01 dezembro 2021

Comunicação científica | Diretriz clara e precisa

Política de acesso aberto da FAPESP define que artigos científicos devem ter conteúdo disponível no máximo 12 meses após sua publicação

A FAPESP anunciou um aperfeiçoamento em sua política de acesso aberto a publicações que busca acelerar e dar mais transparência à divulgação dos resultados de pesquisa. Uma portaria lançada em 27 de outubro determinou que trabalhos científicos resultantes de projetos apoiados pela Fundação devem estar disponíveis em repositórios da internet no máximo 12 meses após a data de publicação, a fim de que possam ser consultados por qualquer pessoa, sem restrições ou cobrança de taxas. A versão anterior do documento, vigente desde 2019, já estabelecia a disseminação dos papers em acesso aberto, mas era flexível em relação a diferentes prazos de embargo impostos por revistas científicas para liberar o conteúdo ao público, o que tornava difícil monitorar o cumprimento da regra.
A novidade exigirá que os pesquisadores, no momento de escolherem uma revista científica para publicar seus manuscritos, certifiquem-se de que ela permitirá a divulgação em acesso aberto em repositório institucional o mais tardar em 12 meses. “Com essa iniciativa, espera-se promover na comunidade científica do estado de São Paulo uma maior conscientização sobre a importância de disponibilizar em acesso aberto para a sociedade a produção científica resultante do financiamento público”, afirma o diretor científico da FAPESP, Luiz Eugênio Mello. “Contaremos também com instrumentos para monitorar se a norma está sendo cumprida no tempo certo”, complementa José Roberto de França Arruda, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (FEM-Unicamp) e membro da Coordenação Adjunta de Ciências Exatas e Engenharias da FAPESP.  A principal ferramenta será o portal de documentos científicos Google Scholar, que fornece perfis de pesquisadores com a relação de artigos publicados por eles e um cálculo das citações recebidas.   Saiba mais.  Fonte: Pesquisa FAPESP - dez. 2021