05 julho 2022

Bibliotecas brasilianas buscam atualizar acervos

Coleções voltadas para a cultura e a história do país investem na digitalização e incorporação de objetos

Em pesquisa realizada nos últimos 15 anos em um acervo da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, Antonio Dimas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), descobriu o espólio do editor norte-americano Alfred Knopf (1892-1986), responsável por traduzir e publicar, em inglês, as primeiras obras do baiano Jorge Amado (1912-2001) e do pernambucano Gilberto Freyre (1900-1987). Análises da correspondência, pareceres e contratos revelam, entre outras coisas, que esses autores foram bem recebidos pelos leitores norte-americanos, especialmente por apresentarem visões alternativas do Brasil, vinculadas às culturas negras de Salvador e do Recife. “Presentes em diversas partes do mundo, acervos como o de Knopf também devem ser considerados brasilianas, apesar de não serem compostos estritamente por livros”, sustenta o pesquisador. Ao propor a ampliação do conceito, inicialmente delimitado pelas coleções de obras dos séculos XVI a XIX sobre o Brasil, a reflexão de Dimas faz parte de um movimento que ganhou força nos últimos cinco anos e foi tema de evento organizado pela Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM-USP), no último mês de fevereiro.   Saiba mais.   Fonte: Pesquisa FAPESP - julho 2022