Pesquisadores propõem estratégias para tornar mais confiáveis acervos de bases on-line sobre biodiversidade
A rede speciesLink, uma das bases nacionais de biodiversidade, permite a seleção de informações sobre a ocorrência e a distribuição de espécies de microrganismos, algas, fungos, plantas e animais. Desenvolvida a partir de 2001 com apoio da FAPESP, integrando 12 coleções biológicas do estado de São Paulo, a base se expandiu, principalmente com o Herbário Virtual da Flora e dos Fungos, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (CNPq), e hoje reúne registros de 470 coleções do Brasil e de outros países. Essas coleções compartilham cerca de 9 milhões de registros de 125 mil espécies, das quais 2.756 ameaçadas de extinção.
Do total de registros, 68% possuem coordenadas geográficas exatas, no município indicado na coleta, 23% não têm informação sobre a localização da coleta e 8% apresentam dados imprecisos. As coordenadas de 1% do total de registros estão bloqueadas para verificação pelos curadores, os especialistas responsáveis pelos dados de cada coleção. “Se um dado for considerado sensível, como a coordenada geográfica de uma espécie ameaçada de alto valor comercial, a localização ou até o registro completo pode ser bloqueado. Cabe ao curador decidir o que deve ser compartilhado na rede”, diz a engenheira de alimentos Dora Canhos, diretora do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), de Campinas, instituição responsável pelo desenvolvimento e manutenção da rede speciesLink. “Todo erro precisa ser corrigido na origem. Nenhum registro é alterado pelo Cria.” Uma vez incorporada à rede, a informação é compartilhada de forma livre e aberta a qualquer interessado. Leia mais