06 julho 2019

Produção científica brasileira tem reconhecimento mundial

Para longe de pensamentos obscurantistas, é fato que o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil constitui condição essencial para um verdadeiro desenvolvimento socioeconômico e para a implantação de uma sociedade mais justa no País.A nossa produção científica praticamente dobrou do começo para o fim da primeira década do século 21 e continuou sua ascensão consistente. 
Essa expansão notável, fruto de algumas políticas muito bem estruturadas, foi baseada na capacidade de produzir ciência das universidades públicas brasileiras, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), duas grandes universidades estaduais paulistas, além de outras universidades federais, como a do Rio de Janeiro (UFRJ), a de Minas Gerais (UFMG) e a do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mais de 95% da produção científica do Brasil nas bases internacionais deve-se à capacidade de pesquisa de suas universidades públicas. 
De acordo com uma pesquisa feita pela Clarivate Analytics, o Brasil, no período de 2011 a 2016, publicou mais de 250 mil artigos na base de dados Web of Science em todas as áreas do conhecimento, correspondendo à décima terceira posição na produção científica global, na qual se apresentam mais de 190 países. 
Para falar sobre a situação atual da ciência no Brasil, o Diálogos na USP recebeu os professores Marco Antonio Zago, ex-presidente do CNPq, ex-reitor da USP e atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e Marcos Silveira Buckeridge, diretor do Instituto de Biociências da USP e ex-presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. 
Marco Antonio Zago destacou que a ciência brasileira se fortaleceu muito nas duas últimas décadas, adquirindo reconhecimento mundial. Ainda assim, ele disse acreditar que “existe uma divisão muito nítida entre o potencial do País como um todo e do Estado de São Paulo, que tem um vigor obviamente muito mais evidente”. 
Marcos Silveira Buckeridge salientou que não há mais uma distinção entre laboratórios brasileiros e estrangeiros, além de ressaltar áreas nas quais a ciência brasileira vem despontando, como a agricultura e a engenharia. “Nós temos uma produção científica não só muito boa em si, mas que também veio fornecendo produtos que realmente fazem uma diferença na sociedade hoje. A ciência não ficou só na produção científica”, afirmou   Leia mais.   Fonte: Jornal da USP – 05/07/19