Quando o PLOS ONE estreou em 2006, seus fundadores declararam que transformaria a publicação científica. Foi a primeira revista multidisciplinar, de grande volume e acesso aberto, que publicou ciência tecnicamente sólida, sem considerar a novidade. Cinco anos depois, Peter Binfield, então editor, previa que, até 2016, 50% de todos os trabalhos científicos apareceriam em 100 desses "megajornais".
Com sede em San Francisco, Califórnia, o PLOS ONE cresceu e se tornou a maior revista do mundo, publicando mais de 30.000 artigos no auge em 2013 e gerando mais de uma dúzia de imitadores - mas os megajournals ficaram aquém dos objetivos de Binfield. De 2013 a 2018, a produção do PLOS ONE caiu 44%. Outro megajornal, Scientific Reports, superou o tamanho do PLOS ONE em 2017, mas viu a contagem de artigos cair 30% no ano seguinte, de acordo com dados do banco de dados Scopus da editora Elsevier. O crescimento em novos mega-periódicos não compensou as quedas. Em 2018, o PLOS ONE, Scientific Reports e 11 megajornais menores publicaram coletivamente cerca de 3% do total de artigos globais.
O PLOS ONE e o Scientific Reports também escorregaram em outras medidas de desempenho. As velocidades de publicação, um importante ponto de venda inicial, caíram. E um estudo publicado em agosto mostrou que, por certas medidas baseadas em citações, a conexão dos periódicos à vanguarda da ciência se desgastou. Leia mais. Fonte: Science - outubro 2019