14 agosto 2020

Reflexões sobre a minha trajetória na USP

Em comunicado, reitor Vahan Agopyan escreve sobre sua carreira na Universidade e a importância da autonomia financeira conquistada em 1989

Este texto tem caráter mais pessoal do que institucional: hoje completo 45 anos de docência formal na USP. Se contarmos meu tempo de alunado, tenho mais de 50 anos de atuação na Universidade. Por isso, peço licença para compartilhar com você essa minha experiência de vida.
Quando da minha graduação, tive a felicidade de me destacar nas duas disciplinas de Materiais de Construção, oferecidas no 5º e 6º semestres do curso de Engenharia Civil da Poli e, com isso, fui convidado a me candidatar a uma Bolsa de IC da Fapesp. Provavelmente fui um dos primeiros bolsistas de IC na Engenharia e um dos dois únicos da minha turma de 200 alunos. Fiz IC em 1973 e 1974, utilizando a infraestrutura do laboratório de uma empresa, já que não se tinha, na USP de então, esse tipo de facilidade: eram outros tempos. Essa oportunidade definiu a minha vida profissional e me conduziu para a carreira acadêmica.
Ser professor da USP não era simples para um jovem. Fui contratado no RTC, em 1975, na vaga do meu orientador que, infelizmente, faleceu precocemente. Nesse momento, como acontecia à época, entrei em uma fila para obter a mudança para RDIDP. Com a contratação, perdi a Bolsa de Mestrado da Fapesp que tinha. Meu salário no RTC, como Auxiliar de Ensino, correspondia à metade do valor dessa bolsa e, para sobreviver, trabalhei em empresa de projetos, construtora e no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), como autônomo.  Leia a íntegra do texto.    
Fonte: Jornal da USP - 13/08/20