Educadores estão em polvorosa, diante de uma nova plataforma de
inteligência artificial. Apesar de ter sido liberada há apenas dois meses, o
ChatGPT vem provocando discussões éticas, tecnológicas e profissionais sobre se
o digital poderá substituir seres humanos em tarefas intelectuais em que ainda
nos sentíamos "seguros". Nas escolas, esse temor chegou quando
estudantes começaram a apresentar trabalhos que haviam sido escritos pela
máquina. Diante da qualidade dos argumentos e da
fluência da escrita naquelas tarefas, professores passaram a se perguntar se
perderiam a capacidade de identificar "plágios" de seus alunos.
Outros, mais fatalistas, já se questionam se a própria profissão poderia
desaparecer, sendo substituídos pelas máquinas. Essas perguntas estão erradas! E a escola, mais
que ensinar boas respostas aos alunos, deve ensiná-los a fazer as perguntas
certas na vida. Entendo que professores estejam preocupados.
Esse desafio não pode ser ignorado, mas ele não pode servir como motivo para
bloquearem a entrada da inteligência artificial nas aulas. Isso, sim, seria uma
ameaça à manutenção de seu ofício.
Saiba mais. Fonte: Estadão - 30/01/23