Estudo mostra como “e-mails de embargo”, que antecipam resultados de
artigos científicos para profissionais da imprensa, amplificam menções nas
mídias sociais e até citações em outros papers
Um grupo de pesquisadores da Alemanha avaliou os efeitos de uma
prática centenária no jornalismo de ciência, que é a divulgação antecipada para
profissionais de imprensa de artigos científicos, com o compromisso de que
reportagens só sejam divulgadas após a publicação oficial dos trabalhos. Os
“e-mails de embargo”, produzidos por editores de periódicos, servem para
destacar resultados de pesquisa de interesse científico, jornalístico e social
que serão divulgados nas revistas – e também dar tempo para repórteres
produzirem uma cobertura completa e cuidadosa. Quem publicar a notícia antes da
data combinada está sujeito a sanções, como deixar de receber os alertas.
Os autores do estudo, vinculados à Universidade de Kiel, ao Centro Leibniz de Informação Econômica e ao Centro de Mídia Científica da Alemanha, analisaram 715 artigos que haviam sido mencionados em e-mails de embargo entre 2016 e 2017 em 78 periódicos, a maioria do campo das ciências da vida, e os compararam com papers das mesmas revistas que não foram recomendados. Passados quatro anos da publicação, os papers selecionados haviam tido repercussão significativamente maior do que os outros em mídias sociais e sites jornalísticos. A média de menções no Twitter, por exemplo, chegou a 114,8 para os papers destacados, ante apenas 24 para o grupo de controle. Na imprensa tradicional, o desempenho dos artigos embargados chegou a ser 10 vezes superior. A repercussão foi grande também entre os próprios pesquisadores – os trabalhos selecionados tiveram em média 26,3 citações em outros papers, ante 14,6 para o grupo de controle. O estudo foi publicado em fevereiro na revista Scientometrics. Saiba mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - mar. 2022
Os autores do estudo, vinculados à Universidade de Kiel, ao Centro Leibniz de Informação Econômica e ao Centro de Mídia Científica da Alemanha, analisaram 715 artigos que haviam sido mencionados em e-mails de embargo entre 2016 e 2017 em 78 periódicos, a maioria do campo das ciências da vida, e os compararam com papers das mesmas revistas que não foram recomendados. Passados quatro anos da publicação, os papers selecionados haviam tido repercussão significativamente maior do que os outros em mídias sociais e sites jornalísticos. A média de menções no Twitter, por exemplo, chegou a 114,8 para os papers destacados, ante apenas 24 para o grupo de controle. Na imprensa tradicional, o desempenho dos artigos embargados chegou a ser 10 vezes superior. A repercussão foi grande também entre os próprios pesquisadores – os trabalhos selecionados tiveram em média 26,3 citações em outros papers, ante 14,6 para o grupo de controle. O estudo foi publicado em fevereiro na revista Scientometrics. Saiba mais. Fonte: Pesquisa FAPESP - mar. 2022