Uma pesquisa
desenvolvida em parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e
o Institut de Ciències del Mar (ICM) do Consejo Superior de Investigaciones
Científicas (CSIC) de Barcelona, na Espanha, caracterizou o conteúdo gênico da
microbiota do rio Amazonas e usou essas informações para entender como a
matéria orgânica terrestre é processada no rio à medida que deságua no oceano.
O trabalho
foi financiado pela Petrobras, em convênio de pesquisa com a UFSCar, no âmbito
do Laboratório de Biologia Molecular, coordenado pelo professor Flavio Henrique da SIlva. A
pesquisa também teve financiamento da FAPESP por meio do projeto “Biodiversidade e processos microbianos em
ecossistemas aquáticos”.
O conteúdo
gênico foi realizado a partir de um conjunto de 106 metagenomas do rio
Amazonas, que cobrem mais de 2 mil quilômetros de seu curso, incluindo a região
da pluma, que deságua no oceano Atlântico. O levantamento deu origem ao maior
Catálogo de Genes Microbianos não Redundantes da Bacia do Rio Amazonas
(AMnrGC), com cerca de 3,7 milhões de genes, a maioria deles pertencente a
bactérias.
Os resultados foram publicados em artigo na revista científica Microbiome. O catálogo inclui, por exemplo, sequências para enzimas que podem ser utilizadas para a produção de etanol de segunda geração, uma delas já estudada pelo grupo. Saiba mais.
Fonte: Agência FAPESP - 19/11/20