05 março 2020

O perfil dos laboratórios públicos

O perfil de cada laboratório público define a intensidade de sua produção científica e tecnológica


Laboratórios públicos ligados a universidades, com equipes formadas predominantemente por estudantes de pós-graduação, tendem a produzir mais artigos científicos, enquanto instalações estabelecidas fora do ambiente universitário, com times compostos sobretudo por técnicos, depositam mais pedidos de patentes. A conclusão é de pesquisadores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Fearp-USP), que analisaram centenas de laboratórios do país e mapearam sua produção científica e tecnológica. “O objetivo foi tentar compreender como diferentes modelos de laboratórios estavam relacionados à produtividade científica e tecnológica”, explica Alexandre Dias, um dos autores do estudo apresentando os resultados, publicado em dezembro na Economics of Innovation and New Technology.
Dias e Kannebley selecionaram 1.412 desses laboratórios e analisaram uma série de informações que haviam sido levantadas pelo Ipea a partir de um questionário enviado aos seus coordenadores. O levantamento reuniu dados sobre o valor estimado da infraestrutura física dos laboratórios e de seus equipamentos, a composição de suas equipes, os vínculos de cooperação, as atividades realizadas, os custos operacionais, as fontes de recursos, entre outros. Com isso, os pesquisadores distinguiram os laboratórios em cinco categorias distintas. Em seguida, cruzaram as informações coletadas com dados de publicações e patentes dos pesquisadores vinculados aos laboratórios avaliados. Para isso, recorreram à plataforma Lattes, da qual extraíram informações sobre a produção científica e tecnológica deles.  Leia mais.  Fonte: Pesquisa FAPESP - março 2020