30 julho 2021

Fapesp, um patrimônio da população paulista

A comemoração dos 60 anos da Fapesp é uma oportunidade para examinar criticamente o passado e planejar o futuro. Vivemos um tempo de transformações; as mudanças globais foram bruscamente aceleradas pela pandemia que tomou o mundo. Transformações, nem sempre positivas, comprimiram um decênio em alguns meses. O mundo mudou e não voltará atrás. E a Fapesp, também mudou? Certamente, sim! Mudanças fazem parte da vida das instituições vigorosas porque aquelas que não evoluem morrem ou tornam-se obsoletas.
Em seis décadas, a agência expandiu seu espectro de atuação, modificou e ampliou programas afinados com as transformações da sociedade e com o avanço da ciência e da tecnologia. A realidade é, pois, muito distante do estereótipo de uma organização voltada apenas à ciência acadêmica, sem preocupação com o mundo real e com os temas urgentes da sociedade.
No seu primeiro decênio, predominaram a atenção com a ciência básica e com a infraestrutura de pesquisa, ainda muito incipiente nas universidades e nos institutos, e um esforço para atualizar o conhecimento e a pesquisa no Estado, favorecendo o contato com o exterior, a vinda de pesquisadores reconhecidos e a organização de reuniões científicas.   
Desde seus primórdios, as bolsas para a formação de recursos humanos representaram um claro diferencial em relação ao restante do País, fortalecendo a renovação de uma elite de especialistas que garantem a qualidade da ciência, da educação e da gestão do Estado. Contamos com uma comunidade de 74 mil pesquisadores em instituições acadêmicas, governo e empresas inovadoras. Foram os pesquisadores jovens apoiados por bolsas e auxílios da Fapesp que lideraram a mudança significativa da ciência paulista a partir da metade dos anos 1990. Veja maisLeia também: Livro celebra contribuições da Fapesp para o desenvolvimento da ciência nacional.   Fonte: Jornal da USP - 20/07/21