04 março 2022

Mais um passo rumo à vacina universal contra os coronavírus

Começam ensaios clínicos com imunizantes de amplo espectro que buscam proteção contra o Sar-CoV-2, suas variantes e vírus semelhantes

Enquanto a variante ômicron do vírus Sars-CoV-2 se alastrava com rapidez pelo mundo no início deste ano e as farmacêuticas Pfizer e Moderna anunciavam testes com uma vacina específica para essa cepa, instituições de pesquisa e empresas de biotecnologia avançavam também em outro sentido. O foco delas era o desenvolvimento de imunizantes que dessem conta de múltiplos coronavírus – e não apenas da variante “do momento” na pandemia de Covid-19. Ao menos duas vacinas de amplo espectro começaram a ser testadas em humanos e outras estão a alguns passos de serem colocadas à prova em ensaios clínicos de fase 1, após resultados satisfatórios em ensaios pré-clínicos com animais. O objetivo dos testes de fase 1 é analisar a segurança do imunizante e avaliar as indicações preliminares da capacidade da vacina em estimular o sistema imunológico.
A que está em processo mais avançado é a vacina SpFN, desenvolvida no Instituto de Pesquisa Walter Reed (WRAIR), do Exército dos Estados Unidos, onde os cientistas anunciaram a conclusão da primeira fase de testes em humanos, mas ainda não divulgaram os resultados. Antes de chegar ao mercado, toda vacina precisa passar também pelas fases 2 e 3 dos ensaios clínicos, aplicadas a um número muito maior de pessoas com o objetivo de obter mais dados sobre a segurança, a eficácia do produto e suas possíveis reações adversas.   Saiba mais.  
Fonte: Pesquisa FAPESP - mar. 2022