Relatórios internacionais, como o Gender in the Global Research
Landscape e o The Researcher Journey Through a Gender Lens, têm mostrado
proeminência do Brasil em relação ao alcance da paridade de gênero na ciência.
O país é um dos que obtém melhor participação de mulheres entre pesquisadores
ou em autoria de artigos acadêmicos quando comparado a outros casos nacionais.
Por outro lado, uma investigação cuidadosa desses indicadores muitas vezes
revela desigualdades mais profundas. Há grande variação de inserção feminina de
acordo com áreas do conhecimento e são poucas as disciplinas nas quais os
homens não predominam nos postos mais altos da carreira. Isso se torna
particularmente verdadeiro quando analisamos as disparidades entre o
doutoramento de mulheres no Brasil e sua participação na docência dos programas
de pós-graduação. Evidências empíricas para os últimos 15 anos sinalizam que há
piora em setores do conhecimento tipicamente considerados mais igualitários,
enquanto, em contrapartida, tímidas melhorias podem ser encontradas em campos
científicos que tradicionalmente possuem mais homens. Saiba mais.
Fonte: Nexo – 23/03/23