22 fevereiro 2024

O tempo é imutável, mas a sensação de passar rápido ou lentamente depende da percepção individual

Na correria do dia a dia, a rotina se torna uma sucessão de eventos: acordar, trabalhar, almoçar, trabalhar, jantar e dormir, o que deixa pouco espaço para pausas ou outras atividades. É comum ouvir pessoas que se queixam de que o tempo está passando muito rápido. Por outro lado, há quem reclame que o tempo está muito lento, se arrastando. O que de fato acontece? De acordo com Rafael Samhan Martins, professor de física do Colégio Liceu Albert Sabin, de Ribeirão Preto, a sensação de rapidez ou lentidão do tempo está associada à concentração e à satisfação experimentadas ao realizar atividades cotidianas. “Quando estamos envolvidos em atividades que exigem nossa total atenção, como assistir a um filme ou realizar tarefas complexas, há uma dilatação do tempo. Desviamos nossa concentração e não percebemos o tempo passando, resultando em uma experiência que parece ter durado apenas alguns minutos”. O contraponto ocorre em situações de tédio ou isopostas, nas quais o olhar constante para o relógio cria a sensação de que o tempo se estende indefinidamente. “Você fica pensando no tempo, então ele começa a ‘passar mais devagar’, porque você está percebendo ele”, explica o físico.   
Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP – 22/02/24