08 agosto 2019

Publicações científicas - Produção mais visível

Universidades estimulam pesquisadores a armazenar e tornar disponíveis cópias de seus artigos em repositórios institucionais

Grandes universidades mantêm repositórios bem organizados que são fundamentais para centralizar e disseminar sua produção científica e armazenar dados de pesquisa. Recentemente, a Universidade de São Paulo (USP) decidiu dar incentivos para que seus pesquisadores arquivem cópias de artigos e documentos de sua autoria no repositório da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica. 
O objetivo é permitir que o conhecimento gerado na universidade seja consultado livremente na web. Segundo Jackson Bittencourt, diretor técnico da agência e pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), a intenção é dar apoio aos pesquisadores para que tornem seus artigos disponíveis para download rapidamente, de preferência logo após a publicação. Em certos casos, isso não é possível porque alguns periódicos impõem um período de embargo para divulgação na internet ou só permitem a divulgação de versões preliminares do trabalho. “Queremos tornar o acesso aberto uma política mais evidente para os pesquisadores da USP”, diz Bittencourt.
A USP tem arquivado 20% de sua produção científica disponível no repositório institucional, no qual é possível consultar 32 mil teses e 47 mil dissertações. Parte dos artigos de seus pesquisadores está publicada em um conjunto de 183 periódicos de institutos e faculdades da USP, com mais de 90 mil artigos em acesso aberto. Mas, como a política de acesso aberto é recente, apenas 41,6 mil papers de autores da USP que foram divulgados em outras publicações estão disponíveis no repositório. A instituição quer ampliar o conjunto de artigos depositados sem que os autores tenham trabalho com isso. “Se o pesquisador informar que um paper foi publicado, teremos mecanismos digitais para obter uma cópia e arquivá-la”, diz Bittencourt.  Leia mais
Fonte: Pesquisa FAPESP - agosto 2019