27 abril 2017

Fapesp bloqueará verba de instituição que não adotar medidas antiplágio


Não combater a picaretagem acadêmica pode custar dezenas de milhões de reais para as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo. 
A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do  Estado de São Paulo) deve, ainda em 2017, começar a indeferir projetos de melhoria na infraestrutura de instituições que não criarem um escritório voltado ao estímulo da integridade acadêmica. Para cada projeto de pesquisa aprovado pela Fapesp, um valor correspondente a 10% da verba é destinado à instituição de pesquisa para esses projetos de melhoria. No ano passado foram repassados R$ 56 milhões a tais projetos em 141 entidades.

Segundo Luiz Henrique Lopes dos Santos, membro da diretoria da Fapesp e professor de filosofia da USP, entre as instituições paulistas só a UFABC (Universidade Federal do ABC) tem um órgão do tipo em seu organograma.

"Faz cinco anos que todo mundo está avisado que isso aconteceria. Está no termo de outorga assinado pelo responsável da instituição", diz.O escritório de integridade acadêmica deve cuidar de atividades de educação, treinamento e investigação de casos de plágio e de outros desvios de conduta, como fraudes em artigos científicos. "É um recado para os pesquisadores", diz Santos. Para ele, o avanço obtido até então é muito discreto. "Hoje, mesmo as instituições que montam comissões ou sindicâncias para investigar casos de fraude são muito lenientes."

Leia na íntegra: goo.gl/SU5Vuz