, o desenho de César Lattes busca ilustrar uma grande descoberta do cientista que é a partícula atômica Méson Pi. Lattes estudou os raios cósmicos, montando um laboratório em uma montanha nos Andes e utilizando chapas fotográficas melhoradas com boro. Por fim, na textura ao fundo de sua imagem, foram utilizados alguns rascunhos, representando cálculos e fórmulas.
Já a ilustração da engenheira agrônoma Johanna Döbereiner, que foi pioneira no estudo da biologia do solo e seus estudos tiveram grande impacto na produção agrícola brasileira, demonstra sua principal pesquisa: a relação entre uma planta e as bactérias fixadoras de nitrogênio. Como textura ao fundo de sua imagem, foram utilizadas ilustrações em vetor de folhas e leguminosas.

07 dezembro 2018

Publicação mostra caminhos para transformar ciência em notícia

Material traz orientações práticas para facilitar a comunicação entre jornalistas e cientistas

A Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP acaba de disponibilizar online o guia 
De cientista para jornalista – noções de comunicação com a mídia, de autoria das jornalistas Luiza Caires e Aline Naoe.
A ideia do material, primeiro, é mostrar a estrutura de comunicação da USP e os canais de contato com a mídia que estão à disposição.  E, claro, oferecer orientações práticas para fazer isso, contando como a mídia funciona, sua linguagem, como fazer um tema virar pauta, redigir um press release, a rotina dos jornalistas, e como lidar de maneira eficiente com eles.
E por que um cientista ou acadêmico deveria se interessar por isso? Como argumentam as autoras, “cientistas que usam bem a mídia e estão presentes nos meios de comunicação conquistam bons resultados para eles próprios, para seus projetos e para suas organizações”. Esta é também uma estratégia de chegar até financiadores de pesquisa, administradores públicos e também outros acadêmicos – lembrando que os cientistas também acompanham a mídia. “Trata-se menos de se comunicar com a mídia do que de utilizá-la para se comunicar com vários tipos de públicos”, dizem.
 Elas lembram também que, pela questão ética, faz parte da missão da Universidade tornar acessível a um público mais amplo o conhecimento e a inovação que produz. E que, em última análise, ações de difusão da ciência também ajudam a população a tomar decisões em sua vida diária de maneira mais bem informada, melhorando sua qualidade de vida. Além disso, boas histórias envolvendo ciência podem inspirar o público jovem a seguir a carreira científica, compartilhando da sua paixão pelo conhecimento. “Divulgar a ciência é também valorizar a própria ciência”, finalizam.  
Fonte: Jornal da USP - 5/12/18


05 dezembro 2018

IAEA disponibiliza o aplicativo Isotope Browser

A International Atomic Energy Agency (IAEA) elaborou e disponibilizou de forma gratuita o aplicativo Isotope Browser. O aplicativo é basicamente um banco de dados para isótopos/radionuclídeos conhecidos atualmente que funciona como um livro de consultas interativo em seu celular.


04 dezembro 2018

USP tem 136 cursos avaliados com cinco estrelas

Neste ano, o Guia avaliou 144 cursos de todas as áreas de conhecimento
Na avaliação dos cursos superiores realizada anualmente pelo Guia do Estudante, a USP teve 136 de seus 144 cursos classificados com cinco estrelas, considerada a nota máxima. O resultado completo da análise está disponível no Guia do Estudante Profissões Vestibular 2019.
Outros sete cursos da Universidade foram classificados com quatro estrelas e apenas um recebeu três estrelas. Na edição passada, 121 dos 141 cursos avaliados pela publicação obtiveram cinco estrelas e 20 receberam quatro estrelas.
Publicado pela Editora Abril, o Guia do Estudante é um dos principais veículos de divulgação de instituições de ensino superior do Brasil e de avaliação de cursos superiores de bacharelado e licenciatura. A análise consiste de uma pesquisa de opinião feita, basicamente, com professores e coordenadores de curso. Eles respondem a um questionário composto de 15 questões com temas relativos ao corpo docente, produção científica e instalações físicas, entre outros, e emitem conceitos que permitem classificar os cursos em bons (três estrelas), muito bons (quatro estrelas) e excelentes (cinco estrelas).

03 dezembro 2018

Em meio à crise do mercado editorial, na USP o livro é uma festa

Evento na Universidade traz mais de 200 editoras e oferece preços convidativos, mostrando que a crise livreira pode ser, sim, vencida


"Ver isso assim enche a gente de esperança”  disse, em tom ao mesmo tempo animado e de desabafo, o editor e professor Plinio Martins Filho. Idealizador da Festa do Livro da USP quando era presidente da Edusp, ele se referia à multidão que circulava pelos pavilhões na última quarta-feira, quando a festa foi aberta. Em sua 20ª edição, a Festa do Livro contou com 230 editoras (cem a mais do que no ano passado), em sua maioria pequenas e médias, daquelas cujos livros são difíceis de se encontrar nas livrarias cotidianas. A expectativa era que cerca de 70 mil pessoas visitassem a festa durante seus quatro dias. E frise-se: sem ter que pagar entrada e com livros com descontos mínimos de 50%, podendo chegar até a delirantes e muito bem-vindos 90%. Assim, se vendem mais livros. Assim, se divulga o mercado livreiro. Assim, se formam leitores.
A Festa do Livro, no final das contas, acaba sendo um contraponto às Bienais do Livro de São Paulo e Rio de Janeiro que, se ajudam a divulgar o livro, não colaboram para sua popularização ou maior vendagem. “A Bienal acabou ficando inviável financeiramente, apesar de eu acreditar que qualquer evento em prol do livro seja positivo. Com a Festa do Livro, pode-se participar praticamente sem despesas. E em termos de consumo, de aquisição do livro, a festa se tornou muito importante. E a Universidade tem um papel enorme nesse processo”, garante Martins Filho. “Afinal, é um serviço de extensão da USP, talvez um dos mais importantes, que é dar acesso à produção editorial brasileira, com preços acessíveis.” Por isso, afirma ele, o evento foi batizado de “festa”, e não “feira”. “É um ato de amor ao livro, é uma festa para o livreiro, para as editoras, para o leitor. Existe público para o livro, sim. O que falta é uma política séria para o mercado editorial.”  Fonte: Jornal da USP - 30/11/18. 
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Obra analisa capas de livros didáticos do século passado

Estudo reúne diferentes técnicas utilizadas pelos designers e evidencia a importância imagética dessas publicações.

Você julga um livro pela capa? Didier Dias de Moraes defendeu tese de doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP sobre o design das capas de exemplares didáticos no País. Tendo como base as produções da Editora Ática durante as décadas de 1970 e 1980, Moraes examinou técnicas e estratégias para estabelecimento do que foi designado como uma “nova visualidade”. A tese virou livro e foi publicada pela Editora da USP (Edusp), com o título Design de Capas do Livro Didático — A editora Ática nos anos 1970 e 1980.
A obra de Moraes chega com argumentos que provam a importância imagética nos livros didáticos. Com foco nas capas, o estudioso afirma que o visual não deve ficar em segundo plano nas publicações.
A época escolhida para basear o estudo — a década de 1970 — não é aleatória. Foi naquela época que designers americanos começaram a trabalhar em torno do conceito chamado visual literacy — a competência de especialistas e espectadores de interpretarem mensagens visuais. Também no início da década mencionada, ao lado da consolidação das televisões, houve uma grande expansão da indústria cultural de massa e a chegada de novos movimentos jovens, colaborando ainda mais para reafirmar a importância das imagens.
“Eu me lembro do impacto causado pelo lançamento da revista Realidade em 1966, com páginas ilustradas em quantidade praticamente igual à das páginas de textos verbais”, cita o editor Jiro Takahashi, no prefácio do livro.
Além da minuciosa análise da página que mais importa em um livro — a primeira —, Moraes tem o cuidado de estudar todo o ambiente em que as capas estavam sendo produzidas. Caminhando das redações da Editora Ática ao cotidiano nacional, o pesquisador alinha fatos e necessidades — tanto internas quanto externas — para chegar naquilo que foi definido como o produto final e afirmar que as capas não eram produzidas casualmente.
No seu livro, Didier separa as capas documentadas em três categorias: tradicionais, novas e inovadoras. Cada grupo com seus padrões e diferentes relevâncias. O livro revela também análises de designers e técnicas como montagens fotográficas e fotografias, ilustrações e ilustrações de humor, referências e os cartuns.
Muito mais que um estudo, a publicação serve de registro para a memória editorial brasileira, reconhecida pelo autor em sua apresentação como “escassa”, uma vez que, no Brasil, raros são os livros que falam simplesmente sobre outros livros. Fonte: Revista USP.  
Design de Capas do Livro Didático, de Didier Dias de Moraes, Edusp/Com Arte, 296 páginas. 

Quem é melhor para as revistas: editores acadêmicos ou profissionais?

O texto a seguir é uma tradução livre da matéria publicada no dia 8 de novembro de 2018 no Blog da Times Higher Education (THE) intitulado Are academic or professional editors the best for journals? Qual é a melhor opção quando se trata de publicar periódicos científicos – o editor profissional ou acadêmico? Rachael Pells analisa os prós e contras. 
Durante séculos, os periódicos científicos foram todos administrados por sociedades eruditas e editados pelos cavalheiros, ricos e independentes, amadores que compunham a vasta proporção de estudiosos e cientistas. Mas, embora a pesquisa tenha se tornado profissional há muito tempo, a maioria dos periódicos ainda é editada por cientistas que trabalham meio período em efetiva base  amadora, já que seus salários são pagos não pelos editores, mas por universidades e organizações de pesquisa.
Assim, a primeira prioridade dos editores acadêmicos provavelmente é o sucesso de seus próprios programas de pesquisa. E isso leva alguns autores a questionar seus motivos, vieses e níveis de atenção. Para seus críticos mais severos, tais editores estão muito ocupados e ligados a suas próprias pesquisas para reconhecer o valor de artigos que adotam abordagens muito diferentes ou chegam a conclusões contrastantes – e não são avessos a adiar ou rejeitar manuscritos porque querem publicar as idéias que eles contêm antes de um concorrente, ou porque querem prejudicar um crítico.
Então, os editores profissionais em tempo integral são uma solução melhor? De acordo com Aileen Fyfe, professor de história moderna na Universidade de St. Andrews e especialista em publicações científicas, os editores profissionais surgiram em 1919, quando a Nature começou a pagar ao seu segundo redator-chefe, Richard Gregory, um salário em troca de se concentrar mais do seu tempo no periódico. Agora, isso é comum em títulos científicos de maior prestígio, como NatureScience e Cell.  Leia mais