A comemoração dos 60 anos da Fapesp é
uma oportunidade para examinar criticamente o passado e planejar o futuro.
Vivemos um tempo de transformações; as mudanças globais foram bruscamente
aceleradas pela pandemia que tomou o mundo. Transformações, nem sempre positivas,
comprimiram um decênio em alguns meses. O mundo mudou e não voltará atrás. E a Fapesp, também mudou? Certamente,
sim! Mudanças fazem parte da vida das instituições vigorosas porque aquelas que
não evoluem morrem ou tornam-se obsoletas.
Em seis décadas, a agência expandiu seu
espectro de atuação, modificou e ampliou programas afinados com as
transformações da sociedade e com o avanço da ciência e da tecnologia. A
realidade é, pois, muito distante do estereótipo de uma organização voltada
apenas à ciência acadêmica, sem preocupação com o mundo real e com os temas
urgentes da sociedade.
No seu primeiro decênio, predominaram a
atenção com a ciência básica e com a infraestrutura de pesquisa, ainda muito
incipiente nas universidades e nos institutos, e um esforço para atualizar o
conhecimento e a pesquisa no Estado, favorecendo o contato com o exterior, a
vinda de pesquisadores reconhecidos e a organização de reuniões científicas.
Desde
seus primórdios, as bolsas para a formação de recursos humanos representaram um
claro diferencial em relação ao restante do País, fortalecendo a renovação de
uma elite de especialistas que garantem a qualidade da ciência, da educação e
da gestão do Estado. Contamos com uma comunidade de 74 mil pesquisadores em
instituições acadêmicas, governo e empresas inovadoras. Foram os pesquisadores
jovens apoiados por bolsas e auxílios da Fapesp que lideraram a mudança
significativa da ciência paulista a partir da metade dos anos 1990. Veja mais. Leia também: Livro celebra contribuições da Fapesp para o desenvolvimento da ciência nacional. Fonte: Jornal da USP - 20/07/21