Um problema de pesquisa toma, frequentemente, a forma de uma pergunta: “O que será que…? ”; “Como tal coisa se caracteriza? ”; “Que sentido tem…? ”; “Por que tal processo acontece? ”; “Que diferenças existem entre…? ”; “Quais as formas diversificadas e variações de tal processo comunicacional?”. Entretanto, nem sempre é fácil mensurar a qualidade do nosso questionamento.
1. Escreva tudo o que você já sabe sobre o tema de seu interesse. Para tanto, busque essas informações em:
- Experiências práticas;
- Observações casuais que tenha feito sobre o objeto;
- Leituras.
2. Utilize as dúvidas percebidas para mobilizar sua curiosidade e comece a escrever perguntas.
O prêmio aqui não é para as boas questões, mas para a maior diversidade.
3. Marque (com post-it, cor, anotação etc., escolha sua forma de marcar) as perguntas que expressam:
- Apenas falta de informação e de maiores estudos;
- Demandas por soluções concretas, ações, propostas diretas sobre o que fazer;
- Perguntas para as quais você já tem resposta;
- Questões amplas demais, muito genéricas e vagas, que você não consiga relacionar a uma busca específica de conhecimento;
- Apenas uma possibilidade binária exclusiva de resposta: ou uma coisa, ou outra;
- Importante: não jogue fora nenhuma dessas perguntas, apenas faça marcações. Elas talvez tenham forte utilidade para definir o horizonte em função do qual o problema pode ser construído.
4. Procure então organizar as perguntas. Essa organização pode ser:
- Mais relevantes e secundárias;
- Mais amplas e mais específicas;
- Independentes entre si ou relacionadas;
- Relacionadas em paralelo ou por subordinação;
- Mais teóricas ou mais voltadas para a busca de dados, etc.
5. Quando tiver chegado a um conjunto mais ou menos consistente, veja se consegue escrever um pequeno texto para “explicar”:
- O que é tal conjunto de perguntas;
- Por que ele é interessante;
- Como efetivamente configura sua curiosidade sobre o tema (por meio de uma pergunta). Fonte: Revista Observatório - 02/05/20