17 abril 2019

Como sobreviver sem assinar revistas científicas

Ferramentas digitais e redes sociais ajudam estudantes e pesquisadores a encontrar artigos na internet

Universidades de vários países estão criando novos arranjos para ampliar o acesso à literatura científica depois de suspender contratos de assinaturas com grandes editoras, considerados caros e abusivos. Para atender ao menos em parte as necessidades de informação de seus alunos e pesquisadores, as instituições apostam em ferramentas que ajudem a localizar na internet cópias de papers disponíveis em acesso aberto e no apoio de redes de bibliotecas e de mídias sociais para obter artigos de conteúdo restrito. A Universidade da Califórnia (UC), nos Estados Unidos, por exemplo, anunciou em fevereiro o rompimento com a editora holandesa Elsevier, por meio do qual, a um custo de quase US$ 11 milhões por ano, seus 273 mil estudantes e 68,4 mil docentes e pesquisadores podiam ler documentos publicados em 2,4 mil periódicos. Responsável por cerca de 10% de toda a produção científica norte-americana, a UC pressionava a Elsevier a aceitar um novo acordo, em que fariam parte de um único pacote o preço das assinaturas e as taxas pagas pelos pesquisadores da universidade para publicar seus artigos em acesso aberto em títulos da editora. A Elsevier insistiu em manter o esquema tradicional para a maioria de seus periódicos, cobrando assinaturas e taxas de publicação de artigos e exigindo quantias extras quando o autor quer divulgar seu paper livremente na web.  Por: Fabrício Marques - Pesquisa FAPESP - abril 2019