Por
Ronaldo de Breyne Salvagni, professor da Escola Politécnica da USP
Uma
excelente iniciativa da USP foi a recente ênfase na Inovação, com a criação de
uma Pró-Reitoria adjunta focada nessa área, junto à Pró-Reitoria de Pesquisa.
Esta ação mostra uma USP moderna e atuante, comprometida com o desenvolvimento
da comunidade. Entretanto, isso está convivendo com uma forte contradição
interna, na área do Ensino.Por um lado, na atual situação de saída da pandemia,
a Pró-Reitoria de Pós-Graduação permitiu que as aulas voltassem a ser
presenciais ou continuassem on-line, de acordo com o critério de cada
professor, permitindo a incorporação das inovações alcançada durante a pandemia
e de forma coerente com a proposta de Inovação da USP.
Porém, por outro lado, na Graduação, a decisão foi o contrário: foi
exigido o retorno imediato de todas as disciplinas ao formato presencial, sendo
proibida a realização de quaisquer aulas on-line. Uma das razões mencionadas é
a não aceitação de “experimentações” na Graduação. Ora, a experimentação é a
base da inovação (e da Ciência), sem a qual não há avanço. E essas
“experimentações” já foram feitas durante o período da pandemia, de modo que
agora já temos resultados concretos, aqueles positivos prontos para serem
aplicados nas aulas. No entanto, isso tudo foi proibido. Leia o texto na íntegra. Fonte: Jornal da USP - 23/05/22