Os norte-americanos gostam muito de dizer que determinadas
coisas são game-changers. Mudam o jogo. Enquanto se perde tempo debatendo
pequenas coisas, como o futuro das provas online e a engenhosidade dos alunos
para o plágio, o ChatGPT (em breve o Bard) e as diversas inteligências
artificiais (IAs) disponíveis para a pesquisa acadêmica estão mudando o jogo.
Todo o paradigma atual da pesquisa científica está em plena alteração diante de
nós. Agora temos “robôs” capazes de interagir relativamente bem com seres
humanos e responder em uma linguagem razoavelmente humana. Além disso, eles
podem executar diversas tarefas, como escrever e-mails, preencher formulários,
criar textos padrão, traduzir, resumir, criar sínteses, organizar e estruturar
textos, transcrever áudios, “criar” e corrigir scripts de programação, entre
outras. A maneira como pensamos, executamos e compartilhamos a pesquisa
acadêmica está para ser profundamente alterada. Este texto não busca
problematizar as questões envolvidas nas IAs em si – uso da internet como
treinamento, privacidade, vieses e afins. Aqui, um excelente texto sobre o
funcionamento do ChatGPT e sobre limites e potenciais, e outro sobre reflexões
mais profundas a respeito da inteligência artificial e os limites dos humanos.
O objetivo aqui é tratar sobre os impactos práticos para a pesquisa acadêmica.
Apresentamos cinco mudanças no fazer científico e cinco paradoxos a serem
considerados. Saiba mais. Fonte: Piauí
– 19/05/23