Política de acesso aberto da FAPESP define que artigos científicos devem
ter conteúdo disponível no máximo 12 meses após sua publicação
A FAPESP anunciou um
aperfeiçoamento em sua política de acesso aberto a publicações que busca
acelerar e dar mais transparência à divulgação dos resultados de pesquisa. Uma
portaria lançada em 27 de outubro determinou que trabalhos científicos
resultantes de projetos apoiados pela Fundação devem estar disponíveis em
repositórios da internet no máximo 12 meses após a data de publicação, a fim de
que possam ser consultados por qualquer pessoa, sem restrições ou cobrança de
taxas. A versão anterior do documento, vigente desde 2019, já estabelecia a
disseminação dos papers em acesso aberto, mas
era flexível em relação a diferentes prazos de embargo impostos por revistas
científicas para liberar o conteúdo ao público, o que tornava difícil monitorar
o cumprimento da regra.
A novidade exigirá que os pesquisadores, no momento de escolherem
uma revista científica para publicar seus manuscritos, certifiquem-se de que
ela permitirá a divulgação em acesso aberto em repositório institucional o mais
tardar em 12 meses. “Com essa iniciativa, espera-se promover na comunidade
científica do estado de São Paulo uma maior conscientização sobre a importância
de disponibilizar em acesso aberto para a sociedade a produção científica
resultante do financiamento público”, afirma o diretor científico da FAPESP,
Luiz Eugênio Mello. “Contaremos também com instrumentos para monitorar se a
norma está sendo cumprida no tempo certo”, complementa José Roberto de França
Arruda, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual
de Campinas (FEM-Unicamp) e membro da Coordenação Adjunta de Ciências Exatas e
Engenharias da FAPESP. A principal ferramenta será o portal de documentos
científicos Google Scholar, que fornece perfis de pesquisadores com a relação
de artigos publicados por eles e um cálculo das citações recebidas. Saiba mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - dez. 2021